Novamente dezembro dá as caras e traz consigo o natal...
Novamente, como todas as costumeiras manhãs de final de semana, shelly acorda cedo e se arruma para uma corridinha no parque central. Dá sempre umas 6 voltas e retorna ao seu apartamento, onde fica o resto do dia comendo besteiras e vendo seriados. Aos domingos, organiza o material de trabalho e arruma a casa.
Segunda-feira chega, e shelly sempre pontual, está pronta para mais um dia rotineiro e entediante,enfurnada em um escritório de contabilidade, coisa que por sinal, shelly detesta, mais faz para agradar os pais. Não pense que ela foi uma daquelas criança que cresceu triste e revoltada, sem que os pais lhe desse amor ou atenção.
Muito pelo contraio, Shelly sempre teve tudo o que queria e mesmo assim não cresceu sendo aquele tipo de criança mimada que todos conhecemos. Mas, pensando bem, faltou algo que marcou a infância de Shelly para sempre. Todos os anos, Shelly escrevia uma cartinha para o papai noel e pedia de presente de natal um cachorrinho. Entretanto, como todos os anos, não ganhava.
Cresceu um pouco mais e teve a triste realidade de descobrir que eram seus pais que lhe davam os presentes que pedia ao Papai Noel, então começou a pedir a sua mãe, que sempre lhe respondia:
- Não Shelly! Não quero um pulguento fedido para bagunçar a casa.
Os anos passaram, e Shelly desistiu de pedir o seu cachorrinho, até crescer o suficiente para nem mais se lembrar que um dia queria um. Shelly perdeu o desejo de comemorar o natal, que para ela desde de pequena já era sem graça, pois seus pais sempre faziam a ceia de natal com alguns sócios, o que significa nada de crianças, apenas adultos de ternos tomando taças de vinho e conversando coisas que para uma criança não faz sentido.
Restava a Shelly ficar sentada em uma cadeira em um canto, igual ao uma boneca de porcelana, com um vestido vermelho e fita na cabeça, balançando os pés e observando tudo calada, ansiosa para a hora de comer.
Então, cansou-se do natal.
Shelly chegou no escritório e o vê enfeitado como todo o resto da cidade. Em sua própria mesa à cartões desejando um feliz natal que seus amigos mandaram, porém ela os recolhe e os joga na lata de lixo mais próxima, e senta-se em sua cadeira, ligando o computador para começar seu expediente.
Algumas horas depois vem seu intervalo. Geralmente Shelly sai para almoçar junto de algumas colegas de trabalho, mas grande parte já esta de ferias para o natal. Apenas Shelly e alguns demais optaram por tirar suas ferias depois das datas festivas de final de ano. Porém, creio que os motivo de Shelly sejam diferentes dos seus demais colegas.
Kifira, uma mulher quase já se tornando senhora, adiou as ferias de natal, pois ainda não juntou dinheiro o suficiente para viajar e rever os filhos. James, porque queria uma desculpa para não poder ir passar o final de semana na casa da sogra e o jovem Philipe, por não ter família no pais.
Retornando a personagem principal, Shelly volta de seu almoço e retorna o trabalho. Já quase as seis da noite, ela sai, exausta e entediada. Entra em seu carro e dirige para casa. Estaciona o carro, desce, entra no prédio, pega o elevador, decimo segundo andar, sai, pega as chaves na bolça, abre a porta e SURPRESA!
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Um presente de Natal para Shelly
Storie breviPara muitos uma época magica, cheia de alegria, paz e amor. Reunir-se com a familia envolta de uma mesa farta e trocar presentes. Mas para algumas pessoas como Shelly, não passa de mais uma data comemorativa comum e sem sentido, que todo o natal pas...