Amor à Segunda Vista - LIVRO 1 (DEGUSTAÇÃO)

Capítulo 4 - LÍVIA

NO FINAL DE SEMANA Henrique e eu fizemos um passeio numa cidade turística a algumas horas da capital. O dia correu de forma agradável e muito divertido. Henrique, como de costume, sempre muito atencioso e carinhoso. Gargalhamos como dois adolescentes no pedalinho, agarrei-me aos seus braços fortes no teleférico, sendo acolhida pelo seu abraço apertado e protetor. Jantamos num restaurante muito aconchegante, luzes baixas, algumas mesas com velas, música popular e ao vivo ressoando em volume aprazível. A comida era esplêndida, o vinho maravilhoso. E a conversa dele, cheia de entusiamos e euforia, abordando todos os assuntos possíveis,junto com seu sorriso contagiante e seus olhos que brilhando em felicidade, me faziam rir junto com ele e me dava uma sensação de felicidade. Por muitas vezes, durante aqueles momentos, eu me peguei imaginando uma vida ao lado dele.

Como avançar da noite, visitamos um barzinho, pedimos uma roda de chope e rodízio de fondue. Depois, caminhamos pelas ruas de ladrilho,entramos em chocolatarias e tomamos chocolates quentes, compramos barras de chocolate e trufas e nos empanturramos ainda mais com mini fondue de frutas.

A madrugada já se iniciava quando voltamos para o hotel. Estávamos levemente bêbados e muito cansados. Ainda assim, encontramos ânimo para namorar. Seu porte veio sobre mim, distribuindo beijos serenos,mas ao mesmo tempo candentes, na minha pele do pescoço. Meus pelos se eriçaram, meu sangue começou a circular mais quente e meu coração começou a bombear com mais força.

Enquanto as mãos dele resvalavam sobre meus braços e sua língua traçava um caminho quente e molhado pela linha da minha mandíbula, seguindo para o pescoço e escorregando até a clavícula, eu podia sentir meu corpo estremecendo e respondendo prontamente aos seus estímulos, ao passo que eu também sentia o volume que se formou em suas calças e começava a se pressionar contra as minhas partes.

Meus dedos se entrelaçaram em seus fios negros dos cabelos e a outra mão correu até sua coluna, fez caminho por dentro de sua camisa até encontrar a pele sedosa de suas costas. Sua pele era tão macia e sua carne tão suculenta, que o simples toque chamuscou em mim um desejo que nunca pensei poder sentir.

Sem permissão alguma, sua boca invadiu a minha, sua língua abriu mais espaço para se deliciar em mim e suas grandes e fortes mãos foram firmes e vigorosas ao segurar minha cintura. Num segundo, ele estava puxando minha camiseta; meus dedos trabalharam rápida e desajeitadamente abrindo os botões de sua camisa.

O calor do seu tórax se recostando ao meu foi ainda mais extasiante e involuntariamente eu grunhi de prazer. Delicadamente, os dentes dele se encontraram com meu queixo, sua palma branda corria livremente pelo meu abdome e escorregava pela lateral do meu corpo.

Incentivando nossa libido, arranhei suas costas e ele se contorceu em cima de mim,a sua boca se abriu para emitir um rosnado prazeroso e, acreditando que ele continuaria, Henrique subitamente parou. Sua respiração arquejante não me deixava dúvidas que ele estava segurando todos os seus desejos lascivos como se fosse a coisa mais pesada do mundo. Sua testa encostou na minha e só então percebi que eu também respirava em intervalos irregulares.

O ar quente de sua respiração batia contra o meu rosto. Com seu corpo ainda sobre o meu, ele mantinha os olhos fechados. De repente senti sua mão acarinhar-me na face e sua íris encontrou-se com a minha,um sorriso de lado foi posto em seus lábios:

-O que houve? - Sussurrei deslizando, também, minha mão pela barba preta circundando seu rosto.

-Nada. Só não quero avançar mais do que você permite. -Alegou ainda ofegando.

-Eu não estava protestando - Rebati sem pudor. Há tempos Henrique vinha despertando em mim essa chama que me queima de prazer cada vez que nos encontramos assim, intensamente. É como se nossos corpos entrassem em atrito e desse atrito gerasse uma faísca mútua de prazer e tesão.