[N/I]: Eu só queria dizer que estou bem feliz por repostar a historia novamente, e que voces gostem tanto dessa quanto da primeira versão :)
Ellie
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HARRY POV
"Querido diário hoje meu dia foi um tanto cansativo, minhas pernas e braços ardem como se leões tivessem me devorando sem dó, mais uma vez estou falando com você nesta cama de hospital, onde a única coisa que me resta é você, não estou lhe destratando, jamais faria isso. Mas estou cansado, esse é o fato, estou cansado de todos não ligarem pra mim. Hoje vi minha mãe chorando nos braços de um dos médicos, tenho medo que minha doença esteja piorando a cada dia. Eu estou cansado, há doze anos que eu estou assim, doze, não são dias e nem meses, são anos. As vezes eu penso em desistir de tudo e me entregar para morte, mas as vezes acho que a vida guarda coisas esplêndidas pra mim. Diário eu não dou conta de tudo sozinho, tenho medo de contar para minha mãe e o que eu sinto e ela entrar em depressão de novo. As vezes eu penso que eu só sou uma alma perdendo o corpo, e só restando as emoções da vida, eu não sou comum, eu queria ser. Diário eu venho pensando porque Deus me criou assim, porque ele me fez? Se nós humanos viemos a terra para cumprir missões, mas essas missões não incluem ter uma doença terminal e viver pouco tempo. Eu cansei de não fazer nada, eu só queria me livrar disso tudo. Como eu queria. Diário amigo, me disperso de você dizendo um até logo e não adeus."
Eu acabara de fechar meu diário e sentia uma lágrima solitária escorrer pela minha face, eu era um ninguém que vivia no hospital. Minha mãe vive por mim e isso é chato. Eu odeio a ver chorar, ela esta me dando forças e eu aqui.
Tentei me levantar da cama, mas estava detonado, essas quimioterapias são pra acabar com o ser humano, ah odeio me virar sozinho. Avistei minha mãe do lado de fora do quarto segurando um álbum, provavelmente era meu, creio que ela estava mostrando o quanto meus cabelos na época de criança eram lindos, ah que saudade dos meus cabelos. Já faz onze anos sem eles, engraçado, eu não me lembro da cor, o tamanho ou a textura, pois já me acostumei com essa cabeça limpinha e sem cabelo.
Não é comum um portador de leucemia andar pelo hospital com os cabelos ao vento. E nesse hospital eu já era veterano e dos antigos. Mas eu me imagino fora dele algum dia, em uma casa de praia, segurando meus filhos e com os cabelos ao vento...
- Harry... Harry... HARRY - um tapa atingiu minha careca. Caramba, fui pego em meus pensamentos de novo. - Harry estava sonhando de novo?
- É, acho que sim mãe, a senhora está bem? - disse abraçando-a - eu te amo tanto.
- Claro meu anjo. - Devolveu-me com um beijo. - Querido eu estava sentada com o doutor e ele me deu notícias.
- SIM MÃE QUAIS SÃO? - questionei dando pequenos pulos na cama. Mesmo com minhas pernas doendo eu estava alegre.
- Amanhã você poderá ir pra casa e vai poder ver sua irmã e...
- SÉRIO MÃE? - a cortei empolgado com a notícia. Finalmente depois de duas semanas. - ENFERMEIRAS VOCÊS VÃO AGRADECER, MAS NÃO VÃO SE LIVRAR DE MIM TÃO CEDO.
- Hazz eu estou tão orgulhosa de você - minha mãe me olhara com olhos tomados por lágrimas intencionalmente me fazendo chorar também - você não sabe, mas é tão importante pra eu ver você se recuperando. E logo eu prometo que acharemos um doador compatível com você.
- Mãe - indaguei - Eu não vou achar um doador compatível comigo. Você sabe disso, ninguém é compatível com meu corpo. Eu já lhe falei eu não vim a esse mundo pra sofrer e morrer.
Logo o silêncio tomava conta do pequeno cômodo em que era chamado de meu segundo lar, e as lágrimas silenciosas da minha mãe começavam a ficar aceleradas e barulhentas. Eu não sabia o que fazer. Era pior que qualquer quimioterapia. Eu tinha um exemplo de vida na minha frente e ele estava se debulhando em lágrimas, antes que eu dissesse "abra cadabra" eu estava chorando junto, mas era um choro diferente. Então olhei para parede onde tinha um coração de fotos feito pela minha irmã Gemma e lá estava, a foto em que eu buscava forças para continuar o tratamento, era a foto do meu nascimento, era minha mãe segurando um bebe de 2.500 kg e 38 cm tão pequenino e tão precioso, essa pequena criatura era eu. E foi onde eu olhei para aquela foto e disse "seja forte" olhei para minha mãe e fixei meu olhar nas pequenas esmeraldas do globo ocular dela e disse:
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Be Brave
Fanfiction" Eu vi a minha alma me deixar no momento em que você partiu" - Louis Tomlinson