Capítulo 2

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POV. LOUIS

Talvez Harry não esperava que eu contasse meu planos para ele agora, ou talvez ele simplesmente tinha reprovado a minha ideia. Ele estava sentado no sofá junto comigo depois de um longo jantar com a minha família, me olhando de uma forma bem surpresa.

-Deixa eu ver se entendi direito, você quer arrumar um jeito de começar a expôr seus quadros e ganhar dinheiro com isso? - Harry pergunta, balançando os braços enquanto falava.

-Sim, isso mesmo. - Por quê isso era tão difícil assim de se entender? Estava mais do que na hora de eu começar a mostrar meu trabalho para o mundo, mostrar que eu realmente tenho talento.

-Bom, você não acha meio cedo para isso? - Ele diz e meu sorriso se desmancha. Eu sempre achei que ele seria o primeiro a me apoiar . - Olha, não estou tentando dizer que não é uma boa escolha ou algo assim... Só estou dizendo que pode não ser a hora...

-Acho que entendi o que você quis dizer. - Me levando rapidamente e vou até a cozinha tomar um copo de água. Eu não acredito nisso, ele sempre havia dito que iria me apoiar no que fizesse em respeito à minha carreira. Mas não é o que está acontecendo.

-Olha Louis, eu não quero que aconteça a mesma coisa que aconteceu á um ano atrás. Eu sempre vou te apoiar e você sabe disso, mas não quero ver você naquele estado novamente. - Eu sei do que ele tá falando, ele tem razão. Á um ano atrás eu tentei entrar em uma acadêmia de artes bem conhecida de Londres. Digamos que eu tenha ficado muito animado e até arrumado minhas coisas para ir para lá. Mas fui reprovado. E deste então eu venho tentando provar para aqueles "senhores" que eu não sou ruim e sem talento como eles disseram.

-Não vai acontecer a mesma coisa Harry. - Eu ponho o copo que estava em minha mão em cima da bancada. - Dessa vez vai dar certo!

-E você quer começar por onde? - Harry diz meio contrariado ao se encostar na mesa da cozinha.

-Podemos começar pela rua. Grandes artistas surgem de baixo. - Eu vou até ele e lhe dou um selinho. - Além do mais, agora eu realmente me sinto pronto para isso. Agora é a hora.

***

Duas semanas depois.

Eu pensei que seria mais fácil, sério. Mas foi colocando minhas obras no centro da cidade que eu percebi uma coisa: ninguém de classe média liga para isso. Então em duas semanas eu consegui vender um quadro por uma quantia insignificante, sem falar que eu tive que correr quatro vezes da chuva. Parece que a sorte não gosta muito de mim.

Harry se acostumou com a ideia e sempre que ele não está ocupado ele vem me ajudar. Mesmo com essa falta de clientela eu tenho que confessar: é uma diversão e tanto! Isso acabou gerando uma espécie de "renovação de namoro" entre mim e Harry, agora não conseguimos ficar muito tempo longe um do outro.

Se tem uma coisa que ninguém nunca deve duvidar é meu amor por Harry. Embora eu não demonstre muito isso, ele é a razão para mim acordar e tentar novamente. Agora era ele que me empurrava, era ele quem dizia que eu ia conseguir.

Agora estou aqui em meu ponto de vendas, de baixo de um sol fraco e de nuvens que ameaçam a derrubar o mundo a qualquer momento. Eu fico ao lado do estacionamento de uma pequena loja de roupas, com a permissão do dono que disse que "contando que eu não faça arruaça e nem estrague a clientela dele, tudo bem".

Harry estava trabalhando uma hora dessas, coisa que eu estaria fazendo se não tivesse sido demitido. O ruim é isso, embora eu esteja tentando levantar voo e sair debaixo das asas da minha mãe, parece que alguma coisa sempre me empurra de volta e eu acabo vivendo por conta dela novamente.

Eu estava imerso em meus pensamentos quando eu vejo um rapaz com o cabelo pintado de loiro na minha frente.

-Olá, perdão. Você desejaria alguma coisa? - Eu pergunto, me levantando da minha cadeira. O rapaz em minha frente está muito bem vestido, embora esteja casual. Sua pele é bem clara e seus olhos também são claros, sua postura denuncia ser alguém refinado.

-É você que pinta esses quadros? - O loiro pergunta, olhando principalmente para o retrato de Harry encostado na parede.

-Sim senhor, sou eu mesmo. - Digo com um sorriso de orgulho no rosto.

-E eu posso saber o nome do artista? - Ele sorri ao dizer essas palavras, como se tivesse lembrado de uma piada particular.

-Louis. Louis Tomlinson. - Falo alto para que ele escute. Na verdade, o "senhor" em minha frente parece ter mais ou menos a minha idade, a sua juventude é visível.

-Louis... - Ele pronuncia meu nome como se estivesse testando como seus lábios se mechem ao falá-lo. - Você tem nome de artista, sabia?

-Muito obrigado! - Sinto minhas bochechas rosadas pelo elogio. Se ele estava aqui apenas para puxar papo, tudo bem. Mas ninguém fora o meu único comprador havia elogiado meu talento - ou meu nome - .

-E quem é o rapaz do quadro? - Ele aponta para retrato que estava olhando deste o começo.

-Meu namorado, Harry Styles. - Sua feição não muda ao mencionar a palavra namorado, o que me deixa mais feliz ainda, ele realmente estava interessado nos quadros, e não em mim.

-Ele também pinta? - Olha para mim e eu balanço a cabeça negativamente. Depois volta a olhar meus quadros. - Acho que vou levar um.

Não consigo esconder o sorriso quando ele diz isso, parece que ele gostou bastante dos meus quadros. Eu fico surpreso quando ele decide levar o quadro em que se encontra uma mulher brincando com seu filho ainda bebê. O quadro é todo preto em branco, mas retrata a felicidade do momento, uma felicidade que somente os bebês podem nos proporcionar.

-Aqui está. - Ele me entrega mil euros pelo quadro e isso me assusta. Todo mundo se recusa a pagar uma quantia dessa por dois quadros, quem dirá por um.

-Não precisa de tudo isso...

-Fique. Seus quadro valem muito mais que isso. - Ele olha bem para a pintura e depois sussurra consigo mesmo esperando que eu não ouça, mas eu escuto claramente. - Traços tão perfeitos que parecem ser feitos por punhos de aço.

Depois de embrulhar devidamente o quadro eu o entrego, dessa vez para nunca mais voltar em minhas mãos. Ele me estrega um cartão e me pede o meu número - pra que eu não sei - e depois se despede. Olhando para frente vejo o jovem indo embora com aquele quadro, e minha alegria não poderia ser maior. Pego o cartão e olho seu nome. Niall Horan.

POV. NARRADORA.

Niall anda apressando pelas ruas de Londres enquanto faz um telefonema. Ao ser atendido no terceiro toque ele diz apenas uma frase em francês:

-Je trouve un talent.*

*Encontrei um talento.

Olá amorecos, como vão? Aqui está o segundo capítulo todinho para vcs, espero que gostem!!!

Bom, agora vem o momento "mendigo" hsuahsua ou seja, se vc gostou, compartilhe, é importante para mim.

Era isso, amo vcs!!! xxxx

PS. Cap com mais de mil palavras? Que milagre é esse?

Punhos de Aço || L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora