primeira ressaca indesejada

49 3 3
                                    

Minha cabeça está extremamente pesada, mas não a sinto. Apesar de não conseguir enxergar direito, sou agredida violentamente pela luz forte do sol no rosto. minha visão está totalmente embaçada. Esfrego as mãos fechadas nos olhos a fim de ampliar a visão, o que não adianta, parece até piorar. Não sei exatamente onde estou, nem o que aconteceu anteriormente. Pra ser franca, não sei nem a data e o dia de hoje. Sei que estou em um só desmantelo.

Tenho medo do que possa ter acontecido, se bem que não faço ideia de onde eu estava. Puxo o cobertor em cima de mim, sinto um alívio imenso por não estar nua. Estou vestida com o vestido azul que Jack comprara pra mim, ainda não conseguia enxergar muito bem, mas podia ver os reflexos. Tento levantar, tropeço em alguns objetos que não sei discernir no momento, então sinto o estômago embrulhar, não excito em segurar nos móveis. Acabo por derrubar alguns produtos, e conveniências de uma prancha.

Não entendo o porquê dessas náuseas. A cada passo que dou sinto facadas no corpo. A ânsia de vômito está insuportável. Apesar de odiar tanto o odor, quanto a saída do vômito, não consigo evitar. Sujo todo o ambiente. Já é óbvio que estou embriagada e de ressaca. Sinto-me horrível por isso. Imagino como Emilly esteja preocupada.

Ainda andando a tatear as paredes, chego a ver uma porta, mesmo sem saber onde ela leva, puxo. Vejo um corredor enorme, acabo caindo. Minha pouca visão aos poucos vai se fechando, mas ainda da tempo de ver Jack correndo até mim.

+++

Acordo com uma voz rouca acentuada, conhecida, gostosa de ouvir.

- oi! - Jack diz a sorrir.

-Jack! -falo ao vê-lo assistir-me calmamente.

Apesar de toda minha tormenta interior, sentia uma paz imensa por estar perto dele.

-Jack, o que aconteceu comigo? Porquê estou aqui? Que lugar é esse? Você estava comigo ontem? Por favor fala-me. Eu ... -pergunto levantando meio desesperada em informações. Ao ser interrompida.

- shhh... -faz Jack a fim de manter-me a calma, pondo seu indicador levantado em meus lábios.

-Jennie, descansa. Muita coisa aconteceu conosco, tu estais aqui sabes bem o porquê, estamos em minha casa, e eu estive contigo o tempo todo ontem. -fala ele calmamente a olhar-me com seus mares.

-Jack, onde estávamos ontem? Pergunto.

- É estranho te ver assim. Nunca imaginei que fostes ser tão competitiva. -fala ele a rir olhando pra mim. -fomos a festa do James. Na mansão dele.

-competitiva? Como? Isso tem a ver com minha embriaguez? -pergunto.

-gata, lembras de Tiffany? Ela não gosta de ti, provavelmente por causa da Helena, ela te chamou de fraca, debatestes e acabou que que vocês duelaram em tequila. Você ganhou, mas teu organismo não reagiu muito bem ao álcool. Vomitastes a noite inteira. - fala Jack a responder-me

-Jack!!! Não creio que fiz isso. Nunca tomei bebida alcoólica além de vinho e champanhe. Imagino o que fiz embriagada. - falo a pôr as mãos nos rosto empurrando-as aos cabelos. -estou decepcionada. Como cheguei a esse ponto?! Eu estou horrível! Emilly deve estar preocupada comigo. Eu... Eu estou muito envergonhada! Além do mais, devo dar-lhe uma desculpa digna por minha falta de imprudência em avisar-lhe. -falo.

-Jennie, estais linda! Ontem, a noite foi maravilhosa. E não fizeste nada demais. Todo jovem faz isso. Emilly sabia que virias a minha casa depois da festa. Estavas embriagada a dançar loucamente na pista de dança. Então aproveitei o tempo para ligar a ela. Disse-lhe que estavas cansada, e que o combustível do carro tinha acabado, seria mais seguro que ficasse comigo. Ela concordou -responde-me a rir compreensivamente.

- Jack, não fizemos nada inapropriado. Não é? -pergunto.

- não Jennie! Infelizmente não fizemos nada inapropriado.-fez uma cara de decepção, brincou-
Você foi uma ótima companheira. Ah! E és também uma grande cachaceira fraca. - fala a rir.

Então acabo por rir também.

- trouxe a ti um pequeno almoço. Diz ele, pondo a bandeja prateada em cima da cama.

Nela estão dois sanduíches de presunto com patê de atum, duas maçãs, uma xícara de café, uma tigela com gelatina, torradas, manteiga de amendoim e nutela.

-trouxestes tudo em dobro. Não sou um dragão, come comigo? -pergunto.

-sim. Trouxe também cheetos e doritos, caso Curtisse apenas junk food. -afirma a rir.- minha mãe disse que café ajuda na ressaca.

-sua mãe sabe? -pergunto envergonhada.

-não. Deixa de papo e alimenta-te. - obriga-me puxando uma torrada.

Jack e eu comemos tudo, rimos bastante ao comentar as polêmicas da boite anterior. Tive um dia apesar de cansativo, muito legal. Depois do pequeno almoço cochilamos em seu quarto. Ainda era cedo. Acordamos ás 09:15, jack decidiu sair comigo. Fomos até o parque de flores de Allofall, era tudo muito lindo. Havia lá um campo de orquídeas, fiquei encantada. Então surpreendo-me ao ver que Jack viola as leis ao puxar uma pra mim. Encosto a flor no rosto, sinto seu perfume, de olhos fechados, penso em todos os momentos bons que vivi até ali. Logo em seguida sinto uma brisa, então lembro também dos momentos ruins. Por um momento sinto as lágrimas encherem os olhos, mas lembro que Jack está comigo. Então o seguro.

-seu perfume é maravilhoso! -afirma Jack.

-quem, Eu? -pergunto confundida.

-a orquídea Jennie.- fala ele a rir. (Riso coletivo)

-ah! É sim. -acento com a cabeça,olhando a flor.

- se eu fosse uma garota, exigiria do meu namorado apenas flores orquídeas. É minha flor favorita. -conta-me jack pensativo.

-você tem toda razão. Então também violo a lei, e puxo uma outra orquídea, entrego-a a Jack.

- és incrível Jennie! -fala a olhar-me.

Sinto as maçãs corarem. Por dois segundo nos fitamos. Meus olhos mergulharam em seu mar. Não sei o que responder. Tenho certeza de que ele me viu ficar vermelha. Então abaixo a cabeça.

-não seja exagerado. -falo.

Em seguida disso, caminhamos até o lago, parecia até um encontro romântico. Mas foi maravilhoso.

Já é tarde. Jack me leva em casa. Estou certa de que levarei uma bronca linda de Emilly. Despeço-me de Jack.

- poderias dar-me um abraço de boa noite, não? -fala Jack.

- não costumo abraçar as pessoas, mas não sei porque abrirei exceção para ti. -falo

Jack é alto, seu corpo definido encaixava perfeitamente em mim. Sinto um arrepio enquanto estou envolvida em seus braços. Mas a sensação é incrível. Jack consegue me deixar sem jeito, não entendo esse feitiço. Meu rosto vai diretamente em sua nuca. Então nos soltamos, eu entro e ele parte.

Além do que os olhos veemOnde histórias criam vida. Descubra agora