Capitulo II

91 10 0
                                    

SURPRESA!

Shelly encontra sua casa toda bagunça, com almofadas rasgadas, alguns cacos de vidro do vaso da mesinha espalhados pelo chão, os papeis rasgados, tudo uma tremenda bagunça. Ela se assusta, pois se lembra muito bem que ao deixar o apartamento, ele estava em ordem.

Respira fundo e tenta pensar o que poderia ter acontecido, e se depara com uma caixa vermelha aberta no meio da sala. Se abaixa e pega um cartão natalino preso na caixa, que dizia:

Demorou muito eu sei, mas chegou!
Não me culpe, foram meus ajudantes que perderam sua cartinha embaixo do tapete

Ops: Para compensar, mandei em dobro.

Shelly lê e relê sem entender nada, quando um latido chama sua atenção. Ela olha para trás e vê dois lindos e pequenos cachorrinhos a encarrando. Toma um susto daqueles e sai correndo em direção a cozinha, onde sobe em cima do balcão. Os cachorrinhos a seguem e começam a latir e pular, numa frustada tentativa de subir no balcão. Shelly se dá conta de que não tem por que ter medo de dois filhotinhos e desce do balcão.

Os cachorrinhos se aproximam e começam a lamber seu pé. Shelly sorri, e as palavras de sua mãe veem na cabeça "Não Shelly! Não quero um cachorro fedido para bagunçar a casa."

O sorriso some e ela retorna a sala, onde se senta no sofá e resolve pensar no que fará com os filhotes. Os cachorrinhos pulam no sofá e se acomodam em seu colo. Ela os retira e os leva até seu quarto, onde os traca, voltando para sala e tenta arrumar a bagunça. Janta e dorme no sofá, deixando para pensar no assunto do que fará com os cachorros na manhã seguinte.

Acorda com o celular despertando, se levanta e age programadamente como sempre, ate um latido a despertar. Vai ao quarto e abrindo a porta se arrepende de ter posto os filhotes lá, pois assim como a sala, eles destruíram tudo que alcançavam. Suspirando frustada, ela pega os filhotes os pondo de volta na caixa em que chegaram. Voltando a se arrumar, sendo novamente atrapalhada por um latido. Shelly segue em direção aos latidos, onde acaba encontrando um filho mordendo seu sofá, enquanto o outro na cozinha arranhava com as patas seu armário de comida enlatada. 

Recolhendo os dois novamente, os põe de volta na caixa. Pega um pouco de feijão enlatado e despeja em um prato, levando para a caixa e dando aos filhotes, que se empurram ansiosos, devorando a comida com pressa. Shelly volta a se arrumar, dessa vez sem interrupções. Sai do apartamento e o tranca. Já quase entrando no elevador, retorna se lembrando que havia esquecido dos cachorros.

Pega a caixa, onde os filhotes já dormiam e entra no carro. O objetivo de Shelly era levar os filhotes a um centro de adoção, então confere as horas no celular e quase tem um ataque do coração. Pela primeira vez em anos Shelly chegaria atrasada no serviço. Pisa com tudo no acelerador, fazendo com que os filhotes acordem assustados. Um olha, olha e volta a dormir, porém o outro começa a tentar sair da caixa de um modo um tanto desesperado e desengonçado. 

Shelly agora tenta dirigir com uma mão e empurrar o filhote de volta a caixa com a outra.
Com o tempo ele desiste de tentar sair e vai perturbar o irmão que dormia. Shelly continua a dirigir rápido, quando sente um cheiro podre. Olha pro lado e saca que os filhotes estavam peidando. Depois de longos segundos, estaciona o carro na garagem da empresa e pega a caixa com ia filhotes. Tirando uma lição disto: Nunca mais dar feijão aos cachorros.

Como havia se atrasado, deu preferencia em estar no trabalho e depois dar um jeito nos cachorros. Shelly deixa a caixa embaixo de sua mesa, liga o computador e começa a trabalhar.
Alguns segundos depois se toca que os filhotes estava quietos demais. Olha embaixo da mesa e encontra uma caixa vazia. Se levanta e sai andando olhando pra todos os lados tentando achar os filhotes. Encontra-os no colo do jovem Philipe, que brincava com eles.

- São seus? - Ele pergunta sorridente. 

Shelly nega e diz que ele pode ficar com eles se quiser. Philipe sorri e aceita ficar com os filhotes, que depois um determinado tempo os encarrando, resolve por o nome de  Farofa e Omelete.

Um presente de Natal para ShellyOnde histórias criam vida. Descubra agora