Starlight

Capítulo 5 - Ordinary People

'Justin Point's Of View

A batida de música eletrônica naquele lugar era algo divertido de se ouvir, mas ao mesmo tempo me causava um pouco de incômodo. Que era algo estranho. Olho para Lil e rio ao vê-lo quase caindo de tanto beber vodka. Mulheres passam ao meu lado e tentam chamar a minha atenção, como um gato quando deseja muito algum alimento. Mesmo com algumas pessoas fotografando, eu estava ali para me divertir, e teria que ignorar o fato de ser Justin Bieber, e sim apenas um cara de vinte e quatro anos, somente ambicionando distração. Principalmente agora, que minha mente estava uma confusão.

— Quer dizer que você ficou preso no elevador com a louca do tapa... — Charlie murmura, rindo.

Reviro os olhos. — Não a chame assim, Charlie. — falo enquanto tomo um gole de minha tequila. Adorava aquela bebida. Observo-o levantar as mãos em rendição enquanto me encara, achando o meu comportamento estranho.

— Nossa, tudo bem. Não está mais aqui quem falou! — para para observar algumas garotas que aparentavam serem menores de idade, mas tenho certeza que para ele isso não seria um problema. — Como ela se chama? Fiquei perdido demais no sorriso quando foi apresentada, não prestei atenção em Luke.

— Selena.— digo unicamente. — Um belo nome para uma bela mulher. — solto uma piscadela para ele, que concordou com a cabeça.

— Impressão minha ou está pensando em pegar ela, cara? — Charlie questiona, e noto que Ryan e Alfredo estão do outro lado da boate, juntamente aos outros jogadores.

— Porque não? — levanto os ombros, divertido. — Sabe que nunca fui de negar mulher.

— É que você parece diferente, bro.

— Eu não pretendo iludir ninguém, Charlie. Muito menos ela. — ele parece surpreso. Eu o entendo.

Nunca fui um cafajeste completo, mas também nunca fui o melhor tipo de cavalheiro para as mulheres. Eu passei um bom tempo usando-as e depois as descartando, como objetos. Não me orgulho disso, mas sei bem diferenciar as garotas das mulheres de verdade. Minha mãe vivia me dizendo, que eu deveria tratar uma mulher com todo o cavalheirismo e carinho do mundo, pois com a vida que levo, precisaria de alguém para tornar-se o meu porto seguro nos momentos difíceis. Porém, nenhuma mulher nunca chegou a conhecer esse meu lado.

— Fico feliz que tenha finalmente parado com isso. — ele está sorrindo para algumas meninas enquanto fala. — Mas só quero que saiba que está nesse barco sozinho. Eu amo essa vida. — gargalho.

Elevo meu copo e brindamos juntos. Ele é um palhaço. Brad e Kenny, meus seguranças, alertam que é melhor subirmos para a área vip. Concordo. Estava um tanto tumultuado e muitas pessoas insistam em querer me gravar. Termino de subir aqueles degraus, me jogando em seguida no enorme sofá que tinha, tendo a ampla visão da pista de dança. Uma moça me serve mais bebida. Lil Za e Charlie chegam logo depois, e me mostram alguns saquinhos. Reviro os olhos. Não tinha o costume de me drogar como eles. Já experimentei, mas não acho que necessito de drogas para me divertir.

Um tempo atrás, fotos minhas fumando maconha circularam pelo mundo inteiro. As críticas foram gigantescas e eu decidi não me envolver mais em nada disso. Não que eu tivesse me importado, faço da minha vida o que eu bem entender. Mas sim por causa da minha família, mais especificamente, a minha mãe. Eu não queria estragar todo o orgulho que ela carrega no peito por causa de caprichos. Para a mídia, posso parecer apenas um homem que deixou a fama e o dinheiro subirem a cabeça. Mas quem me conhece sabe que sou muito mais que isso. Eu tive que amadurecer extremamente cedo, o que me faz as vezes agir como um velho de setenta anos, preocupado demais, responsável demais. Nunca me importei demais com qual a imagem que as pessoas tenham de mim, qual imagem passar para elas. Porém, estranhamente, com Selena, eu sinto como se tivesse a obrigação de mostrar para ela quem eu realmente sou. E estou totalmente disposto a mudar sua visão sobre mim, de uma vez por todas.