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06 :; e ao corrermos pela floresta seremos livres de nós mesmos



Luke


  Persigo-a pela floresta adentro, sorrindo que nem um tolo enquanto acompanho o seu rápido passo de corrida. Os seus soltos cabelos loiros esvoaçam, acompanhando o bailado do vento que envolvia os nossos corpos, meros instrumentos fracos para o mundo. Os ramos baloiçam irregularmente; as altas árvores atribuíam um ambiente diferente do que eu me habituara há tanto tempo.

  Tudo se tornava relaxante, silencioso, pacífico. Era aqui que finalmente conseguia descansar a minha mente. E era aqui que desejava congelar o tempo e apreciar estes momentos para todo o sempre.

  O bonito riso de Martha ecoou, levando-me a rir também enquanto a jovem continuava a fugir de mim. Aumentei a minha velocidade, agarrando no seu pulso repentinamente rodando o seu corpo na minha direção, encarando o seu pálido e invulgar rosto. Os seus olhos de límpidas tonalidades azuis encaram os meus e volto a sentir a necessidade de aproximar o meu rosto do seu. Rodeio os meus braços na sua cintura, puxando o seu corpo contra o meu.


  "Apanhei-te"- sussurro contra o seu ouvido. A loira abraça-me e pousa os seus braços à volta do meu pescoço, escondendo inconscientemente o seu rosto no mesmo enquanto a sua fria respiração embate na minha pele exposta.


  Elevo o seu corpo inesperadamente, encaminhando ambos até ao familiar lago. Assim que os meus pés descalços entram em contacto com a fria água seguro firmemente Martha, avançando calmamente. A esbelta rapariga deixa o seu rosto escondido no meu pescoço, murmurando profecias, certamente com a intenção de me amaldiçoar devido aos meus atos imprevisíveis.


  "Lucas, ou tu me largas cuidadosamente ou a tua vida termina ainda hoje!"- a adolescente ameaça, tentando remover as minhas intenções da minha mente.


  "Lamento Mart, mas não irei alterar os meus planos"- declarei, mergulhando ambos os nossos corpos na água de baixas temperaturas. Assim que emergimos, a adolescente proferiu tremulamente um 'odeio-te', porém não conseguindo conter a sua expressão séria, soltou novamente gargalhadas.


*


  Caminho silenciosamente a seu lado, as nossas roupas totalmente encharcadas e os nossos dedos entrelaçados num puro ato de carinho. Não me sentia tão próximo de alguém há demasiado tempo. Era bom recordar o quão reconfortante nos podemos sentir ao estar simplesmente na companhia de alguém que nos proporciona uma imensa felicidade, o que é claramente estranho pois a escuridão que me rodeia assombra-me sempre. Nunca desaparece.

  Perto das nossas moradias, ainda na floresta, sentamo-nos nos baixos e irregulares rochedos, admirando a paisagem perante nós. O sol desaparece, atribuindo à lua o seu lugar, dando permissão à noite para dominar o restante dia. O vento cessara por completo, e tudo se encontra mergulhado no profundo silêncio. A chuva caía levemente sobre nós, não cessando desde a noite anterior. O fascinante céu matizado tornava-se cada vez mais escuro enquanto os segundos passavam. Um, dois, três. O tempo passava demasiado rápido. Um, dois, três. Os meses voavam, no entanto, nunca nos apercebíamos da verdadeira rapidez com que estes decorriam. Portanto, porque não apreciar o que temos agora, neste preciso momento, ao nosso alcance, em vez de depois nos apercebermos que será tarde demais?

  Encarei o rosto da esbelta humana, atentado a cada pequeno pormenor que conhecia tão bem. Os seus tentadores lábios encontravam-se ligeiramente entreabertos, o bonito rosa natural dos mesmos estando menos notório devido à noite.

  Aproximei calmamente o meu rosto do seu, receando que a mesma me rejeitasse. Afastando por momentos as minhas inseguranças dos meus pensamentos, inclinei o meu corpo. A loira olhava-me curiosamente, mas manteve a mesma posição. Os nossos narizes tocaram um no outro e os meus lábios rapidamente entraram em contacto com os seus, enquanto as minhas mãos pegavam cuidadosamente no seu rosto e os nossos lábios se moviam docemente, revelando-me uma nova sensação. Uma sensação extraordinária.

  Ao afastarmo-nos para recuperar a respiração, movi os meus lábios até à nua pele exposta no seu pescoço, depositando um leve beijo no mesmo. A jovem descansou a sua cabeça no meu peito e rodeei automaticamente os meus braços na sua cintura, enquanto observávamos a floresta e o lago de águas paradas em silêncio.


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adivinhem quem voltou!! peço imensa desculpa pelo tempo que estive afastada daqui, mas já sabem como é, school is a bitch. novamente, peço imensa imensa imensaaaa desculpa pela demora, mas espero ter compensado com este capítulo, idk (?)

está muito pequeno and it actually sucks, mas espero que tenham gostado - sURPRESA SURPRESA, OCORREU UMA REVIRAVOLTA -

novamente, espero que esteja do vosso agrado. por favor votem e comentem, é mesmo muito importante para mim!

i love you all, muito obrigada pelo apoio nesta fic.

pale-hemmings x





The Lake House // lrhOnde histórias criam vida. Descubra agora