XXI

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Certo dia, Conrado chegou em casa um pouco diferente da maneira que algum tempo se corportava. Estava mais irritadiço, agitado e pela expressão facial que carregava naqueles dias, nada feliz.

Só Deus sabia o quanto ele sentia falta de sua Ashanti, mas as vozes do passado o atormententavam e insistiam em o lembrar, que mesmo amando aquela mulher com todas as suas forças que a felicidade para ele, se mostrou, por experiências passadas algo praticamente impossível. O que vivera com a princesa não se passava de ilusão e algum dia aquele lindo castelo inevitávelmente iria desmoronar.

Já Ashanti continuava na mesma, triste e cabisbaixa pelos cantos chegou a não reconhecer a mulher forte e batalhadora que habitava dentro de si, queria ir embora, sumir dali, mas de certa forma o amor que sentia por Conrado era tão assustador que a paralisava.

Silenciosa, ela passava seus dias em casa, sozinha e na maioria das vezes pensando em uma maneira de acabar com aquela agonia. Pesquisando nos contatos do irreconhecível mas, ainda muito amado, Cobrado, descobriu o número de Xadreque e agora estava ali, há um passo de acabar com tudo, com todo aquele falso amor, que mais uma vez, havia acreditado.

- Porque está me tratando assim? - perguntou quando se preparava para dormir.

- Assim como? - ele respondeu um tanto rispido.

- Ficando tão longe de mim... faz dias que você não me beija ou me toca Conrado - com uma dose tristeza Ashanti soltou. - desde que mencionei essa maldita tatuagem

- Ora, não fale do que você não sabe - ele se alterou - Quanto a você não estou fazendo nada demais, para mim, estou perfeitamente normal, sinto muito se não se contenta com o que posso lhe dar - se alterou mais uma vez.

Muda e magoada Ashanti o olhou com pesar e segurando para não chorar, rebateu - Não faça isso - suplicou e ele desarmou ao ve-la naquele estado - não minta para mim, para você, ou para nós dois - suspirou engolindo um soluço - Se não me quer mais, fale! Basta dizer que sumo da sua vida do mesmo jeito que entrei. - completou de maneira carteira.

Dizendo tais palavras e ainda muito dolorida, Ashanti entrou para chuveiro afim de tomar uma ducha fria, queria que aquela água, quase congelante confrontasse a dor que sentia ao constatar que talvez perdera seu amado... Ao constatar que suas convições adolescentes eram verdadeiras, tudo, mais uma vez não se passou de uma mera brincadeira com o único intuito de magoa-la.

Ao terminar o banho, saiu sobre o olhar atento do homem e se enfiou rápida e discretamente dentro de uma camisola de alças branca, ao se virar de frente se deparou com olhar, aquele olhar que a enfeitava a ponto de deixar toda sua musculatura feito gelatina.

- Você me quer? - ele a surpreendeu ao encosta-la contra o enorme guarda roupas -Te sinto molhada mas quero ouvir de sua boca... - a apertou mais forte - Responda Ashanti, você me quer? - perguntou mãos uma vez.

Sem palavras e emocionada ela apenas assentiu e o sentiu invadindo com toda virilidade seu interior. Tinha raiva de si mesma por não conseguir resistir.

- Pois saiba que eu também a quero - ele completou ao começar a se movimentar de maneira rápida e urgente. - Mesmo que eu me esforçe como um condenado para me afastar,eu a quero mais do qualquer coisa em minha vida... Não se preocupe Ashanti serei honesto com você e lhe contarei o que me fez agir assim... Agora me beije que estou alucinado de saudade de seu gosto.

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- E aí, ficou bom? - Ashanti perguntou a Mariana. A sua agora nova amiga estava a ajudando a se arrumar para finalmente, conhecer os sogros.

- Está linda, radiante - você tinha razão, sua pele simplesmente ficou maravilhosa nesse vestido. - sorriu a vislumbrar toda a produção de Ashanti. - Imagino que meus tios irão babar, já adiantei o quanto você é linda.

AshantiOnde histórias criam vida. Descubra agora