Doze / Help me

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Acordo com uma pequena confusão em minha cabeça, não lembro do que me ocorreu nas últimas horas ou minutos. Me parecem horas, já que meu corpo mole indica que estou inconsciente faz tempo e minha garganta seca indica que não bebo água a um longo tempo. Levanto-me do colchão fino, duro e empoeirado que me mantinha deitado e longe do chão gélido, cinzento e sujo.  Olho em volta e vejo um lugar escuro que não me permite ver muito, mas sei que pelo cheiro ruim, as teias e o pouco que posso ver, é um lugar de estado desagradável. Vejo ao canto um copo de plástico com água e um pão pelo visto amanteigado em cima de um caixa de madeira que parece-me um caixote velho e quebrado. Logo mais para os cantos vejo um pequena escada e algumas molduras nas paredes que não faço questão de ver, vejo também um poltrona mal estofada com seus ferros enferrujados aparecendo de uma forma um pouco assustadora demais. Olho para o teto e vejo uma lâmpada velha e as vezes falhando iluminando o grande espaço de maioria vazio ou com objetos que ainda não consegui identificar ainda por causa da pouca luz e minha vista embaçada. Resolvo olhar mais pelas paredes e vejo uma pequena luminosidade escura.


Vou até a luminosidade que vi e vejo um pequeno quadrado de janela, é pequeno demais e possui grades, mas consigo ver um pouco do chão, pois a janela é muito alta. Estou numa cave, porão, deposito ou o que seja que eles chamem isso. Sinto minha cabeça dar uma pontada e me alertar de minha garganta seca, vou até o copo de água e bebo tudo de uma vez só. O pão não me atrai, sinto ânsia de vômito pelo cheiro ruim desse lugar que chamarei de Cave; O cheiro é tão ruim como se tivessem corpos apodrecidos de animais e pessoas mais uma sujeita mútua e vários anos seguidos. 


Me lembro de ter escutado uma voz e me forço para lembrar o que aconteceu. Pequenos flashbacks invadem minha mente bagunçada.


Táxi para. Uma rua vazia. Tiros. Taxista morto. Eu sou puxado para fora do carro. Uma mão não me permite gritar. desespero. Uma voz. A voz. 


A voz do Michael Clifford! 


Sinto uma pontada em meu peito, como ele pôde fazer isso?


Logo após eu tomar o líquido que conheci como água, meu corpo amolece e minhas pálpebras pesam. Me sento no colchão e sinto meu corpo cair deitado sobre o mesmo. Remédio para dormir.


Eu recollho forças e grito "LUKE" por fim dormindo sem eu querer.


[...]


Acordo gemendo de dor de cabeça e tento levar minhas mãos até minha cabeça mas percebo que minhas mãos estão amarradas. Sinto uma pontada de desespero porque 1) alguém veio aqui enquanto eu dormia e 2) eu não sei o que me fizeram e 3) também não sei o que pretendem fazer. Não sei o que fazer, só me desespero e vou até a escada me levantando com dificuldade e vejo que além de uma porta de madeira, tem uma porta de grade impedindo a saída. Isso não pode está me acontecendo. 


"A princesa acordou" Diz a voz e eu me viro procurando a voz e vendo na cadeira enferrujada uma silhueta que não consigo ver o rosto da pessoa. Me arrepio e a pessoa sai da poltrona escura, só agora eu percebo que a lâmpada está apagada e a única luz é um pequeno raio de sol vindo da janela pequena. "me pediram para eu fazer um negócio, que eu acho que vou amar" me arrepio quando consigo lembrar a voz e ver o rosto, Michael.

" O-Oque?" pergunto me tremendo todo e suspirando para manter-me sem gritar e desesperar

"Bater em você meu querido, e depois mandar uma foto de seu belo corpo machucado para sua família"

"O que você quer com eles? Nunca te fizemos nada. Quer dinheiro? Eu te dou dinheiro, mas por favor, me deixa ir, eu juro não contar nada a ninguém"

"Não se trata de dinheiro, e sim, de vingança"


Tento pensar em argumentos, mas antes que eu penso em algo um soco atinge minha boca fazendo meu lábios se chocarem contra meu dentes e começarem a sangrar. Grunho de dor e mais um soco me acerta, dessa vez no maxilar, me causando muita dor. Logo um chute forte no joelho, fazendo-me cair.

A dor é demasiada, mas eu me mantenho de olhos abertos e sem gritar para não lhe dar o prazer de ver que eu estou sofrendo, eu sou tão fraco e indefeso, com essas mãos amarradas, me torna um alvo bem fácil. 

Sinto um chute forte em minhas costelas, me fazendo arquear as costas e logo um chute na minha barriga fazendo eu dar um lufada de ar e as lágrimas começarem a cair air junto com os gritos de dor.


"Por favor, para!" é só isso o que eu quero afinal.


Vários socos são dados em meu rosto, eu já me sinto zonzo e o sangue desce de minha sobrancelha se misturando com o sangue da boca. Michael pega em meus cabelos, obrigando-me a olhar para ele e ele puxa ainda mais com força. Sinto algo molhado em meu rosto, ele cuspiu em mim e ri como uma criança a se divertir com seu novo brinquedo. É algo tão doentio. 

Ele chuta minha parte sensível - pênis -, soltando um grito torturado meu


"LUKE, ME AJUDA" Eu grito antes de ele pegar minha cabeça e bater a mesma contra o chão. Escuto um zunido em meu ouvido e perco meus sentidos rapidamente por conta da batida forte em minha cabeça. Sou puxado para a inconsciência. 


Daddy | L.S [Terminada/Edição Em Breve]Onde histórias criam vida. Descubra agora