Capítulo - 2

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O primeiro dia na nova escola foi meio perturbador. Em cada aula que Kaitlin entrava, parecia que todos a encaravam intrigados. Apenas na última aula, ela encontrou rostos conhecidos, mesmo não sendo todos de motivo de alegria. No fundo da sala estavam sentados os gêmeos, Zack e Luke, sentados com uma cadeira vazia entre eles, a qual tinha uma Heather desgostosa atrás e um Adam lendo seu livro atentamente a frente.
Andando um pouco e analisando a sala, os gêmeos a viram e olhando um para o outro, riram. Revirando os olhos, Kaitlin andou até a cadeira vazia entre os gêmeos já que era a única.
A sala estava totalmente desorganizada, haviam alunos sentados na mesa do professor, outros como Adam, estavam sentados, ou como Heather, com um celular em uma mão e um gloss labial na outra.
- Finalmente uma aula com você. - Adam riu. - Como vai o primeiro dia nesse paraíso? - Ele perguntou elevando a voz por conta da falação.
- Respondo qual chegar a uma conclusão. - Ela respondeu. Sentando.
Logo em seguida, a mulher que deveria ser a professora, entrou na sala. Ela tinha uma pele mais pálida, com o cabelo bem escuros, lisos na altura do ombro e um sorriso largo. Usava um vestido florido, com o vermelho sobressaltado as outras cores, em contraste com sua tonalidade de pele, a quantidade de cores no entanto dava a idéia de que "um arco - íris havia vomitado nele", como Kaitlin pensou.
- Ela é a professora de Filosófica. Adora vestidos floridos e coisas chamativas assim. - Adam sussurrou, virando um pouco para trás.
- Parece mais que um arco - íris vomitou nela, não é mesmo? - Luke, ou o gêmeo que Kaitlin acreditava ser Luke, disse, se inclinando em sua direção.
A estranhesa ganhou força quando ele comentou a mesma coisa que ela havia pensado am segundos atrás.
Adam concordou com a cabeça e continuou: - Ela chama Merida, é engraçada na maior parte do tempo menos quando chega dizendo...
- Na vida... - A professora começou e Adam ficou com a expressão de descontentamento, revirando os olhos e voltando sua atenção para a frente da sala, onde a professora gesticulava, mostrando empolgação naquilo que falava. Fazendo perguntas sem muitas respostas.
A aula se seguiu com pensamentos, perguntas e opiniões meio sem conexões prévias. No entanto um garoto magro, de cabelos lisos e castanhos, com olhos escuros, repateu de forma peculiar e entusiasmada.
- Discórdia pode vir de qualquer lugar, coisa ou até mesmo pessoa. Pode vir de uma coisa mal resolvida que leva a loucura ou acúmulo de más sensações, uma esquisofremia ou até um caráter péssimo. Todos que causam discórdia são os vilões, em histórias desde os tempos acúmulo brigou. Mas o problema é que até um certo ponto, eles são os mais espertos a adiantar e driblar os passos dos heróis, mesmo com seus problemas. - Ele falava com uma calma, quase que achando a discussão divertida.
- Noah, você está querendo expressar que os assassinos, terroristas e pscicopatas em geral são mais inteligentes? - Questionou a professora intrigada.
- Não, apenas mais motivados. Já que além de termos a ignorância, assim dizendo de generaliza-los como pscicopatas, temos a parte malévola, já que o mal é mais tentador e para se pegar o inimigo deve se pensar como ele, mas ninguém quer ter a mente de um "pscicopata" maligno. Por isso muitos não tentam, mas há o equilíbrio. Daí a frase "Os heróis sempre vencem".
- Por que as aspas em pscicopata?
- Porque as pessoas generalizam o significado real de pscicopata. Existem aqueles que criam seus universos, ou tem um distúrbio no cérebro, ou um passado que os afeta no psicológico de uma forma perturbadora.
- Adorei seu ponto, Noah. Será os próximo trabalho. - Merida começou a explicar os pontos e principais dados que deveria conter no trabalho com seu foco voltado para a realidade e definição para os pscicopatas.
Mesmo com toda a falação, Kaitlin começou a sentir os ouvidos tapados, com a frase " Os heróis sempre vencem" se repetindo em sua mente, como se duas pessoas sussurrassem dentro de seu subconsciente.
"Qual será sua cor aos dezesseis?"
"Quer saber a nossa?"
"Somos vermelho"
"Os heróis sempre vencem"
"Seja uma"
"Descubra"
"Descubra rápido"...
As frases ss repetiam, em ordem em sua mente, ficando mais e mais altas, causando uma pulsação, constante e ensurdecedora. Já estava atordoada. Kaitlin olhou para os lados como instinto. Os gêmeos a encaravam fixamente, com olhares sem expressão, enquanto seguravam as pedras de seus cordões firmemente. Assim que ela olhou, as vozes ficaram mais altas, causando dores mais agudas. Ela segurava a cabeça com as duas mãos apoidas a carteira, até que a dor venceu. Com a esperança de que as vozes se calassem ela gritou, ordenando que parassem. Levantando da cadeira rapidamente, chamando atenção, pelo grito no meio do nada e pela carteira se arrasaram do enquanto saia as pressas da sala.
Saindo da sala ela foi para o banheiro, onde o choro e o desespero pareceram fazer as vozes se calarem.
- Só tem maluco nessa aula. Uma sai gritando como louca, o outro sabe tudo dos pscicopatas e os gêmeos gatos que deveriam estar me olhando, ficam encarando a garota nova estranha. - Heather vociferou, rápido. Todos a encaravam, perplexos. Os gêmeos riam baixo e então ela se tocou de tudo que disse. De repente a garota poderosa, murchou na carteira, com a licha de unha em uma mão e a outra tapando o rosto, nada discreta.
A aula se seguiu por mais 20 minutos e Kaitlin não voltou. Adam não conseguia tira-la da cabeça, ainda mais depois do ocorrido estranho a pouco. A imagem de Kaitlin passava em sua cabeça, desde que chegou. A garota nova, loiro mais para o mel, olhos azuis brilhantes e hipnotizantes, boca rosada e pele clara. Ele ainda tinha a sensação na ponta dos dedos de quando se tocaram, como se ela estivesse ativando um imã para si própria dentro dele.
Perdido em devaneios, demorou para perceber que o sinal havia tocado. Todos saiam da sala, incluindo a professora. Os únicos remanescentes eram Adam, que recolhia o material de Kaitlin, logo após o próprio, e os gêmeos que o olhavam atentos.
- Parabéns, Adam! - Cumprimentaram os dois, levantando e indo até ele.
- Pelo o que?
- Os dezesseis anos. - Luke, respondeu.
- Depois conta pra gente que cor ficou. - Zack completou, piscando e dando um tapa de leve nas costas dele. Já saindo da sala.
"Que cor?" Adam se questionou.

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⏰ Última atualização: Dec 28, 2015 ⏰

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