cristina

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Cristina narrando

Em antes de acontecer o acidente eu e o Osvaldo estávamos brigando e o motivo de nossas brigas sempre foi a Lilia.

Minutos antes do acidente

- Você precisa ser mais carinhosa com a Lilia ela precisa de uma mãe que dá atenção pra ela Cristina toda vez que vocês conversa é só para brigarem e é você que briga com ela. A Lilia não é culpada pelo o que aconteceu ela é tão inocente do que você. Disse Osvaldo

- Então você ta querendo me dizer que a culpa é minha?! Olha aqui eu sofri muito com isso e toda vez que eu olho pra Lilia me lembra daquele dia horrível. Eu não consigo gostar dela do jeito que eu amo a Perci e sabe porque eu amo a Perci?! Porque ela sim é fruto de um amor e não de uma violência como a Lilia é. E você sabe muito bem que eu não que iria ter ela só que você insistiu tanto falando essa coisas de aborto é crime que eu ia estar matando uma vida e não sei mais o que. Disse gritando.

- Para Cristina olha o que você esta fazendo com a sua vida. Isso já passou não vai se repetir de novo já acabou bola pra frente. Disse Osvaldo virando pra mim

Nessa hora veio um caminhão na contra mão e bateu na gente não me lembro mais de nada e acordei nesse hospital. Sabia que não ia conseguir viver por muito tempo pois tinha ouvido os médicos conversarem e eles que chance deu sobreviver era muito pouca, então chamei a Maria.

- Oi senhora Cristina me mandou chamar? Perguntou Maria.

- Por favor Maria senhora não eu não passo de uma filha de empregada. Sabe o que eu estava pensando, que eu era de uma familia simples que morava no morro do Alemão no Rio de Janeiro e agora estou aqui umas das mais rica da sociedade. O que eu fiz na minha voda?! Quando entrei nesse universo fechei os meus olhos para as pessoas pobre igual eu e as vezes te maltratei, você sempre foi tao paciente comigo aceitando eu do jeito que sou. Obrigada Maria. Falei com dificuldade e chorando.

- Eu tenho você como uma filha eu e sua mãe fomos grandes amigas. Eu te desculpo meu amor. Respondeu Maria.

- Com meu orgulho era muito grande fiz muita coisa que me arrependo principalmente com a Lilia. Ela nao teve culpa de nada o que aconteceu eu... Eu...pré...ciso falar com ela antes que eu...

- Xiiiu não fala isso você vão ficar bem. Vou mandar chamar a Lilia. Disse Maria

- Espera quero a Perci primeiro. Respondi

Tenho que me desculpar dela também me afastei dela com aquele garoto.

- mamãe como a senhora está? Perguntou Perci me.abraçando

- Estou indo. Mas preciso ta falar que eu amo muito você minha filha. E antes quero te perdir perdão por tudo. Depois do seu aniversário fui procurar aquele garoto seu namoradinho e mandei ele se afastar de você mas o garoto é cabeça dura me enfrentou então fui embora naquela tarde. Passou um tempinho voltei a procurar e disse que você odiava ele, que você tinha falado que ele era burro, inguinorante, pobre, ladrão e um traficante e que nunca mais queria ver ele. Me perdoa?

- Só que por causa do seu orgulho eu perdir a pessoa que eu amo e o pai do meu filho que estou esperando. Contou Perci.

- Me perdoa filha. Falei passando minha mão no rosto dela.

- Tudo bem. Eu te perdou. Mas eu quero que a senhora pessoa desculpa pro Richard.

- Tudo bem será que você pode chamar a Lilia pra mim? Perguntei.

- Sim já vou chamar.

Passou um tempinho a Lilia entra no quarto.

- O que cê quer comigo. Disse Lilia com os olhos vermelhos de chorar.

- Sabia que quando tinha sua idade eu era igual você?! Eu era rebelde e não levava desaforo para casa. Mas um dia me lembro muito bem eu morava com minhas irmãs e minha mãe, eu acho que nunca contei minha infância, mas eu morava morro do Alemão no Rio de Janeiro e minha mãe trabalhava na casa da família do Osvaldo e ela trabalhava de segunda à sábado e as vezes nem dormia em casa chegava no sábado a noite e eu tive que cuidar das minhas irmãs. Então foi um desse dias que cheguei da escola fui arrumar comida para minhas irmãs pra levar elas pra escolinha porque de manha elas ficava com uma vizinha. Levei elas pra escolinha e fui para casa e no caminho senti alguém me seguindo mas nem liguei, cheguei em casa e passou um tempinho começaram os tiroteios traficantes contra a policia isso era comum mas fiquei com medo e entrei no meu quarto.... Lilia dentro do meu closet tem uma caixa rosa cheia de florzinha branca lá dentro tem as coisa da minha infância e também meu diário ele é de capa dura de couro na cor marrom com uma rosa dourada e a letra C do meu nome, eu preciso que você pega e leia o que tem la. Me perdoa por todos vez que te maltratei minha filha quando ler você vai entender o porque todos esses anos eu te maltratei. E toda vez que eu falava que te odiava era mentira eu sentia era raiva por você ter nascido. Vou falar uma coisa que talvez ninguém esperava de mim mas Lilia eu te amo e me arrependo todo o dias de ter feito tanto mal à quem só queria meu amor e atenção. Contei chorando com dificuldade pra chorar.

- Tudo bem. Mas não será assim tão fácil de uma hora pra outra te amar porque isso se constrói é com tempo. E você perdeu muito tempo da minha vida enquanto você pensava no seu trabalho ou ocupada com as coisas da Perci. Cê acha que é fácil ver você fazendo tudo pra Perci e eu era como que não existisse pra tu, eu passei anos da minha vida chorando por isso, sabe o que é ficar doente e não ter quem te cuidar. Eu fui criada por empregados e a Maria foi mais minha mãe que você. Disse Lilia chorando.

- Só agora eu vi o que estava fazendo com você. Por favor tinha filha. Falei implorando.

- Tenho que ir. Disse Lilia saindo.

- Não esquece o que te disse esta em uma caixa e preciso que você saiba a verdade. Falei.

A Lilia tinha puxado comigo orgulhosa mas eu sinto que ela vai mudar de ideia.

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