Who is my father?

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Michael POV

- Que cara é essa Alana? - Calum perguntou quando nós chegamos para o ensaio. A Carol veio junto para fazer companhia a Ana.

- A garota ainda não ligou? - Ashton perguntou.

- Não, e nunca vai ligar. - Ana disse, tentando não chorar de novo.

- Você devia ter ficado comigo como eu sugeri. - Ashton disse rindo.

- Cala a boca, Irwin. - Ana riu também.

- Vem calar, Becker. - Riram os dois.

- Ei, ei, ei. Só eu chamo ela de Becker. - Protestei rindo.

- Tudo isso é ciumes, Mike? - Luke perguntou, rindo também.

- O que podemos fazer para te animar, Ana? - Calum perguntou.

- Cantem! - Ordenou Ana.

- Só depois que você nos apresentar a sua amiga. - Luke disse, olhando para a Carol.

- Você não perde tempo, não é, Hemmings?! - Ela riu. - Essa e a Carol, ela que botou o video do Mike na internet. Carol, esses são Luke Tarado Hemmings, Ashton Pega-Todas Irwin e Calum Gayzão Hood. -Disse apontando pra eles.

- Assim você me que quebra, Alana. - Reclamou Calum, rindo.

- Agora comecem esse ensaio de uma vez antes que eu volte a chorar.

  Cantamos as mesmas músicas da festa e mais alguns covers de bandas de rock antigas. As garotas pareciam se divertir muito, e quando o ensaio acabou, os meninos só pensavam em uma coisa.

- VERDADE OU CONSEQUÊNCIA! - Gritou Ashton, tocando a bateria.

- Vocês só pensam nisso? - Perguntou Alana rindo. - Espero que peguem leve com a nossa convidada.

  Nós sentamos todos em roda novamente. Caiu em mim e em Carol.

- Verdade ou consequência?

- Verdade. - Ela disse tímida.

- Você não parou de olhar o Calum dês de que o viu, me diz... Você acha ele sexy? - Ela corou.

- Michael! - Alana me olhou irritada.

- Sim, eu acho ele sexy. - Carol confessou. Depois caiu em Ashton e Alana.

- Verdade ou consequência?

- Consequência.

- Me beija. - Ashton sendo Ashton.

- Você é persistente. - Alana disse se aproximando.

- Tenho que ser. - Ele disse com um sorriso malicioso. Ela se aproximou, segurou o rosto dele, deu um selinho e voltou pro lugar. - Isso não é um beijo de verdade.

- Você não especificou, Irwin. - Ela riu. Depois caiu em mim e Alana que escolheu consequência.

- Você vai beijar a Carol.

- Por que eu que tenho que beijar todo mundo? - Ela perguntou revirando os olhos, logo em seguida beijou a Carol por alguns segundos.

- Isso é um beijo de verdade! - Exclamou Ashton. - E ele também não especificou.

- Como é ser a unica garota que não cedeu aos encantos do Ashton? - Calum perguntou rindo, para Alana.

- Emocionante. - Rimos. Coincidentemente, a garrafa caiu em Alana e eu. Ela me olhou com malicia nos olhos. - Já que você acha legal fazer eu beijar minha amiga, você também vai fazer isso.

- Vou beijar a Carol? - Perguntei rindo.

- Não, o Hemmings. Por três segundos. - Aquela demonia. - Você não me perguntou se ele beijava bem? Agora você vai saber.

  Eu não entendo as regras desse jogo, não sei por que a gente faz algo que não quer como se fossemos obrigados. Beijei o Luke pelos malditos três segundos. Foi estranho, diferente, mas não foi ruim.

- E ai? - Alana perguntou. - Ele beija bem?

- Não quero falar sobre isso. - Disse imitando uma garota. Todos rimos.

  Depois de um tempo o Ashton já tava de boxer e eu estava usando uma calcinha por cima da calça. Caiu em Luke e Carol.

- Consequência. - Carol escolheu.

- Beijar o Calum por 15 segundos.

- Hemmings! - Alana olhou irritada para ele. Carol se aproximou de Calum e o beijou.

- 3... 2... 1... - contamos juntos. 0, -1, -2, -3 e eles ainda estavam se beijando.

- Vamo separar aí, isso já ta ficando nojento. - Protestou Alana, fazendo com que os pombinhos se separassem.

  Depois de meia hora todos os meninos estavam de boxer, menos eu, felizmente. Eu maquiei Alana em vingança ao ultimo ensaio e Carol pintou uma mexa do cabelo de verde com o resto de tinta que eu deixei na casa do Calum. A Carol teve que ir embora, encerrando a brincadeira.

- Nos vemos depois. - Disse Calum, fechando a garagem. Fomos todos para casa.

  Chegamos na frente da casa da Alana, ela ainda tava meio abatida por tudo o que aconteceu, e eu não queria que ela passasse outra noite chorando.

- Vamos fazer o seguinte. - Disse pra ela. - Nós vamos ficar conversando pelo buraco até você dormir.

- Por que? - Ela perguntou rindo.

- Por que eu não quero que você durma chorando outra vez, ai quem não dorme sou eu.

- Ok, cabeça de alface. Não choro mais. - Disse ela, levantando as mãos em rendição.

- Pensei que era repolho. - Ri

- Repolho me da gases. - Rimos.

  Entrei em casa e logo vi a minha mãe sentada no sofá assistindo a um seriado antigo.

- Olá Sra. Clifford. Como vai? - Disse sentando do lado dela.

- Eu vou bem, e você?

- Acho que sim.

- Sabe, seu pai ficaria orgulhoso em saber que você tem uma banda. - Ela sorriu fraco.

- Mãe, quem é o meu pai? Você sempre muda de assunto quando eu pergunto, mas eu preciso saber.

- Filho... - A voz dela falhou. -Quando eu fiz 18 anos, fui em uma dessas festas de adolescentes cheia de bebidas e drogas, foi lá que eu conheci seu pai. Nos apaixonamos, meus pais não gostavam dele, por que ele cheirava a bebida, mas ele também tinha suas qualidades. Ele também pintava o cabelo, e tocava bateria em uma banda. Um dia eles receberam uma proposta para assinar em uma gravadora nos Estados Unidos, nos casamos em Las Vegas, foi uma noite muito louca. - Ela riu fraco. - Mas aí nós brigamos e eu voltei para casa sozinha de avião. Seu pai e os amigos deles pegaram o voo para Sidney no dia seguinte, mas o avião caiu. Era pra mim estar naquele avião, mas nós brigamos e isso acabou salvando a sua vida, Mike. Seu pai também se chamava Michael, e você me lembra muito ele.

  Senti lagrimas escorrendo no meu rosto, abracei minha mãe que começou a chorar também. Depois de um tempo abraçados ela foi dormir e eu fui para o meu quarto.

- Eu descobri quem é o meu pai. - Disse, me sentando ao lado do buraco.

- Quem é? - Ouvi a voz da Alana do outro lado.

- Longa história. - Suspirei.

- Temos a noite inteira.




Capítulo dedicado a #Muke.


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