Capítulo 6

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A casa era tão bonita por dentro, quanto por fora.

Benjamim cozinhava escondidinho de frango, enquanto eu apenas ajudava cortando os legumes e lavando a louça.

Ele sabia que eu não possuía talento algum na cozinha.

Fiquei sentada na bancada apreciando a bela vista de Benjamim cozinhando, quando terminou, percebeu que eu o observava, e veio em minha direção.

-Você não deveria me olhar assim. –censurou-me.

-Por quê? –questionei, meus dedos brincavam com o botão abaixo da gola de sua camisa pólo.

-Fico com vontade de torná-la minha. –respondeu lançando-me um olhar ardente.

-Estou feliz em saber que te deixo assim, com apenas um olhar. –provoquei.

-Você está me provocando muito. Quero fazer tudo com calma, mas você não está colaborando.

-Não sei o que está acontecendo comigo. –confessei sem encará-lo.

-Ei linda. –ele segurou meu queixo para eu olhá-lo nos olhos. –Isso não é ruim. Gosto de vê-la assim, se soltando mais, despreocupada.

-Esse é o problema, Benjamim. Essa não sou eu, não sou de ficar provocando e fazendo insinuações.

-É você sim, Vivian. Com a grande diferença de que não há pressão de ser perfeita a toda hora. Você é humana, não precisa ser sempre a certinha. Mostre seu lado pecadora, também.

Sempre que me diziam isso, sentia-me mal. Não queria ser perfeita nem certinha. Eu simplesmente era assim. Tinha que ser para agradar minha avó, e acabou virando parte da minha personalidade.

-Eu quero mudar isso. Nunca gostei de ser considerada santa por todos.

Benjamim sorriu com ternura. –É bom ouvir isso. Não se preocupe mais com esse assunto. Seja você mesma, sem medo, sei que consegue.

Abri um sorriso.

-Agora, vamos almoçar?

-Sim, estou faminta.

          ***

 Após o almoço, me ofereci para lavar a louça novamente, e Benjamim as guardou, agilizando o trabalho.

-Você quer ir à praia? –perguntou Benjamim, após guardar a última louça.

-Sim. –respondi animadamente.

Ele enxugou as mãos. –Temos que ir ao quarto, colocar a roupa de banho.

Estava no banheiro, em dúvida de qual biquíni escolher. Vermelho ou preto?

 No fim escolhi o vermelho e me vesti rapidamente. Não consegui amarrar o fio da costa sozinha, tive que pedir ajuda.

Saí do banheiro, Benjamim me examinou por completo, fazendo eu me sentir exposta e querer me cobrir com as mãos.

-Você tem um corpo magnífico. –elogiou, vindo em minha direção.

Seu comentário me deixou mais envergonhada ainda.

-Você pode me ajudar a amarrar? –pedi, virando de costas para ele.

-Claro.

Seus lábios tocaram meu ombro, meu corpo respondeu instantaneamente com onda de tremores.

Benjamim terminou de amarrar e me virou de frente para si.

Ficamos nos encarando por alguns minutos em silêncio. Seus olhos estavam negros.

Doce SeduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora