Eu estava em um quarto branco, em cima de uma maca. Estava com gase em volta da cabeça. Havia despertado, com a cabeça um pouco dolorida. Meus pais estavam me encarando. Ainda estava pensando: Era só um pequeno machucado!
-Filha! Graças a deus! - Minha mãe me abraçou, forte.
-Mãe! Meu deus! Era só uma batida que abriu um corte pequeno!
-Menina... Você não faz ideia do que aconteceu! Seu ferimento tinha 12 cm e estava quase infeccionando por conter algo marrom em volta!
-Tá... Podemos ir para casa?
-O médico está chegando para te examinar e dar alta.
Meia hora depois, estava no meu quarto, de cama e olhando uns moços instalarem uma TV no meu quarto. Por que? Ainda não tínhamos internet então não conseguia usar o computador, e meus pais queriam que eu fizesse algo na cama. Feliz? Não exatamente. Queria que o dia acabasse logo para ir ao The Kawaii World. Meus pais estavam na sala de estar. Eu queria tirar a gase da minha cabeça para examiná-la. Então, fui silenciosamente ao banheiro retira-la.
Ao olhar para o espelho, vi a gaze ocupando praticamente todo o lado superior direito da minha cabeça. Eu cuidadosamente retirei o esparadrapo que veio junto com a gaze.
Confesso que quase desmaiei.
Um grande machucado e aberto estava na minha cabeça. Não estava entendendo.... Uma pancada em uma árvore de CHOCOLATE... Como pode fazer um estrago terrível?
É claro, quis perguntar a Garry, o veterano de The Kawaii World que provavelmente, poderia saber a resposta.Na madrugada do mesmo dia, após fingir que estava dormindo, saí da minha cama. Eu estava muito animada. Antes de entrar no closet, fui ao meu armário de roupas e coloquei um vestido de lantejoulas douradas e, um salto alto também dourado. Não sabia porque tinha colocado tais vestimentas, e no momento, ainda não sabia que estava apaixonada.
Tentei andar silenciosamente pelo quarto, sem tropeçar. Foi difícil com aqueles grandes saltos que só tinha usado em minha formatura. Ao entrar no closet, o portal estava em uma vila. Garry estava perto de lá, em uma feira, comprando trufas de chocolate. Ele olhou para porta e estava com uma cara estranha. Ele veio correndo até mim.
-MAS O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ VESTINDO? - Ele me perguntou.
Fiquei envergonhada, mas falei:
-Ah... Estava numa festa de bodas de ouro dos meus avós... E não consegui trocar minha roupa. Quer que eu coloque o meu pijama? - Inventei uma desculpa. Havia anos que meus avós tinham falecido, mas, estava muito envergonhada para falar que tinha vestido por querer.
-Hã... É meio chamativo... Mas venha.
Ao entrar na vila, algo começou a brilhar na minha ferida. Garry reparou, mas agiu normal.
Acariciei minha cabeça, e pouco havia machucado.
-Mas que diabos...? Garry?
-Er.... Bem; aqui no The Perfect World as feridas parecem que diminuem, e na vida real, aumentam. A única explicação que conheço... He he.
Uma anã tinha saído de uma casinha de gengibre, com um vestido feito de frutas, reparou minha vestimenta e, meio desesperada e brava, veio correndo até mim.
-O QUE VOCÊ ESTÁ VESTINDO?
-Bem, Anne, essa é a Janne. Ela é dona da loja de roupas da vila.
-SIM, É, E OLHA A SUA ROUPA, GAROTA! NÃO TEM VERGONHA NÃO?
Janne me puxou e me levou até sua loja, ela era muito rápida. Garry não conseguiu acompanhar.
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The Kawaii World
RomanceAnne, após mudar para uma casa em Los Angeles, descobre que em seu quarto, todas as noites, há uma portal secreto para ir á um mundo kawaii. Um local surreal e perfeito para a menina. Mas ela descobre que sempre terá que sair antes do amanhecer para...