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Quanto mais abria aquela porta com cautela, mais seu coração acelerava e dava umas pausas fortes, a curiosidade e o medo de ver como Harry estava depois de tanto tempo, tomava seus pensamentos, nada nem ninguém poderia fazer isso por ele, então o faria.
"Olá, eu... Sou... Louis, me disseram que você estava mal e eu vim tirar essa tristeza de você"-Tentou se acalmar para não assustar o menino deitado de costas para si, parecendo desanimado.
"Louis? É o nome do meu melhor amigo, quer dizer... Não sei se ele é meu amigo ainda, e se quiser tentar tirar minha tristeza tente, mas acredito que não vá funcionar"-Ainda não tinha virado para ver quem era o homem com a voz mais bonita que ta ouvira.
"Você sente falta desse amigo? Quer conversar comigo? Não precisa falar se quiser, e nem olhar para mim, eu sento aqui do seu lado e só ouço, sem problemas"
"Tudo bem, acho que já está na hora de falar sobre isso com alguém, quem sabe eu me sinto melhor. -Continuou de costas para Louis, e limpou a garganta para começar. -quando eu tinha uns 5 ou 6 anos, eu comecei a passar muito mal, tinha febres, perdi muito peso, tinha dores, emfim. Ninguém sabia dizer o que era, achavam que era um resfriado ou uma gripe que passaria logo, mas não foi bem assim. Consegui melhorar um pouco até meus 12 anos, claro que até lá, fiquei tomando remédios e fazendo várias consultas com médicos e especialistas. Quando vi que não tinha mais jeito, tive que mudar de cidade para ir mais a fundo e descobrir o que eu tinha. Minha mãe não tinha, não tem ainda, dinheiro pra fazer todos esses tratamentos e tomar mais remédios que saiam muito caro, fora que ela tinha que cuidar das minhas irmãs e ela não daria conta.
Novamente teria que mudar de cidade, mas resolvi vir sozinho, deixando minha mãe tentar ser feliz cuidando das minhas irmãs, e talvez se preocupando menos comigo. Então o ponto da questão é que nesse meio tempo, eu conheci uma pessoa muito especial, eu tinha 5 e ele 7 eu acho, ele foi maravilhoso, o melhor amigo que eu poderia ter, quando eu comecei a ir para o hospital, ele escrevia cartinhas para mim ou colocava no diário dele, tudo que acontecia, pra que o dia que eu voltasse, eu poderia saber de tudo que tinha acontecido. Mas esse dia não chegou, eu chorava todas as noites naquela merda pedindo ajuda, pedindo pra alguém trazer meu Louis, pra alguém falar pra ele tudo que eu estava sentindo, e ninguém me ouvia, ninguém me entendia. Quando eu voltei pra casa, já era tarde demais, ele já havia se mudado, e a única vez que sorri durante aqueles anos, foi achar o diário dele na minha gaveta, eu nunca senti tanta saudade, o aperto que eu sinto no meu coração por nunca mais ver ele, nunca vai passar, e o pior é que tenho pouco tempo, e não posso nem pedir desculpas, e dizer que eu não fugi dele, que não foi minha culpa a gente ter se distanciado, as vezes eu acho que se ele me visse, morreria de remorso por eu ter esquecido, mas não foi bem assim eu juro"-Emfim, as lágrimas rolavam desesperadas pelas bochechas de Harry, se sentia incomodado por estar falando isso para alguém que nunca tinha visto, mas ninguém o ouvia a tanto tempo que nem ligou para isso.
"V-vo-você tem esse diário aí?"-As lágrimas foram inevitáveis para Louis também, afinal não acreditava que seu sweetcurly tinha sofrido tanto.
"Sempre carrego ele comigo, está na bolsa em cima da cômoda"-Apontou o lugar e Louis pegou seu diário. E logo sorriu ao ver o quanto ele amava Harry e o sentimento não tinha passado nem um pouco depois de tantos anos.
"Você sabe meu nome Harry?"
"Louis não é?"
"Isso, Louis Tomlinson, o seu garoto, o garoto que sempre amou você, e que nunca vai deixar de amar"
Os olhos azuis encontraram os verdes, os sorrisos envergonhados dos dois se misturaram e em poucos segundos se abraçavam como se precisassem disso para sobreviver.

Não corrigi esse cap gente, me perdoem qualquer erro, e espero de verdade que gostem.
Kris :)

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