Bem-vindo ao grupo!

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Chegando encontro ao grupo, todos se entreolham por causa de Josh. Afinal, agora teríamos mais um integrante no nosso pequeno grupo.
-Oi gente, este aqui é Josh...meu amigo -eles pareceram não entender muito bem o que eu quis dizer com isso, pois nunca havia falado dele antes...doía muito esse assunto.
Comecei contando tudo a eles, desde à época que conheci Josh até a parte que pensei que ele tinha morrido. Todos se surpreenderam, Cindy e Miley foram bem amigáveis, mas não posso dizer o mesmo de Maxon e Logan. Ficaram com uma cara de "não estou nem aí se ele está vivo", quase chamei atenção deles.
Pegamos alguns mantimentos que encontramos no local e logo continuamos.
-É muito bom que está de volta...só para saber...-digo a Josh.
-Estou muito feliz também...fiquei sosinho esse tempo todo...não foi nada agradável.
-Imagino...já me sentia sosinha mesmo aqui...-Logan escuta o que digo e me corta.
-Bela consideração, acho que você se viraria sosinha naquela mata caída. Seria muito feliz se virasse uma contaminada!-ele diz já saindo sem me dar tempo para responder.
-Lu...se quiser dou um jeito naquele cara.-Josh diz com sua voz suave.
-Não...tudo bem.-digo pensativa.
Fiquei muito magoada com as palavras de Logan, pensei que ele me entendia, o que será que ele queria de mim? Gostava muito dele, de verdade! Ele era meu amigo para todo o tempo, mas agora vivia de cara feia...parece que nunca existiu o tempo que ele sempre me apoiou e tudo mais.
-Ei, o que está rolando?- Miley chega do meu lado me perguntando.
-Nada...
-Acho que os meninos não gostaram muito do "novo integrante."-ela diz dando uma risada de leve.
-Pois terão que aprender à gostar! Ele é muito importante para mim, será que eles não vêem isso?
-Calma Luh, dê tempo a eles...e a você.
-Farei o máximo.-digo lhe dando um abraço.
Minhas pernas já não aguentavam mais, o sol estava escaldante e a fome logo viria. Percebi que não havia mais nenhuma carta desde à partida, fiquei feliz por isso.
-Lu, você disse que aquele grupo de pessoas estavam perseguindo vocês?-Josh pergunta.
-Sim, estavam mandando bilhetinhos ameaçadores para nós...
-Não se preocupe, deve ser só uma brincadeira de mal gosto.
-BRINCADEIRA? O MUNDO ESTÁ UM CAOS, ACHA MESMO QUE EXISTE GENTE COM BRINCADEIRAS?-digo irritada.
-Lucy...-corto ele imediatamente.
-Me desculpe pela grosseria, só acho que nada aqui é inofensivo...-digo com minhas mãos em seu rosto.
-Claro que te entendo...não quero brigar com você.-ele diz com aqueles olhos azuis que brilhavam com o sol refletido neles.
-Claro que não meu grandão!-digo lhe dando um soco de leve no braço.
-Você sabe que estou aqui para o que precisar estressadinha-ele diz dando um sorriso.
-Pode contar comigo também- digo lhe devolvendo o sorriso. Continuamos à caminhada em silêncio.
Agora me lembrei da nossa infância juntos dentro dos muros. Sempre me metia em encrencas, mas Josh dava o seu jeito de me tirar delas. Vivíamos tentando pular os muros, sempre querendo descobrir o que havia atrás deles. Quando me lembrava dos meus pais ele me reconfortava contando histórias e que um dia ele seria meu grande "herói". Uma lágrima percorre meu rosto, Maxon percebe e diz:
-O que foi Kely?
-Apenas lembranças...boas.
-Que bom escutar isso, fico feliz que está bem.
-Obrigada Maxon, você sabe que foi um grande amigo para mim quando precisei não é?
-Sei muito bem...pois à garotinha aqui também me completou quando precisei- ele diz sorrindo.
-O que acha que será de nós?
-Esquece isso por um segundo, está bem?- ele fala levantando às sobrancelhas.
-Ok.- digo lhe dando um abraço que fez algumas lágrimas caírem. As vezes acho que sou muito fraca e chorona, simplesmente não sei controlar isso.
Já havia passado muitos dias de caminhada, sempre dávamos um jeito de nos abrigar, mesmo nos dias mais obscuros, éramos uma verdadeira equipe!
A noite havia chegado, como sempre fui observar o céu e suas belas estrelas. Dessa vez sem companhia, de repente olho para trás e alguém tampa minha boca para não gritar e sussurra:
-Ouça bem garotinha, sabemos tudo sobre vocês e nem tentem escapar. Agora preste bem atenção, você irá fazer um corte de leve com seu canivete em todos do grupo. Se isso não acontecer em 24 horas todos eles terão cortes muito mais profundos- respira e continua- se contar isso a eles já sabe qual será o destino dos pestinhas.
Naquele momento não soube como reagir, à vida de todos estavam em minhas mãos. Qual seria o sentido desse pedido? O que ganhariam com isso? Teria que agir rápido sobre todas as circunstâncias, ou fazia algo ou aguardava todas às pessoas que amo morrerem.
Depois que voltei em si, percebi que aquela pessoa que sussurrava em meu ouvido tinha voz de uma garota. Será que eu à conhecia?

O diário de LucyOnde histórias criam vida. Descubra agora