Capítulo 4-

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Li e reli meus poemas sentada naquela escada, mas, como sempre, lembrei da minha família naquela parte " Queria estar ai, mas tudo funciona que nem a onda, vai conforme o vento sopra"

E hoje estou sem família, sem amigos verdadeiros e sem a felicidade que na verdade era uma coisa que eu nem tinha antes, pois , meus pais eram depressivos e viviam de mal humor.

Alguns barulhos vindos do corredor interromperam meu pensamento, senti um frio na espinha e um medo me invadindo, até onde sabia, apenas eu ficava até tarde da noite acordada.

Subi os últimos degraus que faltavam e corri para o meu quarto, puxei os lençóis e me deitei. O conforto da cama não era o mesmo que o da minha, mas, pela primeira vez dormi bem.

Acordei com o sol batendo em meu rosto, isso já me deixou mais animada, peguei minha roupa e fui ao banheiro, me troquei e lavei meu rosto, retirando aquelas remelas que haviam invadido meus olhos.

Foi quando estava quase pronta que ouvi alguns berros escandalosos de Dona Eva acordando todo mundo. Ainda bem que acordei antes, porque acordar com aqueles berros é pra qualquer um ficar de mal humor.

Desci para a cozinha, naquele dia fui a primeira a chegar e percebi que o café da manhã era diferente, havia um apetitoso bolo de chocolate e suco de laranja, quando fui me sentar todos chegaram e começou aquele clima de "Bom Dia " pra cá e "Bom Dia" pra lá. Mas eu estava com um enorme pedaço de bolo na boca , então nem disse nada apenas acabei de comer.

Comi muito naquela manhã, não sobrou nem um farelo se quer para contar história. Ajudamos Dona Eva a recolher a mesa e fomos para a sala de jogos onde jogamos ping pong até meio dia, nunca fui o tipo de pessoa que goste de jogar esses tipos de jogos, mas, confesso, me diverti.

Não fazia muito tempo que havíamos comido mas, o almoço já estava pronto.
Fomos até a cozinha, todos estavam com muita fome mas eu sentei na mesa apenas por respeito, pois, ainda estava com o estômago cheio, então só tomei um copo de suco. E me retirei.

- Leticia não vai comer nada? A comida está deliciosa. - Eva exclamou.

- Não obrigada, estou satisfeita. Vou até a biblioteca encontrar um livro para mim ler.

- ESPERA!

Fui caminhando até lá, quando derepente ouvi alguém me chamando, mas, nem dei bola, pois, todos estavam almoçando, porém, aquela voz continuou falando meu nome quando derepente reconheci, era a voz de Raviel.

- Leticia espera ai.

Espera Por mimOnde histórias criam vida. Descubra agora