capitulo 2

68 0 0
                                    

Nasceu e se criou na mesma cidade que eu, Nova York . Teve uma vida difícil.

***

Aos 18 anos concebeu uma filha com um americano, sem planejar a gravidez. O sujeito foi aprender engenharia de som em Nova York e acabou viciado em heroína.

***

Menos de uma década depois, sob custódia do Estado por tráfico, foi encontrado morto, assassinado com dois tiros na cabeça perto do portão de sua casa em Maryland.

***

Aparentemente uma briga de bar mal resolvida: "Atira! Pode atirar! Não ligo mais. Já perdi tudo nessa merda de vida", teriam sido suas últimas palavras.

***
Minha relação com Sylvia era quase que pura lascívia, agressiva, animal, anal. Um espetáculo. Não tínhamos limites, vivíamos esfolados.
Adorava vê-la jogada na cama, exausta, ainda tremendo de seus orgasmos e gemendo num misto de dor e prazer.

***

Adorava sentir o cheiro de sexo no ar depois de tantas horas trancados no quarto. Transávamos na praia ao cair da tarde, numa rua, encostados num carro qualquer, até por telefone e internet, quando distantes fisicamente.

***

Trocávamos tapas, deixava marcas de minha mão em sua bunda, amarrava-a com lençóis e por vezes a surrava com cinto.

***

Mas a vida foi me levando, me levando, e terminei com Sylvia definitivamente em medos de janeiro de 2008. Disse, por telefone, que queria "viver" e ela entendeu, ou pareceu entender.

***

Depois de um ano e meio vivendo um namoro a distância, estava solteiro. Me joguei nos quentes braços de Lady Apple.

Eu Amei Victoria BlueOnde histórias criam vida. Descubra agora