My Stepsister

Primeiro Capítulo

Chequei meu celular sem ao menos senti-lo vibrar, talvez isso tirasse meu foco daqueles jeans justos. Ela andava para todos os lados, desfilando com aquele corpo que parece ter sido projetado para ser perfeito.

A porta do meu quarto estava aberta e isso me dava a visão perfeita de cada vez que ela subia e descia as escadas. Não posso evitar, Camila Cabello é o pecado em pessoa.

Ouvi a porta da frente se abrir e algumas conversas que não consegui entender. Logo Vero subiu as escadas.

-Você é realmente uma sobrevivente. -ela disse quando fechou a porta – Aquele corpo é uma perdição.

-Isso está sendo o inferno. -ela juntou-se a mim jogando seu corpo na cama.
Seus cabelos negros se espalham pela minha cama e logo nos encaramos.

-Sabe, Iglesias. Tenho uma teoria de que tudo que é proíbido é mais atraente. Camila Cabello é algo proíbido, e o melhor, ela me atrai.

Vero sorri para mim, seu típico sorriso; animado, mas malicioso, divertido, mas ao mesmo tempo sério. Ela começa a acariciar minha cabeça e eu me aninho mais ao seu toque.
Quando fecho meus olhos a imagem de Camila em todas suas roupas justas invadem meus pensamentos, por mais que eu deseje mais disso eu simplesmente não posso. Assim que abro os meus olhos, os mesmo desaparecem em minha mente.

-Como ela vai? -olho confusa para minha, ainda deitada- Sua mãe. -ela complementou.

Antes de começar solto um longo suspiro em relembra-lá.

-Faz tempo que não ligo. Perdemos contato, apenas.

O celular de Vero apitou, ela rapidamente checou a mensagem.

-Queria poder ficar, mas parece que precisam de mim.

Ela se levantou e depositou um beijo em minha testa e assisti ela ir embora.
Depois de um longo período olhando para as paredes, vou até o andar de baixo.

Sento-me no banco com vista para janela aberta, estava um dia quente. Ao menos, uma brisa corria para dentro de casa.

-Quer um pouco de chá? -dou um pequeno pulo sentada e coloco a mão sob o peito, tentando tornar minha respiração normal novamente.

-Claro -respondi Camila, ainda ofegante.

Ela voltou com dois copos com gelo, presumi que iria ocupar o lugar ao meu lado então sentei-me melhor.

O silêncio tomou conta da casa, não sei bem onde estavam os outros mas queria que continuasse assim, apenas nós.

Fui pega admirando a garota ao meu lado e quando ela percebeu, sorriu o que me fez mais fraca ainda.

O barulho da porta sendo aberta e logo depois fechada fez com que olhássemos para mesma direção.

-Precisamos de vocês duas, agora. -Taylor disse animada.

Largou as sacolas sob a mesa. Eu e Camila andamos até ela. Sinu apareceu logo depois e Sofi corria pela casa com a sua Barbie.

-Tenho um favor para pedir. -Sinu disse- Poderiam envelopar os convites do casamento?

Olhei para Camila que logo assentiu alegre. Fiz o mesmo, pegando uma pilha de envelopes e convites.

E logo, nos encontrávamos sozinhas novamente.

-Céus, isso é uma droga! -reclamei- Estamos envelopando convites há cerca de... -olhei para o relógio preso na parede- Uma hora e meia!

Ela respondeu com risos.

-Algo me diz que esse casório não lhe alegrou muito. -ela continua a envelopar.

-Não há nenhum problema com a sua mãe, ela foi a melhor namorada e futura esposa que meu pai poderia ter encontrado, mas não gosto da ideia. -ela concordou- E você? Ainda não consegui entender como se sente sobre o assunto...

-Eu estou feliz desde que minha mãe esteja. -disse séria.
Já se foram a metade da pilha, não pude deixar de notar que Camila me olhava.

-Algum problema? Por que me olha tanto? -"devo estar suja, ou algo assim" pensei.

-Só gosto do verde esmeralda de seus olhos. São extremamente bonitos. -sorriu meiga. Merda, por que ela está fazendo isso?

-O que é essa bagunça toda? -meu pai perguntou vendo todos os convites espalhados pela mesa.

-Seus convites, do seu casamento. Talvez eu mande fazer um parecido com esses para convida-lo a ajudar? -respondo.

-Onde estão seus irmãos para ajudar?

-Chris deve estar treinando, você sabe que ele treina até tarde todos os sábados e Taylor está ajudando Sinu com outros preparativos.

-Não posso ficar agora, mas vocês são duas e olhem, os convites já estão acabando.

-Ótimo, depois de milhares. -digo. Ele beija minha cabeça e bagunça meu cabelo, depois sai com seu carro para algum lugar que não faço ideia qual seja.

Depois de mais uns vintes minutos, os convites realmente acabaram.

-Deveríamos comemorar o fim desse trabalho escravo. -ela disse.

-Concordo. Vamos. -peguei as chaves do carro.

-Não, espera. Onde vamos? -ela não se moveu.

-Comer alguma coisa, estou faminta. -digo.

-Espere um pouco, vou trocar de roupa. -ela correu até o quarto e voltando poucos minutos depois com uma regata branca e um short. Paramos em um fast-food e estacionamos o carro não muito longe de lá.

-Eu amo essa música! -disse alto, enquanto Girls da The 1975, tocava.

- @karlabresa