Halfway there

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We're halfway there,
We're looking good now,
And nothing's gonna get in the way,
We're halfway there,
and looking back now,
I never thought i'd ever say,
We're halfway theeeere,
We're halfway theeeere

- Big Time Rush

- Tudo bem, Dean, aqui está sua alta, mas como já disse, uma semana em casa, sem se alterar muito.

- Muito obrigada doutor – diz a loira com os olhos marejados abraçando o médico. – Não sei o que aconteceria se perdesse meu Dean, obrigada por salvar meu filho.

- Não por isso, Sra. Winchester, agora, só cuide para que ele não extrapole com nada e que fique em repouso por uma semana.

Assim que todos vão em bora, Castiel encerra seu expediente e se dirige a casa de Miguel para ver como está Adam, o esposo de seu irmão estava com altas dores na costela, e Castiel prometera passar lá para ver como estava o cunhado. Depois que sai da casa do irmão, Castiel entra em casa e suspira olhando as caixas que o esperam e pensa ironicamente que elas pareceram triplicar enquanto estava trabalhando, o médico toma um banho e começa a por tudo em seu devido lugar.

Enquanto Castiel arrumava sua nova casa, na mesma rua, umas casa a baixo um loiro se deitava exausto em sua cama perdendo o olhar no teto, e adormece pensando em um oceano de águas limpidamente azuis, que demonstra toda a calmaria que ele precisa no momento.

Dean acorda no outro dia com uma dor chata na barriga, perto do estômago, onde a bala havia se alojado, levanta com um pouco de dificuldade e toma um banho, desce pronto para ir trabalhar, mas para assim que vê a mãe aos pés da escada.

- O que acha que está fazendo? – pergunta Mary preocupada ao ver o filho uniformizado e colocando o cordão com o distintivo no pescoço.

- Indo trabalhar, oras – responde o loiro descendo as escadas mancando e entrando na sala de estar para tomar seu café da manhã.

- E quem falou que o senhor poderia ir trabalhar? Se eu me lembro bem, o médico disse, uma semana de repouso.

- Ah, a senhora tá brincando não é? Fala sério, uma semana sem trabalhar? Sabe que vou explodir em casa sem fazer nada – diz Dean se sentando em uma cadeira e olhando a mãe indignado.

- Ela está certa mano – comenta Sam entrando na sala de jantar, e se sentando na cadeira em frente ao irmão.

- Até você, Sam?

- Cara, você foi baleado, de novo, e dessa vez foi bem mais sério, quase acertou seu estômago, sabe o que seria de você sem estômago? Nada, pois você estaria junto ao papai agora.

Mary engole em seco, respira fundo e se senta para comer com os filhos.

Mesmo depois de tantos anos, ainda era difícil para ela falar da morte do marido, ele havia morrido em serviço, com uma bala no fígado, e por isso a loira não queria que seu primogênito seguisse a carreira do pai, Dean sempre admirara o pai, de todas as formas, e desde que tinha oito anos dizia que seria detetive igual ao pai. John falecera quando o garoto tinha doze anos, Sam tinha apenas oito, e entendia bastante coisa, e sentiu a perda do pai, assim como o irmão e a mãe, foi um grande baque para toda a família.

John tinha saído para mais um dia rotineiro de trabalho, com seu parceiro Robert, e tinham encontrado um maníaco, que havia matado a mulher e os três filhos, quando saíam para avisar ao delegado, Bobby havia prendido o pé em um arbusto, chamando a atenção do homem, que mirou a pistola para ele, mas John entrou na frente para salvar o amigo, o tiro acertou o fígado dele, e ele viera a falecer a caminho do hospital. Quando Mary chegou com os filhos, Bobby a abraçou e contou tudo tentando manter a calma, e neste momento Dean jurara virar detetive e vingar a morte do pai, e quando fez 23 anos, matou o homem que havia matado seu pai, e a partir daí, sua carreira só crescera. Hoje, com 27 anos, Dean era um dos detetives mais respeitados do condado, junto com seu parceiro, e já havia levado o terceiro tiro, mas nenhum chegou a ser tão grave quanto esse, e em cada um, Mary ficava mais preocupada com a vida do filho.

Sam havia se tornado um bem sucedido advogado, apesar de pouco tempo de profissão, não havia perdido uma causa sequer. Ambos os meninos eram o maior orgulho de Mary, a loira sempre tentou de tudo para dar o melhor aos filhos, e contou com a ajuda de Bobby, melhor amigo de seu falecido esposo e companheiro no trabalho, ele ajudava sempre, se sentia na obrigação de cuidar dos garotos, vivia com a culpa de que John só havia morrido para salva-lo, se tivesse sido mais cuidadoso, seu amigo ainda estaria com ele, tomando uma cerveja e caçando nos finais de semana, mas Mary sempre o repreendia dizendo que se teria que acontecer, aconteceria de qualquer jeito. Bobby havia abandoado a carreira, e montado um ferro velho, em outro estado, e visitava os Winchester sempre que podia.

- Você não vai sair, Dean – diz Mary sorrindo, como se encerrasse o assunto, passando geleia de uva em uma torrada.

- E tem como discutir? – pergunta o loiro sabendo que perdera a causa.

- Não, e você sabe, então termine de comer, e se deite, procure um livro, você está precisando ler mais, até Crowley concorda comigo, passe no escritório, tem uns livros muito bons que seu pai lia. - Dean terminou de comer, beijou a testa da mãe, e subiu para o quarto.

Estava sentindo o quarto muito abafado, levantou-se para abrir a janela, e ficou observando os canários cantarem na árvore no quintal de sua casa, quando percebeu um movimento três casas, rua acima, e vê o médico que o havia operado regando o jardim.

Dean trocou de roupa e desceu para cumprimentar o moreno.

- Olha o que o vento trouxe – disse rindo e parando ao lado do moreno.

- Você não deveria estar descansando? – pergunta o médico olhando o loiro que havia entrado em seu jardim. – Eu tenho quase certeza que quando lhe dei alta, disse que deveria ficar uma semana de repouso, não?

- Deveria, mas sou um Winchester, me perder por três semanas em outro estado não me abalou, por que uma balinha iria?

- Essa "balinha" – diz o moreno enfatizando aspas com os dedos. – Quase te matou.

- O urso que enfrentei em Idaho aos 17 anos também, e mesmo assim estou aqui, e também não tive que ficar uma semana de molho sem poder fazer nada – diz o loiro rindo, e sentindo que ali, nasceria uma bela e longa amizade. – Então, que tal um café? Minha mãe não vai cansar de te agradecer por ter "salvo a minha vida" – ele faz aspas com os dedos imitando o moreno e enfatizando que não era para tanto.

- Seria ótimo, mas tenho uma bagunça enorme me esperando lá em cima, e hoje vou passar o dia arrumando as caixas que faltam.

- Se eu falar com ela que convidei e você recusou, não vai ficar nada legal e depois ajudo com o que precisar, sem pegar peso, é claro – diz sorrindo.

- Se é assim, vou só trancar a casa e já vou.

- Não precisa, todo mundo aqui se conhece, não vai acontecer nada com suas caixas, fica tranquilo.

Castiel sorri, e segue o loiro rua a baixo, rumo a uma bela casa vetoriana.


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⏰ Última atualização: Dec 11, 2015 ⏰

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