Carência

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Silvana: João, muito obrigada! — Eu e o João nos afastamos. —
João Guilherme: Não precisa agradecer. — Eles se abraçaram. Depois disso nós fomos para casa, chegamos já era 20h. — Acho que eu vou ver onde vou passar essa noite.
Silvana: Como assim?
Larissa Manoela: Nada disso, você vai dormir aqui comigo.
João Guilherme: Não quero dar trabalho.
Larissa Manoela: Eu juro que te bato se você sair por aquela porta.
João Guilherme: Bate, é? — Ele foi até a porta, mas logo voltou. — Tudo bem, eu fico aqui.
Silvana: Acho bom mesmo. Podem se sentando na mesa, o jantar já está pronto. — Nos sentamos e começou a comer, percebi que os meus pais gostaram muito do João e fiquei muito feliz com isso. Quando terminamos, meu pai e o João foram assistir o jogo do Palmeiras, enquanto eu e a minha mãe arrumávamos a cozinha. — Você gosta dele, né? Dá pra ver nos seus olhos.
Larissa Manoela: Ele mexe comigo sim, mas acho que ele não quer nada sério comigo.
Silvana: Como não? — Ela disse enquanto secava os pratos. —
Larissa Manoela: Desde o nosso primeiro beijo, ele nunca tocou no assunto de namoro. — Terminei de lavar a louça e sequei as mãos. —
Silvana: Homem é tudo assim, mas dá para ver na cara dele que ele gosta muito de você também. — Eu sorri. — Vem cá, posso te fazer uma pergunta séria?
Larissa Manoela: Claro.
Silvana: Vocês já transaram? — Ela falou de uma vez, eu a olhei com os olhos arregalados. — Você nunca escondeu nada de mim, não vai ser agora, né.
Larissa Manoela: Não, mãe. A gente só se pega de vez em quando e fica só por isso mesmo.
Silvana: Você sabe muito bem o que aconteceu no seu último namoro, né? Então, me promete que vai se preservar.
Larissa Manoela: Pode deixar, não vou fazer mais essa burrada. — Minha mãe estava falando do meu ex-namorado, ele me engravidou e sumiu quando soube, eu só tinha 15 anos e precisei abortar. Quando todos foram dormir, eu e o João fomos para o meu quarto. — Tá com sono, bebê?
João Guilherme: Eu tô é carente. — Eu ri. —
Larissa Manoela: Que dó de você.
João Guilherme: Ah, não. Você não vai me deixar aqui carente, né? — Fez bico. 


Jolari Saudade IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora