Capitulo IV

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Shelly acorda tarde e se arruma as pressas.

Tenta esconder as olheiras com maquiagem, pois ficou metade da noite acordada, pensando nos filhotinhos e por fim decidiu os pegar de volta. Ela sai do apartamento e pega seu carro, indo para a empresa. No trajeto pensa também na felicidade que Philipe ficou ao recebe-los. Ela sabia muito bem que ele não tinha família no pais e passaria o natal sozinho...Quem sabe os cachorrinhos não o alegrassem?

Mas ela também precisava deles! Pois pela primeira vez em anos conseguiu sorrir espontaneamente e modificar a rotina entediante que adotou.

Chegando na empresa, a primeira coisa que faz é procurar Philipe. O acha empacotando as coisas da mesa dele e pergunta o que ele fara. Ele responde que irá viajar para fora do pais e passar o natal com a família. Ela pergunta dos filhotes e ele diz que iriam junto dele. Shelly vai para sua mesa triste e se senta desanimada. Logo kifira surge e pedindo novamente seu celular emprestado, pois o seu estava sem bateria. 

Shelly a olha e percebe que Kifira fala horas e horas com os filhos pelo telefone, tanto que ele chega a descarregar. Notando o quanto é importante para Kifira estar ao lado dos filhos, Shelly empresta seu celular e enquanto Kifira faz a ligação, Shelly tira da bolça um pequeno talão de cheque e escreve nele a exata contia que Kifira precisava para poder realizar a sua viagem.

Kifira agradece e lhe devolve o celular, mas antes que ela parta, Shelly lhe entrega o cheque, que Kifira fica grata, mas se recusa a aceitar. Shelly, então apela dizendo que esse era seu presente de natal para ela e Kifira ainda receosa acaba aceitando, mal escondendo seu sorriso de felicidade.  Um tempo depois, James surge pedindo novamente que caso sua mulher chegue a ligar, Shelly atenda sua linha e diga que ele estão tão ocupado no trabalho que mal pode atender uma ligação.

Shelly se revolta, pois Kifira, que sofria por não poder estar com os filhos no natal e ele ali, podendo, mas fugindo por causa da sogra. Depois de dar um sermão daqueles em James, ele se toca e acaba ligando para a esposa, dizendo que logo irá chegar na casa de sua sogra e passar o natal em família. Shelly sai contente do trabalho, com uma energia e vibração diferente, se sentindo bem  disposta, mas ainda faltava algo.... os filhotinhos!

A imagem deles roendo seu sofá ou dormindo em seu colo vinham em sua mente. Ela retorna ao apartamento, tendo em mente que daqui mais alguns dias seria o natal e ela passaria largada no sofá, comendo pipoca e vendo seriados na Netflix.  Entra no apartamento e joga a bolça num canto,, se deitando no sofá.

A campainha toca e ela levanta sem animo para atender. Abre a porta e vê um Philipe com duas malas e farofa e omelete no colo.

- Não pensou que iriamos sem você, né?

Ele fala sorrindo. Shelly fica feliz e honrada em ser convidada e corre para fazer as malas.

Uma viagem...

Isso sim é uma tremenda mudança na rotina. Shelly parte junto com Philipe, Farofa e Omelete, para ter um natal que a anos havia desistido de ter.

Fim.

- Aqui está Noel. O relatório do presente atrasado de Shelly Gomes Linker, 22 anos. Nova Yorke. Brooklyn, prédio Aflorer, decimo segundo andar. - Um pequeno duende verde entrega um pergaminho ao velho Papai Noel, que coçava sua enorme barba branca e ouvia tudo atentamente.

Ele pega o pergaminho e o leva para uma enorme sala, com diversas pratilheiras inumeradas e o guarda junto aos demais, a trancando em seguida.

- Missão completa! - Ele exclama. - Vamos duendes, ainda temos muito trabalho a fazer...

Um presente de Natal para ShellyOnde histórias criam vida. Descubra agora