Capítulo 1-

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Acordei com alguns berros e já fiquei meio assustada, me direcionei para a cozinha onde vi minha mãe deitada no chão com uma seringa em seu braço direito, ela havia se injetado droga na veia. Suspirei , olhei para meu pai , ele estava desesperado chorando muito.

Não pensei duas vezes, imediatamente liguei para a funerária mais próxima, pois não tinha mais o que fazer, ela estava morta.
Sobre meus olhos, logo após de  ter recebido esse choque, começou a escorrer lágrimas, mas não consegui chorar, estava chocada, como se tivesse levado uma descarga elétrica e ficasse imóvel.
Naquela noite, nem dormir eu consegui, estava esperando como todas as noites, ela me dizer Boa noite, mas hoje, a espera não adiantaria  .
Acordei passei uma água em meu corpo, e dei uma leve borrifada de perfume de jasmim, o preferido de minha mãe. Fui para a cozinha e meu pai estava lá, sentado na mesa, chorando, tentando comer alguma coisa, mas a tristeza não o deixava.
Preferi ir lá com ele, pois sabia o que ela estava sentindo.
Sentei ao lado dele e ele apenas sussurrou
- Por favor, não fala nada.

     Após um dia aquilo tudo estava resolvido. Minha mãe enterrada e meu pai havia sido internado em uma clínica psiquiátrica, pois havia entrado em uma depressão profunda.

Eu não tinha mais rumo, e nem mais com quem ficar, pois havia apenas 15 anos de idade e meus parentes todos moravam muito longe.

Foi ai que decidi entrar em um orfanato, aliás era a minha única escolha . Comecei a procurar na internet por diversos orfanatos que fossem de fácil acesso , e encontrei um ah 45 km da minha cidade, então resolvi que iria para esse mesmo. Me despedi de todos os meus amigos e colegas , Arrumei minhas malas, peguei tudo ,pois, sabia que nunca mais voltaria nesse lugar.

Peguei o primeiro táxi que avistei passando na rua, o homem era barbudo mas simpatizou, colocou as minhas malas no bagageiro e logo em seguida me pediu:

- Qual é seu destino?

Olhei rapidamente para o retrovisor onde percebi que ele estava me olhando, então respondi:
- Birtchin 448, Por favor!

No caminho observei a paisagem e assim lembrei dos momentos felizes vividos, Hoje não teria mais oque fazer. Aqueles 45 km pareciam que não haviam fim.
Foi quando finalmente avistei um casarão e percebi que havia chegado. Sai do carro, o motorista já havia retirado minhas malas do bagageiro, as enganchei em meu braço , retirei vinte reais e o paguei.
Fui me direcionando para o portão daquele lugar.

Quando cheguei la fui recebida por uma mulher baixinha e gorda que já de cara achei que fosse chata.

- Bom Dia Moça! - A mulher indagou - Qual é seu nome?

Até estranhei mas logo respondi
- Leticia.
Mas pode me chamar de Leti.

-Tudo bem Leticia, Ou melhor Leti. - Entre, temos muito o que fazer.

Acho que apenas foi uma má impressão pois, fui bem recebida.
Entrei por uma porta que dava direto em uma sala de estar enorme, e logo ela começou a pedir mais sobre a minha história.

E assim contei, sem esquecer nenhum detalhe.

- Espere, antes de eu começar,
Como posso lhe chamar?

- Dona Eva, ou Apenas espetora , como achar melhor!

- Ok. - Dona eva-

- Minha história não tem nada de conto de fadas, é simples e bem trágica. - Meus pais sempre tiveram depressão, ai um certo dia acordei e minha mãe, havia se injetado droga na veia. Havia morrido, e quanto ao meu pai? Entrou em uma depressão profunda e teve que ser internado.

Logo após que acabei de falar, uma ultima lágrima caiu em meu rosto.

E acho que Dona Eva percebeu pois logo em seguida falou:

- Nossa - melhor continuarmos os afazeres, não foi muito bom tocar nesse assunto familiar.

Fizemos toda a documentação para eu poder morar ali e depois fui levada a o meu mais novo quarto, não tão novo assim, pois estava com o forro todo mofado e as paredes descascadas.

Deixei minha mala em cima da cama, que agora seria minha e resolvi dar uma caminhada pela casa para conhecer mais.

Não simpatizei com muita coisa naquela casa por isso percebi que a única coisa que iria fazer ali seria ler meu livro de poemas sentada naquela escada que levava aos quartos, aparentava ter uns 10 degraus.

Creio que cheguei naquela casa lá pelas 11:30, pois logo fui convidada para almoçar.

Quando estava almoçando, comendo aquelas comidas que nem tinha sal,ouvi alguns barulhos de passos, olhei para a porta de entrada onde avistei um menino loiro de olhos azuis, pelo que vi iria ser o novo orfã. Então todo mundo almoçou e nos dirigimos para os nossos quartos onde lá esperamos ansiosos para saber onde o novato iria dormir.

E para o azar ou talvez não tão azar assim ele iria dormir ao lado de minha cama, fiquei meio pasma, pois um menino dormiria ao meu lado e isso nunca aconteceu comigo, mas enfim vamos ver no que isso vai dar.

Espera Por mimOnde histórias criam vida. Descubra agora