Cida: Posso te fazer uma pergunta?
Larissa Manoela: Pode sim. — Limpei minhas lágrimas. —
Cida: Esse filho é do João? — Balancei a cabeça positivamente. — Ôh, eu tenho certeza que o João não vai te deixar desamparada.
Larissa Manoela: Não, o João não pode saber que eu estou grávida de um filho dele.
Cida: Como não?
Larissa Manoela: Eu preciso ligar para a minha mãe, pode me dar licença?
Cida: Claro. — Ela me deu um beijo na testa e saiu do quarto. Peguei meu celular, minhas mãos estavam trêmulas, disquei o número da minha mãe, não demorou muito e ela atendeu. —
Silvana: Lari?
Larissa Manoela: Mãe, eu preciso muito de você. — Não consegui conter as lágrimas. —
Silvana: O quê aconteceu com você? — Senti um desespero em sua voz. —
Larissa Manoela: Eu estou grávida! — Ela ficou um tempo calada. — Não briga comigo, eu não sei o quê fazer.
Silvana: Como assim, vocês não se preservaram?
Larissa Manoela: Eu nem lembrei da camisinha e muito menos ele, foi só aquela vez.
Silvana: Você tem certeza?
Larissa Manoela: Sim, eu fiz três testes, todos deram resultado positivo. — Ouvi ela respirando fundo. —
Silvana: Eu sofri tanto quando você decidiu abortar aquele bebê. — Escorreu uma lágrima. —
Larissa Manoela: Dessa vez vai ser diferente, eu vou ter essa criança.
Silvana: E como pensa que vai criar essa criança? O João já sabe?
Larissa Manoela: Não, ele não vai saber disso nunca. Se ele não quis nem assumir um relacionamento comigo nesses 3 meses que estamos vivendo juntos, ele não vai querer nem saber de um filho, é muita responsabilidade.
Silvana: Você não tem condições financeiras de criar um filho sozinha, Larissa Manoela! — Ela ficou nervosa. —
Larissa Manoela: Eu já sei o quê vou fazer, pode ficar despreocupada. — Terminei de conversar com ela e desliguei o telefone, peguei meu notebook, abri meu e-mail, fiz um pequeno texto e enviei para a Aghata, uma amiga de infância que mora em Hollywood, ela sim poderia me ajudar. (...) 17h o João chegou em casa, ele veio todo sorridente e me deu um beijo daqueles que só ele sabe dar. —
João Guilherme: Passar o dia todo longe de você é tortura.
