Minha Perdição

Capítulo 4

Peter Collins 

Quando eu a vi dançando sensualmente não pensei com a cabeça de cima, mas com a debaixo. Qual é? Não me julgue! A Ella tem aquele corpão e vai dançar exibindo todas as suas curvas, não aguentei. O pior foi ter beijado ela, não que tenha sido ruim, de jeito nenhum! Mas ela trabalha comigo e é irmã do meu melhor amigo.

Porra, Foster. Por que você tem que ser tão gostosa?

Depois do beijo, ela me empurrou e foi embora, fiquei sem entender mas não fui atrás. 

E cá estou eu, deitado na minha cama com uma puta ereção pensando na bela morena de olhos azuis. Me recuso a bater punheta, não como uma porra de um adolescente cheio de hormônios. Rolei de um lado para o outro, e finalmente consigo dormir.

***

Acordo com o barulho do meu celular tocando, penso em ignorar mas pode ser minha mãe. Mal abro os olhos, apenas pego o celular e ponho no ouvido. 

- Alô - falo com a voz rouca de sono

- Peter? - Essa voz.. Deus, eu conheço essa voz.

- Ella? - Como ela sabe meu número? Fácil, seu idiota. Ela é do FBI! 

- Sim. Desculpa te acordar, acabei de receber uma ligação do Agente Tanner, ele me informou que pegaram um dos piões da CRISTAL. Temos que correr para lá, sinto muito por atrapalhar seu sábado. - Pelo menos vou te ver, pensei.

Você só pode está louco! 

- É.. tudo bem. Estou indo, te vejo em 30 minutos. - Encerro a chamada e corro para o banheiro.

Já pronto, ponho minha Taurus 44 no coldre e calço o coturno, pego a chave do carro e sigo para garagem. 

Dou partida seguindo para Sede, espero resolver isso rápido, quero aproveitar o resto do sábado.

Chego na Sede, desço do carro e travo as portas e vou para a sala da Ella. Bato na porta e espero sua autorização para entrar.

- Entre! - ouço ela dizer.

Entro na sala e a vejo, sentada me olhando fixamente. Lembranças da noite passada correm pela minha cabeça. Ela parece sair do transe e se dirige a mim. 

- Bom dia Agente Collins. - Diz séria e seca, estranho seu tom de voz.

- Bom dia Ella. Desmanche este " Agente Collins " e simplifique para " Peter ". - Falo e sorrio.

- Como quiser, Peter. Siga-me para sala de interrogatório, vou bater um papo com algum pião. - sorri friamente. Não vejo mais os brilhos dos seus olhos, eles tem um azul nublado, ela está seca, fria.

- Claro. - Se ela quer tomar esse rumo, assim seja. 

Ela sai da sala e eu vou atrás dela, observo sua bela bunda. Ahg, que mulher gostosa! 

Concentre-se idiota! 

Chegamos a sala de interrogatório e vejo o Agente Tanner e outro homem. Ela para e eu me posiciono ao seu lado.

- Vou interrogar ele, não quero ninguém me interrompendo. Só entre se eu autorizar. - ela fala com maestria e vira-se para mim. - Você pode ficar ai e observar ou me aguardar na minha sala. 

- Vou ficar aqui. - Quero observar como ela age, aposto que vai precisa de ajuda. É é doce demais para botar um pilantra desse na parede.

- Certo, com licença senhores. - Fala e passa pelas portas de vidro. 

- Vocês acham que ela vai precisar de ajuda, não é? - Tanner pergunta.

- Sim. - Eu e o outro agente respondemos.

- Pois não esperem por isso, só posso informar que vão se surpreender. - Ele fala e segue para observar do vidro falso. 

*****

Ella Foster

Hoje não estou para brincadeiras, meu humor está fora de série. O meu passado veio à tona, me levando para a escuridão. Entro na sala e olho para o homem branco, barbudo, cabeça raspada e tatuado pelo corpo.

- Ora ora, veja se não é o famoso " dragon ". - sorrio perversamente - Está tendo um bom dia?

- Estou, tenho em vista uma vagabunda gostosa. - ele sorri e meu corpo treme, mas me recomponho.

- Não vejo vagabunda aqui. Sem mais delongas, quem é o chefe? - Vejo ele sorri, desgraçado!

- Está curiosa, Agente Foster. Sinto muito, mas a única coisa que sei do meu chefe é seu pseudônimo. "  Blood "

- Sendo assim, vamos bater mais um papinho. - Me sento em sua frente e o olho com a sobrancelha arqueada. - Comece, fale mais.

- O chefe está grande, tem em cerca de 60 mulheres sendo vendidas para serem  escrava sexual por dias, semanas ou meses. Você sabe que o chefe vai te achar e te matar. - Sorrio assim que ouço isso.

- Eu não sei disso. O que eu sei, é que eu o matarei. - sorri - Me aproximo de ouvido e sussurro - Assim como vou fazer com você. 

Sinto seu corpo estremecer de medo, é assim que gosto.

- Agora que você já falou tudo que sabia, aguarde para ser transferido. - Sorri perversamente e saio deixando-lhe com medo.

Você deve está se perguntando se vou mesmo matar aquele homem, não, não vou. Cada um luta com as armas que tem, precisava assustar ele e ganhar o que queria.

Fora da sala está Peter, Tanner e Edson. Tanner me olha com admiração, já os outros me olham surpresos. Acharam que não iria arrancar nada do Dragon, idiotas.

- Peter, na minha sala, agora. Vocês dois - aponto para Tanner e Edson - Dispensados. Dirijo meu melhor olhar para eles, mostrando que não podem me contrariar.

Ando em direção a minha sala os deixando com a cara no chão.

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