Morte

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E abri novamente os olhos e minhas pupilas dilataram. Gritei bem alto e depois comecei a rir igual uma doida, eu estava na minha casa, na frente dela para ser mais exata, estava chovendo bastante e fazendo frio, olhei para cima e dei um suspiro e pensei;" acabou, toda aquela maluquice acabou". Entrei na minha casa e minha mãe estava no telefone, chorando.

- O que houve? – Perguntei assustada.

- Graças a Deus! – Disse minha mãe aliviada.

- Soube que teve um incêndio na sua escola. Eu, eufiquei desesperada. - Ela me abraçou.

Como eu disse antes, minha mãe tem alguns traumas, ela acha que qualquer coisa vai me ferir, até um simples lápis. Vai fazer sete anos que ela frequenta um psicólogo, ela não conseguiu tirar o filho da mãe do demônio que a esfaqueou da cabeça, por isso que não vou contar nada para ela, vou fingir que nada aconteceu.

- Calma mãe, nada me aconteceu. - Ela nem imagina o que tinha acontecido.

Eu não queria mentir para ela então corri para meu quarto, soube as escadas toda molhada, entrei no meu quarto e comecei a chorar, fiquei de joelhos diante da porta. - Meu Deus, por que isso está contendo comigo? " Você é uma Winchester sua vida é bizarra", eu não quero ser, não posso ser uma Winchester.

- Filha você está bem? – Gritou a mamãe do outro lado da porta.

- Estou sim, estou trocando de rouba. -- Disse com os olhos cheios de água.

Acordei com um som estranho, foi até a porta e vi luzes saindo das escadas, caminhei devagar até a escada, não era ninguém, desci para ver se alguém estava na sala.

- Olá criança. - Ouço uma voz estranha.

- Quem é você? O que faz na minha casa?

- Você está em um sonho, é o que presumo!

- Não vou ficar aqui nem morta! - Andei até a escada. Que lugar mais morto, eu estava numa espécie de sala escura com luzes vermelhas para todo lado, tinha também uma poltrona aonde um senhor estava sentado.

- Garanto que você não está morta. Então você é a famosa Dany Winchester?

- Isso é um sonho, acorda! - Eu ficava repetindo várias vezes...

- Você quer salgados? Temos muito a conversar! – Ele pegou um Milk-shake e levou o canudo até sua boca.

- Quem é você? – Perguntei novamente.

- Você é mais teimosa do que seu pai.

- O que você quer de me?

- Eu quero respostas.... Garanto que você também quer!

- Senhorita... - Olhei para trás e era Carl.

- Você mais parece um anjo mutante. - Disse o senhor. – O que faz aqui? Veio a procura de sua amada?

- Vai se ferrar!

- Vim buscá-la, você tem que vim comigo. – Articulou Carl.

- Não, fique comigo. – O senhor revidou. – O anticristo não vai esperar.

- O que você sabe sobre ele?

- Dany, não! – Disse Carl, andando em minha direção. Ele estava com os olhos brilhando igual da última vez.

- Nem pense em me tocar!

Ele pegou na minha mão e olhou nos meus olhos e disse:

- Você e tão linda para morrer.

- A é?

- Romeu e Julieta agora? Conheço essa história, os dois morrem.

- Eu morrer? Como Assim?

- Olá querida, me chamo Morte.

Carl passou sua mão em minta testa e todo começou a ficar claro, luminoso.

- Acordou querida? – Era mamãe abrindo as janelas do meu quarto.

- Com essa luz toda é claro!

- Uma agente do FBI estava a sua procura.

- FBI?

Levantei da cama e corri mais rápido possível nas escadas, viro para cozinha e meu pai estava conversando com uma mulher loira bonita, cabelos enrolados e com um corpão, vestindo uma calca tens mega apertada e um blazer feminino com um extintivo pendurado como se fosse um colar.

- Bom Dia!

- Bom Dia, mocinha.

Fala sério, eu mocinha?

- Essa é a Dany – Disse meu pai.

- Então, você estava no colégio quando pegou fogo?

- Sim, eu estava.

- Viu alguma coisa fora do normal?

- Eu... - Olhei para o lado e disse. - Nossa que caçadorazinha bonita que temos aqui...

- O que Dany? – Papai começou a me encarar e a mulher ficou assustada.

- Olha o colar dela, tem vários dentes. Você é caçadora né?

- Isso não vem ao caso agora. Viu ou não?

- Vi sim, várias pessoas machucadas correndo em minha direção foi horrível mas além disso mais nada.

- Obrigada. Aonde fica o banheiro?

- Virando a direita. Disse meu pai.

- Obrigada. Respondeu a mulher.

Depois daquele sonho surreal aparece uma caçadora aqui em casa. O sonho parecia tão real, parecia que aquele velho queria me dizer algo sem tirar o Carl que perturba até nos meus sonhos.

Esse papinho de Caçoador não vai colar comigo, algo estava acontecendo e eu vou descobrir. A mulher entrou no banheiro e logo depois foi atrás dela, cheguei na porta do banheiro e ouvir ela falando no telefone,

- Dean, ela já sacou que eu sou uma caçadora.

- Ela é minha filha, tem a quem puxar...

- Deixa de brincadeiras nós temos que pegar o Anticristo.

- Saia daí mais rápido possível.

- Ok.

- Tenha cuidado, não deixe ela saber de tudo.

Saber de tudo? Como assim? A mulher abriu a porta do banheiro e eu fiquei parada na frente dela.

- Eu preciso fazer o número dois, sucos de melancia que tomei ontem não caiu bem.

- Ah claro, pode entrar, até mais.

Tenho que descobrir o que está acontecendo. O que eu não posso saber? Eu estava com o celular na mão então tive a brilhante ideia de colocar meu celular na bolsa dela.

- Até querida. – Dei um abraço falso nela, ela estava meio com nojo de mim e me empurrou de leve mas conseguir colocar o celular na bolsa dela.

Depois de tomar banho eu liguei o meu notebook, liguei o GPS do meu celular antes do colocar na bolsa da agente. Meu pai grita da cozinha:

- Vem aqui em baixo.

- Estou indo!

Deixei o programa buscar o meu celular e fui até a sala.

- Olá querida - Fiquei paralisada pois o velho do meu sono estava na minha frente comendo os bolinhos da minha mãe.

Dany WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora