Capítulo 7 - Come on, let me take care of you

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'Selena Point's Of View

Tudo o que vejo parecem borrões, nada está nítido e estou com dor de cabeça. Justin parece estar extremamente irritado. Eu continuo atrás dele, que por ser muito mais alto, me esconde um pouco do turbilhão de luzes que antes me cegavam. Aprecio a sua atitude. Sinto-o segurar minha mão e quando dou conta, já estamos perto de seu carro, finalmente. Ele vira o rosto, tentando me olhar, e então avança para frente, tentando empurrar um cara que está tentando tirar fotos do meu rosto. Segundos depois sinto meu cabelo ser puxado fortemente, me fazendo virar, e com o movimento sinto algo duro bater em minha cabeça. Uma câmera.

Uma.

Duas.

Três vezes. E já estou cambaleante, sentindo algo quente descer por minha testa.

— Selena! — eu escuto a voz de Justin, mas não consigo encará-lo. Minha cabeça dói demais. — Se afastem, caralho, ela está sangrando!

Sinto que estou sendo carregada e abro os olhos para ver quem é o segurança grandalhão que me carrega. Sinto minhas costas entrarem em contato com um couro muito confortável e sei que estou em um carro.

— Dirija, John! Ficarei atrás com ela!

Minha cabeça está rodando, sinto um movimento no estofado e o carro começar a se movimentar, junto com o barulho de gritos ficando abafados.

— Para onde devo ir, senhor?

— Para o meu apartamento.

Eu escuto a voz rouca bem próxima de mim, mas ainda estou zonza. 

Abro um pouco os olhos e percebo que estou em seu colo. 

Ele envolve mais seus braços por mim, e deposito minha cabeça perto de seu ombro, soltando leves múrmuros. Seus dedos ásperos escorregam sobre minha cintura e brincam com a pequena parte de tecido de minha saia preta favorita. Lanço um pequeno sorriso e ele passeia seu polegar por minha bochecha, até meu braço, ao trilhar por meus dedos, elevando minha mão e soltando um beijo sereno nela. Arregalo meus olhos assustada e ele apenas sorri calmo, então relaxo meus músculos, e me deixo permitir ao deleitar-me de seus braços fortes e confortáveis. 

Tudo o que menos quero nesse momento seria entrar em choque, e é por essa razão que tento começar um diálogo.

— Pensei que levasse as suas garotas para um motel, e n... não para o s... seu apar... tamento. — digo com dificuldade, recuperando um pouco de minha sanidade e escuto o seu riso preocupado.

— Você está bem, Selena? — oh, estou ótima, sangrando, mas ótima.

— S... sim, mas você não r... respondeu a minha observação. — ele me encara, incrédulo.

— Você é inacreditável. — faz uma pausa e eu espero, em silêncio — Eu levo as vadias para o motel, você é uma mulher de verdade, não uma vadia, Selena. — enrubesço, mesmo zonza.

— Devo levar isso como um... um elogio? — ele ri e assente. Coloca seus dedos fortes sobre a manga de sua blusa, e com seu dente, tira um pedaço da própria malha, colocando em minha testa, apertando levemente. Solto leves gemidos fracos, de dor.

— Pressione.

Eu faço que não com a cabeça e ele faz uma carranca.

Vamos lá, Selena, me deixe cuidar de você. — ele praticamente implora, e isso não parece ser típico dele.

— Não precisa. — eu balanço uma das mãos como se dissesse para ele se afastar, porém ele não se move.

— Você já cuidou de mim várias vezes, me deixe cuidar de você pelo menos uma vez.

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