• 1.3 - O início de algo bom •

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A chuva era ouvida no espaço exterior, a minha mente teimava ir parar ao assunto - Ashton -, a minha cabeça dava fortes pontadas de dor, os meus olhos ardiam, a minha voz era quase inaudível e por fim, os meus olhos queriam permanecer fechados enquanto as lágrimas escorriam pelos mesmos em sinal de tristeza, raiva e sobretudo desgosto e nojo.

Às vezes penso em como é possível um ser magoar tanto outro através de simples palavras ou gestos, neste caso. Costumam dizer que na vida tudo tem um propósito, uns bons uns maus. Mas sempre iria acabar de boa forma, então estou para aqui a pensar porque é que na minha tudo se encaminha para o mal e não para o bem. Não existe uma única coisa que me faça feliz, pelo menos neste momento.

Ashton agiu de forma rude e fria para comigo. Não estou a dizer que ele tenha culpa, que por um lado ele tem. Mas, tudo bem que ele podia já estar bêbado, mas ele não pode culpar a bebida! Não, pensei que o que nós tivéssemos fosse especial, mas enganei-me. Cai numa longínqua realidade. As suas atitudes na noite anterior levaram-me a crer que ele só esteve a brincar comigo e com os meus sentimentos. Eu sei que isso é possível, pois está estampado na sua cara que ele é um rapaz de festas.

Mas não, eu não o vou condenar. É a vida dele.

Magoou-me? Muito.

Importo-me? Bastante.

Amo-o? Sim, independentemente de tudo o que ele fizera.

A campainha é ouvida e caminho lentamente até ela. Não me preocupo se estou com vestígios de choro da noite passado, pelas olheiras. Ou se não estou propriamente vestida. A verdade é que me sinto completamente uma... merda.

"Deus! Dayse!" - assim que abro a porta Ashton salta para os meus braços, embrulhando os seus por volta da minha cintura e eu ri-me com uma certa ironia.

"Só podes estar a brincar com a minha cara!" - pergunto rindo-me cinicamente.

"Ahn? O que se passa?" - confusão era notável no seu rosto.

"Ashton! Eu juro que, por momentos, está-me a passar bater-te!" - os seus lábios abrem inúmeras vezes tentando assim falar, porém, faltam-lhe as palavras. Ah, mas a mim? A mim nem uma me falta! Aliás eu tenho mais que meras palavras para lhe dizer.

"Estás-me a assustar, ba-" - ele era para começar a falar mas eu interrompo-o.

"Não te atrevas a chamar-me isso! Tu pensas que passaste despercebido? Bom, desculpa informar-te, mas não passaste! Até deste bem nas vistas! Achas que eu não iria acabar por descobrir? Achas mesmo? Enganas-te puramente!" - a raiva fervilhava nas minhas veias e adrenalina começava a consumir o meu corpo.

"Do que estás a falar, afinal?" - ele pergunta elevando as mãos à cabeça.

"Eu vi tudo, Ashton! Eu vi o beijo, eu vi a curte, eu vi TUDO!" - grito-lhe na cara e as lágrimas começaram a querer sair, mais uma vez.

"Oh... eu estava sob o efeito do al-"

"Não metas as culpas para o álcool! Tu tens de saber dizer chega e medires as consequências! Já tens idade para saberes admitir os teus atos!" - eu queria tanto bater-lhe, mas não tinha forças suficientes para tal. Esgotaram-se!

"Eu admito! Não tive controlo sobre isso, mas eu juro que me lembrei de ti, por alguma razão, e parei logo. Fui à tua procura mas não te via em lado nenhum. Fui ver se via o Mike e este também estava desaparecido! Eu fiquei super assustado quando me apercebi que te podia ter acontecido algo de mal! Dayse, eu sei que não sou o melhor rapaz à face da terra até a medir os seus atos, mas tens de confiar em mim!" - o seu olhar transmitia-me suplico e sobretudo arrependimento.

"Como queres que eu acredite quando te vi a comer, literalmente, uma puta qualquer?" - era a primeira vez que estara a usar asneiras no meu vocabulário.

"Eu sei, tens toda a razão do mundo para estares assim para comigo. Mas só quero que percebas que assim que os meus pensamentos foram parar a ti, mesmo bêbado, eu hesitei continuar a fazer aquilo e levar a adiante porque a única coisa que quero que me pertença és tu. E não essa puta!" - a sua frase mexeu realmente comigo.

"Ashto-" - o início da minha frase é cortada assim que ele junta os nossos lábios. Ao início fiquei um pouco pé atrás, mas assim que ele começou-os a movimentar, eu não resisti em retribuir. Os nossos lábios encaixavam-se perfeitamente e as nossas línguas lutavam pela liderança. Ashton acabou por conseguir comandar o beijo e o mesmo pegou em mim e começou a andar desajeitadamente para o meu quarto, onde quase caíamos nas escadas. A sua mão estava pousada no meu rabo e ambas das nossas respirações encontravam-se irregulares. Ele abre a porta do mesmo e deita-me sobre a cama. Ashton coloca-se por cima de mim e apoia-se nos seus antebraços. A sua boca percorre toda a minha face e desçe pelo pescoço deixando-me um beijo na linha do maxilar, logo depois ele desçe mais um pouco e suga de leve a pele fina do meu pescoço, o que causou uns certos arrepios não só pela sensação nova, mas tambem pela sua respiração quente contra a minha pele.

Deus, como é que eu ainda não tinha feito isto antes? Só agora é que me apercebi do quão bom é!

A sua mão começa a ir até à bainha da minha camisola mas logo o paro olhando-o nos olhos com um certo receo.

"Que se passa, anjo?" - ele pergunta sorrindo meigamente.

"Ashton... sabes que eu... bem, não sou totalmente expriente neste tipo de coisas..." - suspiro, dizendo-lhe indiretamente que ainda era virgem.

"Aulas!" - ele diz olhando-me com um sorriso travesso.

"Aulas?" - pergunto confusa.

"Sim... aulas de sexo!" - ele susurra ao meu ouvido causando-me arrepios.

-:-:-:-:-:-

EU ADOREI ESCREVER ESTE CAPÍTULO, MEU SANTINHO DA CENOURA! DIGAM LÁ QUE ISTO NÃO ESTÁ A FICAR ADRENÁSTICO? [ adrenalina + fantástico] ESTÁ NÃO ESTÁ? OYHEA!

Agora é que a ação vai começar, muah ah ah! Estou mesmo anciosa por começar!

Espero que tenham gostado deste capítulo! *o*

Love you all
Sophie xx

BabyGirl » | Ashton Irwin |Onde histórias criam vida. Descubra agora