07 - Controle

20.1K 1.6K 44
                                    

Miranda

Ferrada. Eu estava completamente ferrada na mão desse homem. Ele tinha domínio sobre mim, controle sobre os meus desejos e eu estava surtando a cada beijo.

Não se apaixonar era algo que eu julgo impossível e eu sabia que sairia quebrada, mas tê-lo assim é melhor do que não ter.

Ele marcou meu corpo, me estragou para todo o resto e entre viver infeliz e insatisfeita para o resto da vida, me torturando por ter negado, eu prefiro viver essa loucura e saber que tentei.

O carro de Henrique parou e o mesmo me tirou do seu colo arrumando meu vestido.

- Vamos Miranda. - Disse saindo e me estendeu a mão a qual agarrei saindo do carro.

- Onde estamos?

- Na minha casa. - Esclareceu entrelaçando nossas mãos e me guiando para dentro.

Segui Henrique calada e entramos em um condomínio que parecia ter uns sete andares.

- Qual é o seu andar?

- O sexto e o sétimo.

- Como assim?

- Aqui é um apartamento por andar, moro no sétimo e transformei o sexto em um canto pra mim. - Esclareceu. Até porque todo mundo precisa de um apartamento inteiro para ter um canto só dele.

- Você mora sozinho, isso já é um canto pra você. - Disse quando entramos no elevador e Henrique apertou o botão do sétimo andar.

- Miranda, nenhuma mulher, jamais esteve em minha casa, no meu apartamento. Todas apenas achavam que estavam.

- O sexto andar, é pra isso? Você leva as mulher e dorme com elas lá?

- Sim, eu transo com elas lá, nenhuma esteve no meu apartamento, na minha casa mesmo. Até agora.. - A porta do elevador se abriu no sétimo andar e admirei a sala linda e bem decorada.

Era uma decoração clássica, de tons intercalados e muito refinado.

Me sentei no sofá grande de Henrique e o mesmo sumiu para a cozinha voltando em seguida com um copo de Whisky e uma taça de vinho a qual me entregou.

- Então.. Por quê essa de nunca trazer ninguém aqui?

- Acho que criaria laços demais, expectativas demais e quando se traz uma mulher de uma boate para um transa de uma noite, você não quer nada disso. - Afirmou bebendo um pouco de seu Whisky.

- Direto. - Murmurei bebendo meu vinho.

- Sempre.

- Estou vendo. - Sorri terminando meu vinho e Henrique pegou minha taça e voltou em seguida tirando o terno e abrindo alguns botões da sua camisa.

- Vem. - Chamou estendendo a mão para mim e agarrei na mesma.

Henrique sem cerimonias me levou para o seu quarto e me jogou na cama, gargalhei enquanto me acomodava ao colchão e Henrique desfez o cinto tirando a camisa de dentro da calça.

Com esse homem não tinha calma, não tinha enrolação, ele era direto e quando queria, queria.

Henrique subiu para cima de mim levantando meu vestido e se acomodando entre minhas pernas e segurei em cada lado do seu rosto olhando em seus olhos.

Trouxe seu rosto próximo ao meu e Henrique uniu nossos lábios em um beijo quente e urgente.

Suas mãos passeavam pelo meu corpo arrancando minhas roupas e apertando minha carne. Ele estava me marcando e eu estava entrando em um caminho sem garantias de voltar com meu coração inteiro.

  Henrique

Manhã seguinte.

Acordo sozinho na cama e me levanto, tomo um banho rápido e escolho um dos meus ternos dispensando a gravata como na maioria das vezes.

Saio do quarto e encontro um bilhete de Miranda colado a minha geladeira.

'' Tive que sair, precisava passar em casa, tomar banho e me trocar. Nos vemos no trabalho e sim, isso é um troco por ter me deixado sozinha na cama no hotel. xx ''

Sorri amassando o bilhete e jogo fora, Jessica aparece na cozinha e sorri.

- Bom dia Henrique.

- Bom dia, tudo bem? - Pergunto me sentando com uma garrafinha de suco nas mãos.

- Sim, quer algo especial para o café?

- Não, já estou de saída. - Aviso bebendo o suco e depois de alguns goles jogo a garrafa fora. - Até mais Jessica.

- Tchau Henrique.

Jessica trabalhava pra mim a quase cinco anos e era uma mulher incrível, me ajudava como ninguém.

Entrei no carro que me esperava na entrada e Alfred deu partida rumo a empresa onde eu faria aquela loirinha pagar por ter inventado de me dar o troco. Miranda estava me fazendo quebrar meus limites e regras sem nem ao menos pedir por isso, mas eu tinha o controle e se havia algo que eu não abriria mão seria disso. Eu teria o controle sobre ela. 


Controller ( Concluída. )Onde histórias criam vida. Descubra agora