CAP 13

5 1 0
                                    

Kamy POVS

- Por favor – pedia ainda batendo. Bati por mais uns dez minutos, eu estava completamente fraca, com fome e sede. Fora o frio que fazia. Ouço passos pesados vindo e me afasto rapidamente da porta. A mesma range fazendo um barulho desagradável e uma figura masculina se materializa em minha frente.

- Vejo que acordou – a voz disse me causando arrepios.

- Q-quem é você? – perguntei encolhida.

- Seu pior pesadelo minha querida Ivy – então sinto algo quente escorrendo em minha cabeça e tudo escurece.

Harry POVS

DOIS DIAS. Dois bendito dias sem noticias da Kamy, nesse momento estamos completamente loucos, já avisamos a policia, alertamos todos, pedimos ajuda a nossas fãs, qualquer pessoa, andamos pelas ruas de Londres desesperado e nada. Definitivamente nada, e o pior de tudo é saber que o desaparecimento dela foi por minha culpa, porque o idiota do Harry Edward Styles sempre faz merda.

- Eu não aguento mais – ouvia Rafaella suspirar – Não aguento mais ficar sem noticias dela, não consigo mais ficar sem ouvir a voz dela ou de ver aquele sorriso que acalmava qualquer um – Rafa dizia andando de um lado para o outro.

Vamos falar um pouco da situação de Rafaella Stones, está mais desesperada que qualquer um de nós, não come há dois dias, não quer saber de nada, a não ser de alguma noticia de sua amiga, ela está completamente desolada e sem saber o que fazer, Niall é a pessoa que tenta ajuda-la ao máximo, mas ela está começando a nos afastar e eu realmente não sei o motivo, queria poder ajuda-la, da forma que ela havia me ajudado.

- Rafa, precisamos que você se acalme, todos estamos preocupados, porém não podemos fazer na... – ela me cortou.

- Não podem fazer nada, não é, Styles? – ela perguntou debochada com os olhos cheio de lagrimas – Não podem fazer nada porque são uns merdas – ela cuspiu as palavras de forma rígida – Ninguém faz nada, ninguém corre atrás ou procura informações, ela pode ter sido sequestrada, pode estar passando fome e pode até estar morta – sua voz saiu falha.

- Olha, não acho que ela esteja morta – Sophia pronunciou.

- Cala a boca, você não sabe de nada e nem a conhece, então não se meta – Rafa disse grossa.

- Eu... me desculpe, estou tentando ver um lado positivo – disse ela se encolhendo no sofá.

- Lado positivo? – Rafa gritou – Que lado positivo tem nessa merda que até agora eu não vi? Minha amiga deve estar perdida ou sei lá o quê por aí, e ninguém está nem aí, porque com certeza o sumiço dela não é problema deles – ela disse passando as mãos nervosamente pelos cabelos.

- Rafa, olha, você precisa se acalmar, sei que é difícil pra você e acredite pra nós também está sendo – disse sério e ela me olhou.

- Está sendo difícil pra você querido Harry? Pois bem feito, porque isso é tudo culpa sua, só sua, porque você é um otário, por tua culpa ela saiu por aquela porta e parece que saiu para não voltar mais e adivinha? – ela perguntou sarcástica – O único babaca idiota culpado por tudo isso é você. VOCÊ! – Rafa disse chorando.

- Olha, não tem um culpado nessa historia Rafa – Liam tentou intervir mas eu o interrompi.

- Tem certeza Rafa – suspirei – A culpa é toda minha, eu fui um tolo, babaca, fui idiota o máximo por ter deixado ela sair por aquela porta... De novo – disse engolindo em seco.

- Fico muito feliz e saber que você sabe disse – dito isso ela saiu pela porta e nos deixou ali, talvez um pouco chocados. Igual ela fez. Igual Kamilly havia feito!

Kamy POVS

As luzes praticamente cegavam meus olhos, minha cabeça parecia girar. Minhas vistas foram normalizando aos poucos e então, as lagrimas queriam escapar de meus olhos, então não era nenhum tipo de pesadelo, aquilo era a minha vida real, que estava se transformando em um inferno e quando será que ele teria seu maldito fim.

Tentei me levantar do colchão que estava em um canto do pequeno cômodo, mas eu não tinha forças o suficiente, praguejei baixinho, amaldiçoando tudo o que me acontecera, minhas lagrimas que antes eram seguradas, agora já escorriam livremente pelo meu rosto. Meus soluços eram altos, mas eu não me importava com nada. A única coisa que me importava era, como eu vim parar aqui? Por quê estou aqui?

- Já acordou docinho? – ouvi uma voz perguntar, olhei para o garoto moreno em minha frente com um sorriso debochado, engoli em seco e não respondi.

- Oras, o gato comeu sua língua? – perguntou ele sorrindo.

- Não – disse num sussurro.

- Bom saber que a gatinha fala – sorriu novamente.

- On-onde estou? – tomei coragem para perguntar.

- Ainda é cedo para lhe contar – ele olhou para as unhas – Bom, venha comigo – ele me chamou mas eu permaneci sentada no canto – vem. Comigo – ele disse pausadamente e novamente eu me encolhi, mas não levantei – Merda garota – ele berrou e me puxou com brutalidade.

- Solta – disse – Ta doendo – falei e ele me olhou sério.

- É para doer sua imprestável – disse seco apertando mais o meu braço.

{...}

- Aqui está ela, Merle – o moreno disse sorrindo e me jogou no chão.

- Obrigada Clark, pode se retirar – o homem se virou.

- Olá querida Ivy – ele disse sorrindo me olhando.

- Eu não sou essa tal Ivy – disse ainda o encarando.

- Oras Ivy, levante-se – ele disse me ajudando a levantar.

- Sente aí, temos muito o que conversar – o homem meio velho disse.

- Mas eu não lhe conheço – retruquei e ele me olhou bravo.

- Senta. Agora – ele falou entre dentes. Se ele queria colocar medo em mim, ele realmente estava conseguindo.

Sentei me e o encarei por um tempo.

- Como você crescera Ivane – ele me olhou.

- Eu já disse que não sou Ivane ou Ivy, sei la o que – disse seca.

- Cale a boca – ele gritou fazendo me encolher – Cale a merda dessa sua boca, não quero ouvi-la, não até lhe perguntar algo e sim, Seu nome é Ivane Merle – disse ele, seus olhos estavam negros.

Me amaldiçoara o tempo inteiro, quem diachos era Ivane? E porque eu estou sendo ''comparada'' a tal?

- Eu amava ver você brincando e me chamando para brincar de esconde-esconde – disse ele andando de um lado para o outro, fiquei quieta apenas o ouvindo – Eu sempre ia, amava ver seu sorriso radiante – ele sorriu ao se lembrar de algo – Como você não se lembra? – ele perguntou me olhando.

- Eu, não sei do que você está falando e também não sei quem você é – disse sussurrando.

- Não sabe quem eu sou? – ele perguntou sorrindo – Eu sou seu tio Ivane, sou irmão de seu pai que foi assassinado pela sua querida mamãezinha biológica – ele disse e foi como se uma bomba-relógio estivesse explodido naquele momento.

- Mi-minha mãe o quê? – perguntei incrédula.

- Sua mamãezinha, matou o seu pai – ele disse frio.  


To InfinityOnde histórias criam vida. Descubra agora