O Último Canto

transformações

Mais uma noite negra surgi... E,Agora venho recordar a pior e a melhor noite da minha vida. Era uma sexta feira, lembro-me como se fosse ontem... O relógio não parava de fazer aquele barulho chato de tic tac...
Eu estava indo encontrar um grupo gótico que achei em um site, meus pais pensavam que eu iria na casa da Ana visita-la, quem imaginaria que nessa mesma noite o meu destino mudaria para sempre.
Enfim, encontrei o tal grupo, mais lá estava mais alguém que mudaria minha vida por completo. Me sentia ansiosa, e meu coração batia forte perante o olhar daquele desconhecido que fitava-me curiosamente. O nome do vampiro que me transformou no que sou, e que me ensinou tudo que hoje sei era Vladimir. Bom, como toda história de vampiros ele era cativante e sedutor, acho que ele sabia tanto quanto eu, o que aquela noite se transformaria para nós dois. Claro que dei meia volta e fugir daquele lugar, mas é impossível escapar de um vampiro a partir do momento em que ele te escolhe, e naquela noite Vladimir me escolheu. A cidade estava sucumbindo na penumbra da noite, e os minutos para chegar em casa parecia uma eternidade. Contudo, quando chego em casa, a minha espera está Vladimir que vem em minha direção, de maneira que não me restava opções a não ser encarar o vampiro a minha frente.
- Quem é você? Minha voz saiu baixa,evidenciando meu medo.
- não tenha medo... Havia ironia na voz de Vladimir.
- o que você quer comigo? Mostrei coragem por um momento, mas não sei ao certo o que me fazia acreditar que aquela seria minha última.
- Calma, vamos começar de novo alyna. Dizia ele de maneira cautelosa e perigosa.
- Como você sabe meu nome? Minha pulsação acelerava a medida que ele se aproximava.
- bom... Vou te dar duas simples escolhas alyna, a primeira é eu matar você, e roubar sua alma... nesse momento ele fez uma pausa e tocou meu rosto pálido.
- E a segunda qual é? Estava mais fria do que aquela mão que passeava pelo meu rosto.
- A segunda é eu matar você, e transformar-la como eu. Sua mão descia rumo ao meu pescoço, onde minha veia saltava de medo e meu sangue corria quente e suculento.
- Por favor não me machuque. Não sei de onde veio as lágrimas, mas chorava compulsivamente.
-Relaxe! Vai ser apenas uma picadinha. Ele riu de maneira sarcástica e beijou meu pescoço, onde a veia pulsava.
Nesse momento não senti mais nada, o mundo parecia dar voltas,a única coisa que conseguia sentir era suas presas fincadas no meu pescoço, e meu sangue sendo drenado por aquele desconhecido. Naquele momento eu morri, mais dentro do meu corpo já circulava o veneno do vampiro. Não sei o que aconteceu depois, nesse momento desmaiei nos braços daquele que tirou minha vida. Foi bem dramático, mas não me arrependo de ser o que sou, as vezes me sinto deprimida pelo fato de ser sanguinária maníaca, assim como meu criador, mas essa é a consequência que um vampiro tem que aceitar. A dor da morte, a tristeza das noites escuras e frias,a solidão de não ter ninguém ao seu lado.Enfim, uma série de fatores que fazem de mim um ser desprezível. Acho que por hoje é só, afinal a caçada da noite está apenas começando.