The Quarterback (Romance Gay)

III

Acordei com o braço de Jim por cima de mim, não me lembrava de nada, apenas que tinha uma grande dor de cabeça, ainda assim deixei-me estar com o braço dele por cima de mim.
Estava uma manhã fria e o calor dos nossos corpos grudados esquentava-me.
Senti ele se mexer, e quando dou por mim ele deu-me um beijo na bochecha e sussurrou:
-Bom dia.
Continuei a fingir estar a dormir.
•• JIM••
Levantei-me devagar e silenciosamente, ele aparentava estar a dormir. Sentei-me em um tapete que estava ao lado da cama, apenas observando ele dormindo.
- Havia tanto tempo que esperava por isto...- Eu sussurrava, não importava se ele me estava a ouvir ou não apenas tinha de largar tudo para fora.- Cameron Rivera, eu te amo.
Me levantei do tapete e fui para o banheiro tomar banho.
••Cameron••
-Havia tanto tempo que esperava por isto...- Ele continuava a sussurrar, na voz dele notava-se sinceridade.- Cameron Rivera, eu te amo.
Ao ouvi-lo dizer isto esforcei-me por não esboçar um sorriso. Ouvi ele se levantar e ouvi os passos pesados dele se dirigirem a algum lado. Mais tarde ouvi o chuveiro ser ligado, por impulso abri os olhos, me sentei abri a primeira gaveta do criado- mudo que estava ao lado da cabeceira da cama, e de lá tirei um cinzeiro, um cigarro e um isqueiro e comecei a fumar enquanto o meu cérebro digeria tudo o que havia acontecido.
Como poderia Jim gostar de mim e estar com Tori? O que faria Tori se descubrisse? Mas o mais importante, porque é que Jim estava em meu banheiro? Porque é que ele estava a dormir comigo? Será que havia se passado algo entre nós na noite passada?
Havia montes de perguntas que me assombravam e não havia resposta para elas , e certamente não iria perguntar a Jim.
O som do chuveiro parou, o que significava que ele já havia acabado de tomar banho.
Ainda não tinha acabado de fumar e também não iria esconder que o estava a fazer.
Passados dois minutos Jim saiu do banheiro com uma toalha enrolada á cintura, com o tronco á mostra e o cabelo ainda molhado.
- Bom...- Ele ia dizer algo quando parou.- Você está fumando?
O olhei nos olhos:
-E qual o problema?
- Isso faz mal.- Ele disse parado ainda na porta do meu banheiro.
- Quer falar do que faz mal?- Disse colocando o cigarro no cinzeiro e me dirigindo até ele.
Ficámos cara a cara.
- O que faz mal então?- Ele disse me olhando nos olhos como se estivesse a me desafiar.
- O que você está fazendo!- Cuspi as palavras sem pensar.
- Eu já expliquei!- Dizia ele enquanto aproximava a cara dele da minha.
- Então acaba com ela de uma vez por todas!- Disse eu enquanto meus olhos começavam a ficar com água.
-Eu não posso!- Disse ele e logo em seguida me beijou.
O beijo era violento mas ao mesmo tempo suave, fazia-me sentir que nós éramos só um e nada mais importava.
Eu sempre me sentia assim perto de Jim, sentia-me protegido, sentia que tudo ia ficar bem, que nada mais importava.
Mais uma vez tomei consciência do que estava fazendo e rompi o beijo me jogando para trás com um gesto violento.
-Vê é disso que estava falando!- Digo me virando, fechando o punho e acertando com ele na porta de um armário que estava atrás de mim, enquanto as lágrimas me corriam pela cara.
-Tem calma...- Disse Jim se aproximando de mim.
-Não se aproxime de mim!- Disse eu subindo o tom de voz.
-Cameron...- Tentava mais uma vez Jim.
Senti o meu corpo todo dormente, uma dor de cabeça e enjoos, sempre que me eneverva isto acontecia e aos poucos deixei de sentir o corpo.
  Caí de joelhos, e vi Jim fazer um movimento rápido para me apanhar e não deixar que caísse com a cabeça no chão. Eu estava ciente de tudo, conseguia ver tudo mas ouvia as pessoas a falarem muito distantes.
Ele entrou em pânico, estava como eu, não sabia o que fazer, talvez a pressão não ajudasse e sinceramente acredito que não deve ser muito bonito ter a pessoa que gostamos nos braços quase inconsciente. Ver a aflição de Jim enquanto tentava descobrir o que fazer fazia com que o meu coração doesse, eu sabia que mais tarde ou mais cedo iria desmaiar, o que possivelmente iria deixar Jim ainda mais nervoso.
-Cameron, não me faça isto! O que é que se passa?- Foi a unica coisa que consegui ouvir claramente.
-Eu vou desmaiar...- Por fim as palavras saíram-me da boca, mas nao aguentei muito tempo.
A dor de cabeça começava a piorar, já não conseguia mexer nem os braços, nem as pernas, o meu corpo já não aguentava e por fim cedi á dor de cabeça e fechei os olhos desmaiando