Matar ou morrer

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Já estava bem longe de Langevour. Estava num deserto conhecido como Deserto de Shaara.
Um senhor de idade apareceu em minha frente. Ele tinha um burro, mas não estava montado nele. O burro era velho e carregava muitas coisa. Tapetes, jarros, baldes, tudo. Tudo mesmo. O senhor caiu perto de meus pés. Tinha desmaiado.
O burro começou a lamber o rosto do senhor. Segurei o burro pela corda que o senhor usava para puxá-lo e amarrei esta corda em meu cavalo. Deitei o velho no meu cavalo e fui puxando eles até uma caverna.
Peguei um dos tapeter do senhor. Ele também tinha barbante. Enchi o tapete de areia e fui amarrando com o barbante. Coloquei o tapete com areia debaixo da cabeça dele. Era como um travesseiro. Um travesseiro não muito confortável. Mas servia de qualquer jeito.
Amarrei meu cavalo e o burro numas pedras grandes. Tinha guardado comida para meu cavalo, mas dividi com o burro. Peguei um lenço em minha trouxa. Também peguei água. Molhei o lenço e pus na testa dele. Bebi a água, pois estava com muita sede.
Acabei dormindo. Sonhei uma coisa que... talvez não fosse um sonho. Era uma lembrança de 4 anos atrás. Sonhava a lembrança do dia em que eu e Célia nos conhecemos. Do jeito que ela cuidou de mim, mesmo não me conhecendo. De repente, no meu sonho-lembrança, o tempo se passou rapidamente. Agora sonhava a lembrança de quando Carolina nasceu. Como ela chorava e como Célia agradecia à Deus por Carolina ter nascido. Novamente, o tempo se passou ligeiramente e, agora, meu sonho virou um pesadelo. Vi Célia e Carolina serem levadas por Richard. Vi ele atirar em mim. Meu pesadelo, agora, se passava no futuro. Eram as duas em minha frente. Corria ao abraço das duas e gritava seus nomes e dizia " senti falta de vocês". Mas meu corpo atravessou os delas. Era como se eu fosse um fantasma. Célia abraçava Carilina. As duas choravam. Carolina chorava alto, gritando. Célia chorava, mas tentava acalmar Carolina. Richard apareceu com o revólver apontado para elas. Entrei na frente da arma. Ele atirou. A bala atravessou meu corpo, sem deixar feridas. As duas morreram. Célia dizia " Querido, por que nos deixou?". Após dizer isso, morreu junto com Carolina. Comecei a chorar e gritar.
Despertei de meu pesadelo desesperado. O senhor que antes estava inconsciente, estava fazendo uma sopa. Ele disse:

- Teve um pesadelo, meu jovem?

Não respondi. Apenas bebi minha água. Ele voltou a dizer:

- Obrigado por salvar minha vida, meu jovem.

- Quem é você?
Respondi. Não queria saber de gratidão.

- Meu nome é Felipe. Sou um comerciante andarilho. E o jovem teria um nome?

- Robert.
- Tome sua sopa.

Disse ele me entregando uma tigela. Bebi da sopa e me lembrei do dia em que conheci Célia. Ela tinha me dado, também, uma tigela de sopa. Uma lágrima escorreu.

- Preocupado com alguma coisa?
Perguntou Felipe.

- Não. Nada.

Encontrei algumas plantas secas, que usei para fazer a fogueira. Dormimos. Acabei tendo o mesmo pesadelo e acordei antes do velho Felipe.
- Obrigado, meu jovem. - Disse Felipe - Agora tenho que continuar a caminhar.

- Adeus.
Disse. O velho Felipe acenou e foi. Comecei a arrumar minha trouxa, mas, de repente, ouvi o grito de Felipe. Com meu revólver, saí e fui ver o que lhe ocorreu.
Era outro capanga de Richard. Perguntei:

- Veio até aqui para me matar, não é? Então solte este senhor, agora!

- Fui enviado aqui, não para te matar, mas para fazê-lo sofrer! Se quer salvar este velho de meia-tigela, só precisa fazer uma coisa...

- O que é?! Diga!

- Ou o mate ou se mate.

Fiquei com os olhos arregalafos. Matar ou morrer? Morrer ou matar?
Sabia qua morrer não poderia. Não até salvar minha familia. Mas matar aquele senhor bondoso, que me deu sopa e, de um certo modo, cuidou de mim... Morrer ou matar?

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Oiee genteee!!!!! Gostaram do capitulo? Se gostaram... da aê uma estrelinha! O que será que vai acontecer com o Felipe? Comentem aí se gostaram e o que vocês acham oque acontecera com o Felipão! Kkkkkk
Beijocas
Beijinhos
Beijões!
maah682
♥♥♥

7 DIAS [ CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora