Capítulo 2 - Justin Bieber and his incredible humility (Parte 1)

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Há duas semanas atrás...

Dallas - Texas

13:45

'Selena Point's Of View

Era isso o que me motivava. O sorriso de cada criança a alegria de um abraço, de uma atenção; isso que me fazia levantar todos os dias da minha cama tão disposta. Algumas pessoas me julgavam, e outras diziam que era perda de tempo fazer tanto trabalho sem ganhar nada. E nesse momento eu me perguntava: onde estava o coração dessas pessoas? Qual o mal de ajudar o próximo? Qual o mal de fazer o bem e se sentir ótima consigo mesmo?

— Julia, deixe-me ver se escovou os dentes.

Digo meio exigente. Eu praticamente morava aqui. Um orfanato, num bairro bem excluído da cidade. Minha mãe sempre ficava preocupada, tinha um restaurante no centro da cidade. Cobrava muito de mim, estava sempre em cima, desde a época da escola até na faculdade, também. Mas eu a entendo, ela apenas quer que a filha vença na vida. Quer que eu realize o sonho que um dia foi dela. Ela era a minha grande inspiração para a vida.

— Boa menina! — digo sorrindo, logo após olhar delicadamente a boca dela. Seus dentes estavam branquinhos e saudáveis.

— Posso brincar agora? — ela pergunta fazendo uma voz fofinha.

Sorrio. — Pode sim querida, só não se esqueça de lavar as mãos depois.

Ela assente e sai correndo para o pátio. Olho para trás vendo a ampla bagunça que teria de arrumar. Crianças. Adoráveis e tão bagunceiras. Gargalho, enquanto me agacho pegando alguns brinquedos e pondo em um baú. Aos vinte e um anos, eu já havia conseguido muita coisa, mesmo com pouco dinheiro, eu consegui fazer a minha faculdade e pós-graduação. Trabalhei em alguns hospitais, estagiando, mas o meu objetivo não era esse, eu tinha a minha vida planejada, e queria bem mais.

— Selena! — a voz um tanto fina diz forte, me fazendo cair no chão.

— Oh céus, que susto, Emily! — digo pondo a mão sobre meu peito, sentindo meu coração pulsar fortemente. Passo meus dedos por meus cabelos, o pondo para trás, em seguida encaro Emily respirando rapidamente e com sua face assustada.

— Temos um rapaz na porta, e ele está com muita dor na mão.

Franzo o cenho, me erguendo rapidamente. — Mas como ele parou aqui? É distante da cidade. Ele não deveria estar no hospital?

— Eu também achei isto. Mas ele não falou direito, parece que estava passando por aqui quando se machucou. Você é á única medica presente, as outras foram almoçar.

— Ah, claro. — calho minhas mãos sobre minha calça, tirando um pouco de areia e pó do chão. — Deixa somente eu pegar minha maleta.

Ando em direção ao corredor com vários armários onde os voluntários podem guardar seus materiais e paro em frente a uma mesinha com alguns papéis, canetas e objetos em cima. Abanco a chave dentro da gaveta, abrindo em seguida o armário, puxando minha maleta. Bato a porta com meu pé, escutando de costas a forte batida, e confirmando que não tivera fechado direito. Quis ignorar e não ligar tanto. Umedeço meus lábios, enquanto caminho ao lado de Emily, que parecia nervosíssima. Sorrio para alguns ajudantes, logo vendo o homem no chão sentindo dor. Aproximo-me, vendo sua mão sangrar muito.

— Posso ver? — questiono. Ele abre seus olhos me olhando da cabeça ao pés, e me deixa pegar em sua mão. Sua situação não era tão agradável assim e precisaria de muito cuidado. — Vai arder e irá doer, mas confie em mim está bem? — ele assente e assim avanço por todo o meu trabalho. Passo água para limpar, logo após de costurar a grande abertura que havia e fechar com um curativo. Ele geme de angústia, mas depois de um tempo consegue se levantar me permitindo lhe ver detalhadamente. Cabelos escuros e olhos bem pretos, com uma barba desenhada. Um rosto de cansaço e um sorriso de leve no rosto. Revistas, propagandas, entrevistas. Oh meu Deus, ele era... —  Luke Owen?

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