Prólogo

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O dia não estava tão quente como o habitual o que permitiu, aos habitantes exaustos do calor, relaxarem por momentos. Uma leve brisa, embora pouco fresca, corria pelo ar espalhando sorrisos pelos transeuntes. A natureza era incrível e a música não ficava atrás! Jamie e Taylor raciocinavam isso, todavia não sabiam, nem imaginavam, que poderiam vir a partilhar os seus pensamentos.

Taylor percorria a rua movimentada em busca de um café onde pudesse comer algo antes de ir para as aulas. Estava atrasada e o seu passo era acelerado fazendo o seu cabelo loiro mover-se para trás. Na primeira aula, com um dos professores mais exigentes da universidade, teria de apresentar um trabalho e, devido a tal coisa, as folhas que funcionavam como um guião estavam na sua mão.

Jamie, com a mochila preta da sua guitarra pendurada no ombro, apressou os seus movimentos ao verificar as horas. Iria chegar atrasado ao ensaio no estúdio alugado tudo isso graças aos minutos dispensados a satisfazer-se.

O músico mexeu no seu telemóvel em busca da localização exata do estúdio e a universitária leu algumas das frases que lhe valeriam uma ótima nota. Chocaram. Levantaram as cabeças, o mau-humor piorou, observaram-se.

- Ai! - Taylor deu um pequeno guincho com o embate.

- Foda-se! - O loiro comentou ao segurar o peso da guitarra que deslizava pelo braço.

- Já pedias desculpas - Falou com arrogância. O stress das avaliações deixavam-na alterada, tornando-a menos sociável e mais irritadiça.

- Tu é que vieste contra mim - Jamie respondeu pouco importado se suava rude com a rapariga.

Ela suspirou enquanto ele puxou o seu cabelo para trás.

Seguiram caminho, cada um o seu, direções opostas após desviarem os corpos bronzeados.

'Miúdas com a mania que os homens têm de ser cavalheiros só porque elas são umas florezinhas' resumia os pensamentos de Jamie. Já 'Estúpido músico que só por saber tocar guitarra já pensa ser alguém' representava as ideias de Taylor.

Jamie virou-se, apesar de ela não ter sido agradável e ter sido em grande parte a culpada, não gostava de magoar o sexo feminino que lhe fornecia tão boas sensações. Então acabou por procurar sinais de dor na loira. Ela também rodou o seu corpo. O rapaz podia nem ser músico e estar de mau humor por ter uma apresentação qualquer, tal como ela, por isso solidariedade não lhe ficava mal.

Voltaram a encarar-se, desta vez de cima a baixo. Ele revirou os olhos e ela limitou-se a retornar o seu caminho.

A pequena troca de palavras parecia sem significado, apenas duas pessoas pouco sensíveis que se esbarraram, mas, pelo contrário, os momentos vividos pelos estranhos perturbaram as suas mentes durante todo o dia. Talvez por terem piorado o longo dia. Talvez por serem bonitos demais para se ignorarem. Ou talvez por terem os mesmos gostos e nem saberem.


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Espero que gostem desta pequena introdução. Deixem a vossa opinião!

Maria


artistasOnde histórias criam vida. Descubra agora