Prólogo

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Anos antes...

No calabouço de um castelo, um homem andava. Um feiticeiro. Ele tinha sido treinado pelos melhores. Seu pai o havia criado pra comandar.

Era duro e cruel como nenhum pai seria com um filho, mas ele aprendeu que deveria fazer de tudo pra continuar no topo. Acima de tudo e todos. Não importa quantos ele tivesse que matar.

A masmorra era a masmorra do palácio Redmont, castelo e principal residência dos Pridmore, a família real de Belize. O nome Spirit Maze teve origem na lenda de que as celas eram assombradas por seu primeiro prisioneiro, um homem chamado George Bush, que morreu ao derrubar uma das tochas que iluminavam o local no próprio corpo enquanto o torturavam.

O feiticeiro estendeu a mão direita, e os homens que vigiavam as celas caíram desmaiados.

Sua capa cinza se arrastava no chão, zoando. Ele não possuía cabelos, a pele era tão branca que suas veias inacreditavelmente azuis despontavam visíveis, pra quem quisesse ver.

Mas o homem não tinha um coração.

A Rainha havia tido uma filha.
Uma filha que, de acordo com as suas previsões, seria uma grande desgraça para o reino.

Precisava sumir com ela.

Suas visões não eram específicas, mas ele tinha que proteger seu reino.

Ele já governava aquele país.
Não era rei, mas conseguia dobrar o rei em 2 segundos.

O ser humano é um ser estúpido e egoísta. E exatamente pelo egoísmo, aquele feiticeiro andava nos calabouços.

Tinha mandado pegarem a menina.
Hallan acharia que ela foi sequestrada.

O homem estava no final do caminho. A criança em seu colo.

Era um beco escuro, sem vida. Todos ali podiam ser considerados ladrões, assassinos ou foras da lei, mas nem todos eram realmente.

Pegou a criança do colo do homem.

Pobre homem.
Achava que iria ter sua mulher de volta.

Com um olhar indiferente, lançou o punhal no peito do homem.

Diretamente no coração.

Nunca errava.

A cobra que sempre andava escondida em sua túnica não estava ali. Não queria que o animal assustasse a menina.

Ela precisava morrer em silêncio. E bem longe dali.

Enquanto andava pacientemente pelo corredor, fazendo o caminho oposto dessa vez, pensava em maneiras de como matar aquele bebê.

A menina dormia pacientemente em seu colo. Os cabelos pretos despontavam em sua cabeça.

Seria adorável. Se não pudesse destruir-lo.

Um vidente disse ao bruxo que a menina, que tinha sangue cheio de magia, faria com que seu poder se acabasse. Ele não poderia controla-la como controlava Hallan.

Por esse motivo, quando a escuridão caiu, o feiticeiro estava de pé na beira de Alharmir, o maior penhasco de Belize, pronto pra jogar a criança de lá.

Se ela não morresse com a queda, com certeza morreria afogada.

Soltou a criança.

***

Vou apresentar a fic no próximo capítulo. ;)

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Obrigada!! :')

De sua autora, Bridget Díaz.

This Is WarOnde histórias criam vida. Descubra agora