Capítulo 11

139 7 0
                                    

Ella Foster

1 mês depois..

Já se passou um mês desde o dia em que quase passei dos limites com Peter. Depois daquela noite a nossa convivência é mais profissional. Como a investigação do caso CRISTAL avançou, nós ficamos mais próximos, posso dizer que somos amigos.

Aquela madrugada não sai da minha cabeça, seus lábios carnudos, seu cheiro, seu gosto.. Tudo ficou gravado em mim, fodidamente gravado.

Ele sempre pergunta da Sophie, é visível o carinho que ele possui por minha filha.

Hoje tenho reunião com meus 2 agentes que vão se infiltrar, Dr. Thompson, Peter e o seu amigo, Nicholas Stalker, que também vai está na CRISTAL.

Saio da cama e vou para o banheiro, faço minha higiene pessoal e me arrumo. Visto uma calça jeans clara, a farda do FBI, prendo o coldre na cintura e calço meu coturno.
Seco meus cabelos e prendo em um rabo de cavalo alto.

Saio do meu quarto e vou para o da Sophie, sempre falo com ela antes de ir trabalhar.
Entro no quarto e a vejo dormir em seu berço, ainda não confio em deixa-la dormir sozinha na cama.

- Minha princesa - Sophie tem o sono leve, assim que escuta a minha voz abre seus lindos olhinhos.

- Mamãe - Ela aprendeu a falar algumas palavras corretamente, outras ela se embola.

- Já estou indo trabalhar, mais tarde mamãe vem para almoçar com você, não dê trabalho a Duci, ok?

- Certo, mamãe. - Ela sorri e eu lhe tiro do berço para abraça-la.

- Eu amo você, meu bebê. - Ela sorri lindamente e eu a boto de volta no berço. Beijo sua testa e ela volta a dormir.

Vou para cozinha e já encontro Duci acordada fazendo o meu café.

- Bom dia, Duci.

- Bom dia, minha menina. - sorri - Vai tomar café ou suco?

- Hoje eu quero café, o dia será longo..

- Você tem trabalhado demais, menina. Não pode ser assim. - Sorrio com a sua preocupação.
Duci é uma mulher de 50 anos, cabelos curtos e platinados, baixinha e de olhos castanhos. Ajudou minha mãe a criar Elliot e eu, sempre carinhosa e prestativa.
Ela sabe de tudo que me aconteceu, passou várias noites comigo em seu colo me consolando, me ajudando a superar. Sou grata por tudo que ela fez, e faz.

- As investigações avançaram, mas está tudo bem, não se preocupe. - sorrio

- Estou de olho, dona Ella. - Duci põe na mesa uma xícara de café e um prato de bolo de laranja.

- Obrigada pelo café, mas já estou atrasada. Qualquer coisa que acontecer, ou precisar me ligue, não importa a hora. Não deixe nenhum desconhecido entrar, e se eu vim para almoçar te ligo.

- Tudo bem, menina. Vá trabalhar, se algo acontecer, vou te ligar. - Beijo sua testa, pego a chave da minha moto e bato a porta.

Chego no Departamento e já dou de cara com Peter, gostosamente fardado e armado. Lembraças de seus toques e beijos me invadem, mas rapidamente os mando para longe.

- Bom dia, Foster. - Fala ele, com aquela voz rouca e grossa.

- Bom dia, Collins. - Ele abre aquele habitual sorriso de lado, aquele maldito sorriso! - Todos já chegaram?

- Sim, já estão nos esperando na sala de reunião.

- Certo, então vamos lá.

Seguimos para sala de reuniões repassando os ultimos pontos e avisos que devem ser passado para os três agentes.

Peter entra primeiro e segura a porta para mim, se mostrando cavalheiro.

- Bom dia, pessoal. - Fala Peter

- Bom dia. - Falo fria, é sempre assim quando se trata do meu trabalho, e principalmente dessa investigação. Mudo minha pose descontraída no mesmo instante.

- Bom dia! - Todos respondem.
Passo a vista pela sala e reparo no bruta montes desconhecido, esse deve ser Nicholas Stalker. Ele possui pele bronzeada, olhos escuros e cabelos loiros. Mesmo sentado sei que tem um corpo musculoso, e uma rosto sério. O homem é um gato!

Esse não é o momento, Ella. - Resmungo para mim mesma.

- Ella, esse é Nicholas, o amigo que te falei. - Peter nos apresenta.
Nicholas se levanta e aperta minha mão.

- É um prazer conhecê-lo. - Sorrio

- O prazer é todo meu, agente Foster. - Ele sorri e nos sentamos.

Peter nos olha com uma carranca, não consigo entender, esse homem é estranho.

- Juan, Bruno e Nicholas. - chamo a atenção de todos - Vocês estão indo para CRISTAL com o intuíto de nos informar qualquer movimento dado lá dentro. Da chegada de drogas à mulheres, eu quero ser informada, não deixem passar nada. - Eles acentem em concordância.

- Vocês terão dois meses lá dentro para nos ajudar - Peter começa a falar - Não se envolvam sexualmente ou amorosamente com ninguém. Como estão indo com novas identidades, nunca confie em alguém ao ponto de revelar quem vocês realmente são.

- Sei que já foram treinados para essa missão, mas nós devemos relembra- los tudo isso. - Thompson falou - Façam o que deve ser feito, contamos com vocês.

- Sim, senhor! - Os três respondem.

- Após os dois meses, nós iremos ver se ainda é preciso que vocês permaneçam lá, caso não, nós os tiraremos de lá e vocês somem do radar até serem esquecidos. - Diz Peter

- Nós botamos sensores em alguns armamento de vocês, algumas de suas roupas são grampeadas, nos deixando capaz de ouvi-los sempre que precisarem. Por mais escondido que esses equipamentos sejam, quero que tomem cuidado.
Lembrem-se, vocês foram escolhidos para isso, não nos descepcione. Alguma dúvida? - pergunto

- Não, senhora. - Os três falam

- Ótimo, então esta reunião está encerrada. - Junto minhas pastas e saio da sala indo diretamente ao laboratório.

*****

Depois de resolver todas as pendências no laboratório, passo o resto da manhã trancada em minha sala.

Uma batida na porta me desperta.

- Entre! - Vejo a porta ser aberta e Peter entrar.

- Peter? Precisa de algo? - Ele só vem a minha sala se for para trabalho, mas nós já resolvemos tudo. Isso soa estranho.

- Então, Ella. Estava pensando se eu poderia almoçar com você e a Sophie, faz tempo que não a vejo e estou com saudades.

- Sinto muito, Peter. Mas desisti de almoçar em casa, quero olhar alguns arquivos.

- Por favor, Ella. Não vai matar se nós almoçarmos juntos, por favor. - Ele sorri de lado e aquilo é o suficiente para mudar de ideia.

- Tudo bem - o vejo sorri - vou ligar para Duci e avisar que almoçaremos lá.

- Não, apenas diga para arrumar a Sophie, vou levar vocês para almoçar fora.

- Não precisa, Peter. - ele me lança um olhar que vai ser na porra de algum restaurante e não no meu apartamento. - Agghr! Ok, você venceu.

- Eu sei que você não resiste aos meus charmes, doce Ella. - sorri

- Sem gracinhas, por favor. - Prendo o riso, esse homem é anormal.

- Você quem manda! - levanta as mãos em sinal de redenção. - Vou indo, depois eu passo aqui para irmos juntos.

- Certo, eu espero você. - sorri sincera e ele sai da sala aparentemente feliz.

Talvez não seja tão ruim assim, nós almoçarmos juntos...

*****
Me desculpem se teve erros, mas estou escrevendo pelo celular. O carregador do noot não está funcionando. :/

Minha PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora