Capitulo Seis

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Boa leitura ^^

No domingo, Harry ainda não havia lhe telefonado, foi o que Louis voltou a pensar enquanto olhava pela janela do trem. Há meses não percorria aquele caminho de volta para Londres, assim como há meses não via os pais, afinal eles não iriam até Cambridge só para ver a vida medíocre que o filho vinha levando, e era com pesar que Louis se dava cada vez mais conta disso.

Quando havia decidido se mudar, seus pais disseram que não iriam visitá-lo, a principio pensou ser apenas birra por não  quererem que ele fosse embora, e mesmo tendo explicado a eles que viver em Londres era muito caro para os planos que ele tinha, eles continuaram não querendo se deslocar até Cambridge. Nos primeiros meses não havia sido problema, pelo menos uma vez por mês em seu dia de folga Louis se dirigia até sua cidade natal para visitar os pais, até o dia em que decidiu deixar que eles fossem visitá-lo.

Mas esse dia nunca chegou.

Por isso ali estava ele, indo visitá-los mais uma vez. Sentia raiva por isso, por não acreditarem nele, de fato seu pai chegava a rir quando dizia que iria entrar em Cambridge. "Com que dinheiro?" Era o que ele sempre perguntava.

E sendo bom filho que era, Louis  nunca teve coragem de jogar na cara dos pais a culpa por não poder ir para Cambridge, ou para qualquer outra faculdade, como todos os seus amigos. Não sabia ao certo o que o levara a ir até a casa dos pais novamente, mas agora era tarde demais para voltar. O trem já anunciava a próxima parada na plataforma em Londres, e pronto, estava de volta em casa.

Não, pensou Louis maneando a cabeça. De verdade duvidava que poderia voltar a chamar Londres de casa, ao menos não a pequena casa no subúrbio em que seus pais viviam.

Não havia ninguém esperando por ele quando desceu na plataforma, e isso não o espantou, não podia exigir muito do pai relapso que tinha. Sua mãe poderia até ter querido ir, mas sempre dependente do marido, se ele não ia, ela também ficava.

Aquele era um dos principais motivos para relutar tanto na questão casamento, não só com Harry, mas com qualquer homem possível. Havia crescido vendo sua mãe fazer tudo pelo marido, e não recebendo nada em troca. Não que estivesse falando mal de seu pai, não, ele o adorava e lhe devia a vida, mas várias vezes chegou a ponderar se a situação não seria mais fácil se fosse apenas Louis e a mãe, mas logo a resposta lhe chegava: não seria mais fácil, pois sua mãe sempre dependera de seu pai, de modo que não fazia compras sozinha, nem sequer sabia dirigir, tudo ela consultava o marido antes de fazer, portanto se estivessem sozinhos, a situação estaria perdida.

Pegou um táxi que rapidamente o deixou no lugar que chamava de casa, não havia crescido ali, mas ainda assim tivera bons momentos. Sentia falta da propriedade que possuíam mais ao norte da cidade, uma casa muito grande e bonita, mas não era de ficar sentindo nostalgia nem o faria naquele momento.

Havia ido até ali para ver os pais, e para tomar sua decisão final. Não sabia como eles poderiam influenciá-lo, mas havia sonhado com eles durante a noite, e num impulso resolvera dar um pulo em Londres e ver como as coisas estavam.

Parou na frente da casa amarela clara com portas brancas e sorriu, dava para sentir o cheiro do almoço sendo feito mesmo fora da residência e isso o fez sentir saudades da comida caseira de sua mãe. Sorrindo foi até a porta, tocando a campainha, e sorriu mais ainda ao ser esmagado pelo abraço gostoso que sua mãe lhe dava.

Sempre que chegava a casa de seus pais essa sensação de saudade e de estar no lugar certo faziam ter vontade de ficar, mas saber que o sentimento não perduraria era o que o fazia ir embora.

Alugando Louis Tomlinson I ( L.S Adaptação --) Onde histórias criam vida. Descubra agora