É fim de tarde quando Louis entra em uma casa desconhecida, parecendo procurar algo. Seu inconciente talvez avise "isso é um sonho"... mas parece tão real... sempre foi real para Louis. Ele não vê quem abre a porta para ele passar, e muito menos entende como conhecia o local exato onde encontrá-lo. Seu coração bate mais forte, e ao entrar em uma sala muito bem imobiliada ele encontra: o homem com os cabelos na altura dos ombros vestido com uma calça preta justa e camiseta floral está acompanhado por uma criança, eles olham pela janela, é impossível ver o rosto de ambos. O sol do crepusculo ilumina eles quando vão se virar pra Louis. E é aí que ele acorda.
Louis sempre acorda frustado depois desse sonho, ás vezes até arrependido. Ele nunca ligava para sonhos ou qualquer tipo de superstição, mas aquilo lhe deixava intrigado. É sempre a mesma coisa, nem um detalhe a menos ou a mais, ele sempre está perdido no labirinto e o pior: nunca sabe como sair. Que labirinto seria esse? O da dúvida, por ele nunca descobrir as pessoas que enfeitam sua noite.
Ele olha no relógio que fica em cima do criado mudo ao lado da cama, são seis horas da manhã, hora de começar sua rotina.
A primeira coisa que ele fez no dia anterior depois que chegou em casa foi ligar para Harry e contá-lo sobre Niall, sobre como ele parecia ser alguém importante. Harry também ficou curioso e quis mais informações, coisa que Louis não tinha naquele momento.
Louis levanta da cama com muita preguiça e vai até o banheiro social que tem que compartilhar com sua mãe e mais sete irmãos, nada agradável, mas é uma coisa que a condição financeira deles não permite mudar, pelo menos por enquanto.
Depois de ter tomado um banho, se arrumado, e ter tentado arrumar seu cabelo, ele vai até a cozinha, passando pelo corredor escuro silenciosamente para não acordar as irmãs e o irmão mais novo com seus passos que podem ser ouvidos de longe.
Quando ele chega perto da cozinha, vê que a porta está fechada mas que ainda é possível ouvir duas pessoas conversando baixinho, como se não quisessem ser ouvidas, como se estivessem falando um segredo. Ele tenta reprimir a vontade de escutar mas ela lhe atinge como uma bala, e ele não pode evitar ao colocar seu ouvido encostado na porta para ouvir.
-Não tem jeito mesmo? - Ele reconhece a voz de Lottie, que soa preocupada.
-Não... Não tem. A situação está feia filha, não sei onde conseguiremos dinheiro. - Louis se assusta ao escutar a voz da sua mãe tão abalada.
-Mas mãe, nós vamos conseguir! Sempre conseguimos! - Lottie tenta soar determinada, mas falha no fim.
-Daqui a pouco não teremos nem como comprar comida. As contas comem todo o dinheiro que ganhamos e eu ainda tinha feito mais ainda ao comprar as coisas para o seu irmãozinho. Não temos mais de onde tirar. - A realidade daquele momento enche Louis como um raio. Não era possível. Ele estava tão preocupado em ser alguém na vida que não viu as coisas acontecerem ao seu redor, ele havia esquecido as pessoas que mais amava... incluindo até mesmo Harry.
Ele saí correndo, dessa vez sem se importar com o barulho que faz Johannah e Lottie darem um pulo na cozinha. Louis se sente um idiota. Um idiota por pensar somente em si mesmo, um idiota por achar que um dia consiguiria algo impossível. Então ele vê. Ninguém compraria seus quadros, ninguém saberia seu nome, ningué adimiraria suas obras. Por que? Porque ninguém gosta disso, as pessoas gostam de música, teatro, filmes... e não quadros. As pessoas não estão nem aí para pintores. Elas não se importam.
Seus pés o levam para sua galeria antes mesmo de ele saber onde quer ir, e ao chegar lá uma raiva toma conta de seu corpo. Ele não sente nenhum tipo de tristeza ao entrar e destruir quase todos os quadros já prontos, ele só sente raiva. Raiva dele mesmo. Talvez a tristeza seja algo que chegue mais tarde quando ele pensar bem no que fez, ou talvez ele tenha se desiludido tanto que ela nunca chegue.
Depois de ter destruído suas obras ele se encosta na porta e se deixa escorregar até sentir o chão embaixo de si. As lágrimas finalmente aparecem, fazendo com que o bolo que se prendia em sua garganta diminua um pouco. Ele enxerga muito pouco através de suas lágrimas, mas é o suficiente para ver os dois únicos quadros que restaram: o primeiro é um retrato de Harry; o segundo é o seu sonho, que ele acredita que permanecerá para sempre em suas noites.
Ele pega o celular que havia colocado no bolso antes de sair do quarto e manda uma mensagem para Harry. Mais do que nunca ele precisa do cacheado perto de si, mais do que nunca ele precisa se seu porto seguro.
Oláaaa olha eu aqui de novo!!!! Espero que gostem do capitulo e me perdoem pela demora hehehe
Amo vcs! xxxx
Ps. desculpem os erros.
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Punhos de Aço || L.S.
FanficLouis Tomlinson era um jovem pintor que sonhava em ser reconhecido mundialmente, até que um dia o destino lhe dá uma chance. Mas acontece que Louis é apaixonado por seu namorado Harry Syles, e desta vez sua vida pessoal não poderá acompanhar a carre...