O teu corpo era a poesia onde os meus lábios se encontravam a ser seus leitores. As tuas costas que comparo a cordas de uma guitarra, que as minhas mãos tocam e deixam-se deslizar, tentando obter melodias constantes, do teu corpo no meu. Eras a lua que preenchia a minha noite escura, e eu era o teu mar que preenchia a areia fria das noites de inverno. Nas noites em claro, procuro-te no escuro e encontro-me em constante necessidade de te ter e de te recuperar. De recuperar o que vivemos ou até o que nunca tivemos. As saudades que o meu ouvido tem dos teus sussurros, que sabiam como ondas de mar e que remexiam o meu interior inexplicavelmente. E hoje, encontro-me em ti e espero que te percas em mim. Sou uma noite louca e uma madrugada insana, e quero que sejas a razão da minha bipolaridade e o motivo do meu descontrolo. Quero-te a ti, como só eu sei querer, e quero que me queiras a mim porque és só tu que me podes ter.