Sammy

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No dia seguinte...

- Oi mãe me chamou?

- Quem era aquele garoto que estava com você ontem?

- Bom dia, né mãe, acabei de acordar.

-Daany...

- Aaaa... Era um amigo só isso, o idiota do Júlio (Meu vizinho) estava me vigiando outra vez?

- Não chama o garoto assim ele só estava passando e viu.

- Tá mãe! Agora posso tomar banho?

- Vai garota!

Aquele pivete vai ver só uma coisa, estou cansada de ser vigiada por ele. Entrei no banheiro e a mamãe começou a reclamar como sempre.

- Não gosto dessas suas atitudes garotinha.

- Tá mãe, lhe amo também.

O que eu vou fazer? Daqui a pouco vou encontrar aquele anjo sem asas lá na escola, vou fugir dele até o fim do ano, se for preciso vou me esconder no banheiro. Mas ele é muito suspeito, eu tenho que fazer algo. Não paro de pensar naquele idiota do Dean ele vem aqui fazer maior drama pra nada, cadê ele agora? Prefere o carro do que a própria filha.

- Dany, já está pronta? - Minha mãe grita da sala.

- Já estou indo! - Grito do banheiro.

- O ônibus da escola não vai esperar.

Eu tomo café na lanchonete do meu pai que fica na frente da escola então tenho que ir cedo se não fico com fome.
Sair correndo e peguei minha mochila na mesa. Olhei para o ônibus e era motorista novo.

- Tchau mãe. Gritei da varanda.

- Bom dia, Dany. - Disse o motorista.

O cara tem um físico impressionante. Ele é bonito e é bastante alto. Tinha uma garota loira no banco de trás do motorista, ela ficou me encarando o tempo todo, e um menino aparentemente de 10 anos cabeludinho atrás do ônibus mexendo no celular.

- Acho que entrei no ônibus errado, com licença.

- Ei, Ei calma aí. - Ele pegou no meu braço.

- Não toca em me. - Então puxei meu braço e ele me soltou.

- Sou eu o Sam, seu tio!

- Tá doido? Não tenho tio e o Sam é bem magro. - Olhei de cima pra baixo e falei - Você não é.

- Olha, sei que você não gosta muito dos Winchesters mais você é uma.

- Você não sabe de nada.

- Sei que você se encontrou com o Carl ontem.

- Sério? – Fudeu, Nem liguei mas a partir daquele momento já sabia que era realmente o Sam.

- Pai vamos, estou com fome. Disse o garoto.

- Esse diário é seu? - Perguntou o Sam. Eu estava com o diário do John Winchester na mão.

- É.. Que dizer não.

- Senta aí vou levar você até a sua escola. 

- Não, minha mãe não deixa eu falar com estranhos. - Disse brincando. 

- Senta!!

- Tenho uma tesoura aqui, você quer que eu ajude com seu cabelo? - Olhei pra ele e rir. O cabelo dele estava bastante grande, eu vi ele pela primeira vez quando eu tinha dez anos, logo quando soube da existência do Dean. Ele estava menos forte e com menos cabelo. Ele foi super carinhoso comigo na época porem sumiu e nunca mais tinha lhe visto.

Então ele levantou e me abraçou bem forte. Odeio muito o Dean, é sério, mas com o Sam é diferente ele é tão carinhoso, tão atencioso, tão fofo que não consigo odiar ele mesmo sendo cumprisse do Dean no passado.

- Nós precisamos conversar, sei que você não vai gostar mais é sobre o Dean, querendo ou não ele é seu pai.

- Essa história já está ficando chata.

- Eu tenho dois filhos lindos você está vendo, nós somos uma família tradicional mas também somos Winchesters, salvar pessoas e caçar coisas é o negócio da família. Seu pai se sente sem família eu tenho a minha e ele só tem aquele carro até o Cas tem um filho, fica sozinho doí muito, sei que fizemos muito mal a sua família no passado.

- Por que ele não faz um filho? E para de me perturbar?

- O Dean não pode ter filhos. Não sei como dizer mas não era nem pra você está aqui, sua mãe levou uma facada na barriga o feto já estava morto dentro dela quando Cas a curou. Ninguém sabe como e nem o porquê mas ela continuou grávida. Quando o Dean soube que você estava viva a primeira coisa que ele fez foi mandar o Cas devolver a memória a sua mãe. Fiquei olhando pro nada enquanto chorava.

- Abre porta, por favor!

- Você está bem?

- Abre essa porta, agora!! - Gritei.

Ele abriu e eu sair correndo com lágrimas no rosto.

- Dany, Dany, Dany. - Gritava ele enquanto eu virava a esquina.

Continuei correndo sem olhar pra trás até que eu bati em alguém e cair ao chão de joelhos e continuei chorando.

- Por que choras, senhorita?

Olhei para cima era o garçonzinho.

- Me tira daqui.

Ele pegou na minha mão e quando levantei estávamos na entrada da escola.

- Obrigado Carl.

- Não era pra me tá aqui, não era para me existir.

- Me perdoe mais eu sei de tudo, quer dizer, o céu todo sabe, falam que você foi salva por Deus. Por isso você é especial.

- Até você? Preferia ter nunca existido, tenho que encontrar Deus e perguntar por que ele fez isso.

- Não fale isso. Fez aquela coisa fofa de novo com o rosto.

- Tá, eu estou melhor, não preciso de sua ajuda, eu estou bem.

Nós estávamos andando pela rua a caminho da lanchonete  quando a filha patricinha do Sam passou.

- Olha a chorona, já está bem bebê?

- O que garota? – Eu falei com olhos vermelhos de raiva.

Tentei dar um soco nela mais o Carl me segurou.

- Aaa, me solta, esse projeto de putinha vai ver quem é a chorona aqui.

- Mary, por favor deixe ela. - Disse o Carl.

- Você conhece ela? Aaa não acredito!

-Você quer encontrar Deus? - Disse Mary. - Tem alguém que quer também.


Dany WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora