The Kawaii World

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-Garota!! Garota!! Acorde!
Abri meus olhos e observei no momento, olhos azuis, cabelos curtos e castanhos, e uma camiseta feita de papel de arroz.
Um menino, da minha idade, me despertara .
-Hm? -Perguntei.
-De onde você chegou?
-Dessa porta aqui.-Apontei para uma porta ao meu lado, pensando que era meio óbvio.
-É melhor você sair daqui.
-Por que? É maravilhoso!
-Bem, eu vim da mesma porta que você veio, quando eu tinha sete anos, me avisaram que se não saísse até o amanhecer, nunca mais poderia sair. Desobedeci e estou aqui, faz tempo.
-Oh, sinto muito, então... Depois conversamos! - Disse e fui correndo para meu quarto.

No café da manhã, minha mãe estava fazendo ovos mexidos. Quando foi me servir, colocou cuidadosamente um prato rosa de cerâmica na minha frente, cheio de ovos.
-Mãe, você acha que existem portais para ir a outros mundos, tipo, que nem no filme Coraline?- Perguntei, a respeito do acontecimento anterior.
-Hm... Provavelmente não. É praticamente impossível. Igual aos carros de palhaços, que são pequenos por fora e grandes por dentro.

Não sabia se estava sonhando. Mas pensava: se sonhei, quero sonhar de novo!
-Beeeep! Beeeep!
-Oh! O caminhão de mudança! Filha, vem me ajudar a pegar as coisas!- Despertou minha mãe.

Ao chegar perto do caminhão, consegui identificar minhas coisas. Peguei-as e coloquei no meu quarto. Havia roupas e alguns objetos de decoração.
Coloquei-as em um armário do quarto e fui ajudar minha mãe, com o resto das nossas coisas.

De noite, após confirmar que meus pais estavam dormindo, abri a porta ao lado do meu banheiro e queria explorar mais aquela terra, e para não me perder, trouxe tubinhos de alcaçuz para marcar meus passos.
Novamente, o chão feito de açúcar rosa, o céu, de algodão doce azul e as árvores com troncos de chocolate e as folhas vermelhas feito morangos.

Estava procurando o garoto que tinha visto da última vez, lembrando de pequenos trechos de seu rosto, de quando tinhamos se encontrado.

-Você novamente? - Uma voz doce, porém grossa veio atrás de mim, me virei e era ele.
-Garoto de olhos azuis, cabelos curtos e castanhos e camiseta de papel de arroz, eu que deveria dizer: Você novamente?
-Sim, eu novamente.
-Afinal, que lugar é esse?
-Bem, este planeta doce, para mim se chama The Perfect World, para o resto, Candy World. E para você, que nome daria?
-Poderia ser Tomorrowland, porém não existe sol aqui, então a outra opção é The Kawaii World.
-Nome diferente. E o seu?
-Meu? ...
-Seu nome?
-Ah, eu sou Anne. Anne Flinks. E você é...
-Garry Jones. Prazer.
-Bem, Garry, existe alguém aqui além de você?
-Existe. Daqui a alguns quilômetros de distância. Demoraria para chegar lá, antes do amanhecer.
-Ah é. O amanhecer. Não tem algum jeito de chegar lá?
-Bem, dá para arrastarmos a porta.
-O que está esperando? Vamos!
Nós dois fomos para trás da porta e começamos a arrastá-la para frente. Garry, fazia muita força, e por isso, estava grunhindo. Eu, era arrastada pelo açúcar, porém, conseguia empurrar a porta.
Estávamos em uma floresta de árvores com tronco de chocolate e folhas verdes de chocolate. Esta amanhecendo, porém continuamos.
Em um momento, a mão dele escorregou para o lado direito que me empurrou. Tinha caído no chão e batido a cabeça.
Estava doendo. Mas nada além de um susto. Ele sentou perto de mim e colocou sua mão no local onde tinha machucado e depois, a retirou, apresentando para mim, uma grande quantidade de sangue.
-Você está sangrando. É melhor voltar para seu quarto e chamar o seus pais. Diga que você se machucou, porque estava pegando uma roupa no closet e esbarrou em um dos andares do armário. - Ele disse, calmo.
-Não... Mas... Closet?
-Se toca: Isso é um closet. De noite vira  um portal!
Ele me arrastou para porta e eu sai.
-Eu vou continuar arrastando até chegar a uma vila.
Fechei a porta do closet e fui me arrastando até o quarto dos meus pais.
Estava escorrendo um pouco de sangue na minha testa.
Meus pais vieram até mim preocupados.

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