Leopold - Capítulo I: APOSTAS AO PÔR DO SOL

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16 anos antes da
1ª Guerra Fria

•LEOPOLD•

     O atraso de Alfred já estava começando a irritar Leopold, ele deveria ter chego há duas horas. Quem em sã consciência se atrasava duas horas?

     Ridículo. Como se algum dia ele realmente pudesse ser rei.

     Leopold andava impacientemente por entre as árvores, ao longe o sol poente podia ser visto quase alcançando o horizonte, as sombras se alongavam, o vento soprava frio.
A noite se aproximava.

     O garoto considerava a ideia de desistir e voltar para casa com raiva, mas sem seu dinheiro, era exatamente esse o objetivo de Alfred, porém iria estender um pouco mais o tempo perdido pelo outro.

     Seu plano se pôs em ação quando Leopold começava a caminhar de volta para sua casa.
     Alfred, com um salto, saiu de trás da árvore onde se escondia e pousou ao lado de Lepold, assustando-o, mas ele logo se recompôs, não tardando em brigar com o outro.

     — Como consegue se atrasar duas horas? — gritou ele, a raiva eminente em sua voz.

     Alfred abriu um sorriso um pouco macabro ao ver que seu objetivo fora alcançado.
Ele conhecia o amigo muito melhor do que Leopold conhecia a ele, não daria seu dinheiro tão facilmente, por conta de uma aposta boba, e estava entediado com sua vida fácil no castelo, queria divertir-se. Então, o que melhor do que uma aposta para contradizer com outra?

     Era um garoto esperto, sabia que Leopold tinha o sonho de governar o reino e que de cabeça quente aceitaria a qualquer aposta, principalmente se a aposta tivesse como prêmio o trono do país, mesmo que colocasse vidas em jogo.

     — Vamos com calma amigo! — disse Alfred batendo, propositalmente forte de mais nas costas de Leopold.

     — Já sabe que não somos amigos, não mais. — disse Leopold se afastando do outro e indo direto ao assunto que lhe interessava — Onde está meu dinheiro?

     Alfred levantou os braços como que se desse por vencido.

     — Não o trouxe.

     — O que? — Leopold perguntou indignado.

     — Já disse, eu não o trouxe. — Alfred repetiu a frase pausadamente, fazendo como se Leopold tivesse algum tipo de retardo.

     Leopold fitou o outro garoto, que vestia diferentemente de suas roupas pobres e sujas, roupas caras e dignas da realeza, era um príncipe e logo seria rei.

     — Um príncipe que não cumpre suas promessas, você é ridículo! — exclamou Leopold.

     — Claro, claro, você se acha melhor candidato a rei, não é mesmo?— seu sorriso, agora, de orelha a orelha — então façamos uma aposta, quando eu me tornar rei, lute contra mim, se você ganhar o trono e minha vida pagarão a dívida, mas se não ganhar, ficarei feliz com sua vida, pois acho que você não tem um trono para oferecer.

     Era uma aposta ridícula, o príncipe estava disposto a divertir-se a custa da vida de outros, era o completo oposto do garoto plebeu que se encontrava a sua frente.      Leopold era um bom garoto, e se achava melhor do que aquele principezinho para governar o reino, e era.
     Até após a guerra.

     Mas naquele dia, colocando seu sangue, o símbolo de vida no reino, em contato com o de Alfred, ele se viu arriscando sua vida pelo trono.

     Ao pôr do sol, o primeiro pacto de sangue fora selado.

NOTA DA AUTORA:
Oi povo!

O primeiro capítulo das sagas de Leopold fresquinho para vocês.

OK, vou explicar, como eu já disse a história é dividida em épocas diferentes, mas o enredo principal se passa depois da 1ª Guerra Fria, com a Mira, personagem principal, que são os capítulos normais.

Desculpem pelo capítulo curto (curto para os meus padrões), mas ele era essencial.

E aqui estou eu, de novo para pedir a vocês que cliquem na estrelinha, se gostaram e comentem TUDO, quero saber o que se passa nas suas cabeças!

Obrigada por ler,
Atenciosamente (hahaha, parece que eu estou escrevendo uma carta),

•山神•

LEOPOLD • Corpos de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora