Pity Party

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Era meu aniversário.

Eu voltei à minha casa porque sempre fazia minhas festas lá. Minha mãe não estava, meu pai ou minhas irmãs também não, mas era melhor assim.

A casa tinha umas faixas amarelas em volta dizendo para não entrar, mas eu não entendi porque eu não entraria na minha própria casa.

Eu convidei Harry e pedi que ele convidasse uns amigos dele, a minha festa seria tão legal, cheia de balões e um bolo.

Mas os amigos de Harry não vieram, nem ele. Eu não sei se meus convite sumiram mesmo depois de eu me dedicar tanto a eles, mas me deixaram sozinho com minhas lágrimas que voltaram, já que eu podia chorar, porque a festa era minha.

Mas então eu ri porque eu não me importava se me chamassem de bebê chorão.

Ou me importava? Eu não sabia, eu queria morrer. Eu parecia estar morrendo.

Não acreditava que Harry tinha me abandonado ali, naquela festa de um bebê bobo e chorão.

Eu botei fogo na minha festa. Eu queria queimar tudo aquilo e esquecer de tudo aquilo. Talvez o fogo me apagasse do mundo também.

Talvez ninguém me achasse e eu acabasse sumindo como o resto da minha família.

Cry Baby (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora