Pergaminho

26 4 0
                                    

Já passava das duas horas da madrugada quando eu percebi que pela segunda vez tinha chorado na frente dele. A lágrima caiu com todo o peso e toda a culpa de quatro semanas separados, sim, doeu quando parte de mim voltou para seu devido lugar, ao meu lado, embaixo de mim na verdade, mas essa dor não se compara a que eu senti quando ele estava longe. Apesar da hora, tinha saído escondida de casa pela décima vez. Viver um romance proibido sempre foi meu sonho mas naquela hora só queria estar em casa deitada numa cama ao lado dele e não na calçada de uma igreja qualquer. Nunca me importei de onde e como eu estava a única coisa que eu me importara era ele. Depois de ir a uma calourada e me deparar com ele, um cigarro na mão e meu ex ao lado percebi realmente que o amava, que por nada no mundo conseguiria esquecer ele, e ele só pensava em me tirar dali. Depois de discussões e mais discussões concordei em conversar com ele pessoalmente, no caminho até a calçada da igreja só pensava em não beijar ele mas foi inevitável, depois de chorar de tristeza e ódio oque eu mais pensei nas quatro semanas separados aconteceu, eu o beijei. Depois de várias conversas, os dois confessaram os seus pecados durante o tempo separado, como de costume os dele bem piores que os meus. Nossos corpos estavam novamente juntos tão colados que nada nem ninguém naquele momento poderia separar, o calor da respiração ofegante com apenas um beijo confirmava tudo o que eu pensava, ele era meu e nada havia mudado, desci e beijei o seu pescoço eu sabia o quanto ele gostava, a boca dele estava perto demais dos meus seios para eu me afastar, apenas continuei. Foi como se eu pudesse respirar novamente, havia recuperado meu folego, meu oxigênio havia voltado e toda a raiva que sentia foi alvejada lentamente da minha cabeça, enquanto o beijava pensava que nunca iria achar outra pessoa que me completasse tanto como ele me completava. Foi rápido também para perceber o calor da sua ereção em oposição como frio da lataria do caminhão estacionado na rua, eu estava de costas para ele quando ele sussurrou pedindo...
-Você sabe como eu gosto, bem molhada.
As palavras dele já ditas várias vezes antes seguiram por suas mãos descendo o meu shorts, ainda de costas hesitei. -Não quero perder você denovo.
Me acalmando ele disse -Você não vai me perder nunca mais.
Concordei abaixando mais meu shorts e afastando minha calcinha para que ele me penetrasse, estava selado, voltamos.

AGAINOnde histórias criam vida. Descubra agora