*Anne*Não acredito... será que foi isso?! Não imaginava que levariam isso tão a sério, muito menos que se aplicaria a ele também.
- Então... agora posso te fazer perguntas?
- Não. - Tão taxativo... e pensar que fiquei animada por nada.
Acho que meu desânimo foi óbvio porque ele grunhiu e disse:
- Antes que eu responda suas perguntas, você vai responder as minhas. Sempre. Quero que isso seja uma condição.
- As suas? Bem, claro... - Estava um pouco surpresa que quisesse fazer disso uma condição, mas tudo bem. Não é como se fosse negar algumas respostas. Vejamos o que ele quer saber!
Esperei. 177 apenas continuou me encarando. E como num estalo lembrei que ele já tinha feito suas perguntas!
- Ah sim! Certo, o que você queria saber mesmo? - Tentei lembrar... foram tantas e tão de repente.
- Dra.? Vou entrar...
- Oh não! Não ouse! - Droga, ele poderia estragar o bom humor de 177. Que já estava tenso e focado na porta.
- Mas...
- Apenas leve as amostras, é tudo que preciso agora. - Como esses técnicos me irritam. Ele saiu depois de murmurar um palavrão. - Isso me fez lembrar, você perguntou "por quê".
Não olhe pra ele, simplesmente não olhe nos olhos dele. Vamos, não é tão difícil assim...
- É óbvio que me preocupo com você, afinal é meu paciente e também um ser humano. Não quero que sinta dor, eu seria uma médica horrível se deliberadamente causasse ou ignorasse isso.
Gostaria de ver sua reação às minhas palavras. Se o tratamento que o vi receber até agora for uma pista, então deve ser um conceito totalmente novo para ele... Isso me deixou triste. Enfim, concentre-se.
Como não houve nenhum comentário, resolvi continuar:
- Sua outra pergunta foi por quê vão me trocar por outro médico? Isso eu já expliquei. Não me ouviu? - Fiquei preocupada, como faria para examiná-lo se ele é tão difícil? Poderia ser a audição? (Descartei na hora, é perfeita.) Dificuldade em assimilar informações? (Talvez... mas como quase não fala é difícil de confirmar.) Memória curta? (Hum... provavelmente não, mas testes simples diriam.) Não prestou atenção? Pensando bem... essa é a mais provável... (a questão é se por déficit de atenção ou simples desinteresse.)
Com um suspiro resolvo explicar de novo, de forma resumida:
- Assim como os técnicos recebem ordens minhas aqui, eu também recebo ordens. Elas são, basicamente, apresentar resultados. Para que eu possa fazer isso, às vezes, vou precisar de dados que apenas você pode me dar. Assim, posso confirmar e juntar com os que já obtive através de exames e monitoração. Como você não respondia, o que tenho agora está incompleto, já que não posso saber a intensidade dos efeitos colaterais e se há outros além dos que já notei. Vão atribuir você ao Dr. Polanitis para que ele consiga o que eu não consegui e termine o meu trabalho.
...... (Ele vai continuar sem dizer nada? E eu que pensava que tínhamos feito um progresso. Tão boba como sempre.)
...... Podia sentir a intensidade de seu olhar incomum. Seria mais fácil se pudesse olhá-lo diretamente, avaliando, pelo menos um pouco, seu estado de espírito. (Ele ficará bravo se olhar? Bem rapidinho não tem problema, certo?)
- Pare com isso. - Ele disse com uma voz tão profunda e sem emoção que acabei realmente olhando. E continuei, com os olhos muito abertos.
~~~X~~~ ~~~X~~~ ~~~X~~~
Oioii!!! Quanto tempo T.T Ok, tá de madrugada e aqui estou... Esse foi menor que o anterior (preferem como?). Espero realmente que gostem. Me digam suas opiniões \o/
BjaO ;*
Cathe.
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The Love
FanfictionUm Nova Espécie antes e depois do cativeiro. Um considerado uma falha. Um amor conquistado aos poucos dentro das paredes das Indústrias Mercille. Um muito improvável... "Eles me chamam de Louco, ela me chama de Amor..." Essa história se passa no mun...