Mente cheia

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Capítulo 3

Em minha mente cheia e problemática o mundo parece ter parado nesse minuto, assim como meu corpo que se encontra estático sentado na cadeira encarando o relógio redondo pregado na parede, da qual eu conheço tão bem. O tempo aparenta nunca mudar, uma hora meus olhos visualizam o relógio, outra hora concentro-me nas pequenas gotas que caem na pia da cozinha, em segundos.
E em outra dedico meramente no meu estúpido mal hábito de roer as unhas, não são exageradamente pequenas, porém também não são grandes, essa mania sempre se gradua na minha enorme ansiedade e preocupação em algo.
Minha mente cheia e em outros momentos tão vazia que chega a ser detestável. É correto afirmar que ficar aqui em torno desses  pensamentos estar se tornando algo incomodo pra mim, eu não sei o que pensar muito bem agora, mas a finalidade disso tudo era por causa dele, e já se tinha passado dias desde o encontro na biblioteca. Não é interesse, ao contrário eu me sinto uma tenebrosa, não sei me exprimir corretamente nesta situação.
Porventura é um tanto injusto da minha parte poder afirmar ele ser o responsável pelo o que aconteceu na biblioteca, ou talvez a errada e a culpada fora eu desde o início.
Mas de uma coisa eu estou certa, não posso ficar mais nem um segundo inerte nesta casa, o máximo a ter o que fazer é tomar um ar no frio glacial da cidade.
           
                      [...]

O lugar é bem primordial e deleitoso, todos da cidade visitam esse espaço, ocultava apenas a área das bebidas e dos homens pervertidos, era um restaurante vs bar, não havia ninguém daquela cidade que não conhecia Billy, que também se chamava o dono dali.
Billy era uma ótima pessoa, poderia chama-lo como o dono dos conselhos, era amigo  próximo do meu pai, isso já é o suficiente minha constante aproximação a ele, sempre se mostrava muito obstinado quando se tratava de mim e Jung Kook.
A música era tocada em uma melodia serena e equilibrada  como o volume do som, havia várias pessoas, e os homens que estavam ali me encaravam como se eu fosse alguma isca, o que era espantoso.
Tomei imediatamente meu assento a frente de Billy que enxugava uma taça de vidro na mão, em uma extremidade não muito próxima das pessoas, preenchir um silêncio vazio ao me sentar ali, até o momento de Billy falar algo.
----- Achei que havia me abandonado. - dei um pequeno e enfraquecido sorriso de sempre.
----- Estava com problemas, só isso. - falei aninhando meus dedos no topo do cabelo os jogando para trás.
----- E eram ruins? Ou melhor, são os mesmos? - perguntou ele.
----- Os de sempre. - falei.
----- Ah Minah por que você é assim tão complicada e teimosa? Precisa esquecer um pouco isso, que tal umas férias? Parece que o seu mundo gira em torno da morte do seu pai - Billy já era um homem de idade mas tinha uma ótima postura nem parecia que já estava com seus cinquenta e cinco anos, mas muitas coisas mudaram depois dos meus doze anos principalmente o fato de que odiava quem se intrometesse na minha vida, digamos que eu sempre fui bem auto-suficiente não precisava de ajudas, eu própria daria um jeito de conseguir.
----- Meu suco Billy e bem gelado - minha voz saiu fria e um tanto rouca, Billy assentiu e se retirou dali.
Uma vibração irritante tocou em meu bolso da calça, uma mensagem de Jung Kook.
" Estou estudando na casa de um amigo então não me espere pro jantar."
A idéia de Jung Kook fora não despertou nem um pingo minha alegria naquele momento, talvez meu problema apenas seja minha carência por afetos.

" Não quero você chegando em casa tarde, não demore por favor"
Mensagem enviada

Minha mensagem depois de alguns minutos ainda não havia sido visualizada, coloquei o celular no bolso e pus minha atenção no suco de maracujá que Billy já havia trago, dei uma bela golada e o gelo saiu rasgado minha garganta pela velocidade do frio.
Ao me inclinar para trás pude avistar uma roda de amigos a uma pequena distância de onde estava, e infelizmente eu já os tinha visto.
Era incrível a capacidade da coincidência de eles estarem no mesmo lugar que o meu, mas acho que a maior coincidência era de fato dele
estar ali, o sujeito que tem um incrível sorriso maquiavélico quando estar na diversão de bater em alguém, e sim eu estava com medo.
----- Quem são eles Billy?- Minha curiosidade estava me matando e como Billy conhecia todos ali muito bem, ele seria a pessoa ideal pra me responder.
----- Ah está me dizendo dos garotos? - afirmei com a cabeça. - São muito talentosos por sinal.- Billy falou com uma super confiança na voz. - Mas por que a curiosidade?
----- São da faculdade - dei uma golada no suco deixando trasparecer um pouco meu interesse pelo assunto.
----- O de cabelos planitados é o Kim Namjoom digamos que ele é o líder do grupo - falou Billy.
----- Tipo grupinhos de adolescentes problemáticos?- perguntei com os olhos fixos em Billy que parecia estar com uma aparência um tanto pensativa.
----- Não, claro que não.
Eles são conhecidos por algumas pessoas por participarem de shows de rapper. - Aquela pequena conversa já estava pra ficar mais interessante aos meus ouvidos.
----- E quem é o de Kap?- Minha pergunta mostrou claramente meu interesse ali.
----- Jung Hoseok, conhecido por ser o Vilã imprevisível   - Em todos os filmes que assistia conhecia os vilões por serem bem crueis e bonitos e pelo que havia visto não existia apenas nos filmes.
----- Como assim? - Perguntei.
----- Ninguém sabe o que ele pensa, o que acha e o que ele quer. Tudo que ocorre com ele é de modo inesperado, ele nunca fala da sua vida pra ninguém, consegue ser exclusivamente misterioso.

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⏰ Última atualização: Dec 17, 2016 ⏰

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