Capítulo 5

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Era duas e meia quando eu ouvi a porta de frente bater anunciando a chegada de Jack e três e quarenta quando todas estavam dormindo menos eu. Se a curiosidade matasse, eu já estaria morta.

Sai delicadamente do quarto de Molly (eu estava dormindo lá enquanto Angel dormia no quarto de Laura) e fui em direção a porta. Molly abriu os olhos.

- Aonde você vai? - Ela perguntou sonolenta.
Pensa Anne...

- Pegar água. - Eu disse sorrindo.
- Ah... - Ela virou e voltou a dormir.

Sai de fininho e fui em direção ao quarto de Jack. A porta estava entreaberta e eu encontrei o mesmo deitado na cama, sem camiseta e apenas com a calça de moletom de pijama. Sorri e ele se sentou.

- O que você quer assistir? - Ele perguntou jogando o controle para mim.

As três e quarenta e cinco a televisão não tinha nada de útil então acabei deixando no History Channel onde passava um documentário sobre extraterrestres.

- Espero que você não tenha medo. - Dei de ombros deitando na cama dele, que era enorme.

Jack apenas deu de ombros e pegou o celular e eu revirei meus olhos.

- Quakl é a sua Gilinsky? - Eu perguntei. - Você me chama pra ficar mexendo no celular? Acho que você poderia fazer isso sem a minha presença.

- Te chamei porque é bom te ter aqui do meu lado.

Eu tentei disfarçar um sorriso mas não deu muito certo.

- Qual é a sua estranho? - Eu perguntei arqueando a sobrancelha e ele apenas riu.

- Posso ser considerado o seu misterious guy.

- Meu? - Eu disse e ele riu.

- Você não esta satisfeita com nada. - Ele disse rindo. - Você quer mesmo saber sobre minha vida, docinho?

Eu dei de ombros.

- Conte se quiser. - Eu disse e ele riu.

- Não cola essa de conte se quiser. - Ele imitou uma voz afeminada fazendo eu rir baixo. - Eu sei que você quer saber.

- O que eu quero saber? - Eu fiz o melhor tom de voz desafinador que eu consegui.

- Eu não sei. - Ele disse rindo e colocando o celular no criado-mudo. - Você me intriga, Silverman.

- E porque eu te intrigo, Gilinsky? Eu aposto que você já conheceu mulheres bem mais interessantes do que eu. - Ele riu.

- Esse é o problema, Silverman. Eu conheci. Mas nunca tive vontade de saber mais da vida delas igual eu tenho da sua.

- Gilinsky, eu já te contei o quanto a minha vida é monótona e eu juro que eu não sei como você não dormiu enquanto eu te contava. - Eu disse com um sorriso brincalhão no rosto.

- Meu pai quer que eu assuma a empresa. - Ele disse dando de ombros. - Você não tem noção alguma do quanto eu odeio esse negocio de família. E ser o único homem da família faz meu pai me pressionar muito mais. A Molly queria tudo isso. Ela queria governar o negocio da família. - Ele disse suspirando. - Por isso nosso relacionamento não é o melhor igual eu ou ele temos com Lauren. Lauren é a única que conseguiu o que queria: ser advogada. Ela enfrentou papai e eu a admiro por isso. Mas ela tem futuro, se ela não achar trabalho nenhum ela poe ser advogada de empresa. Mas eu quero ser músico, Anne. Músico. - Ele falou como se fosse a coisa mais horrível do mundo. - Onde a empresa irá me ajudar se eu não achar trabalho?

- Porque Molly não conversa com o seu pai? - Eu perguntei.

- Meu ai é machista, Anne. Ele acha que nenhuma mulher tem capacidade de assumir as empresas Gilinsky. O que me deixa com mais raiva porque ninguém é tão preparado quanto aMolly para administrar t udo isso. - ele disse pegando minha mão e brincando com meus dedos. - Eu sinceramente não sei o que você faz comigo, Anne... Mas eu tenho uma confiança em você que eu não tenho em mais ninguém. - Eu sorri. - Vem, quero te mostrar uma parte de uma música que eu escrevi.

Ele se levantou e eu apenas sentei na beirada da cama o esperando. Ele pegou um papel com vários escritos e um marca texto e começou a grifar o papel.

- O que está grifado é a unica coisa que eu tenho certeza que eu vou usar nessa música. - Ele disse sorrindo. Estava escrito no topo Cheat Codes.

(...)

- Jack... Ficou demais isso! - Eu disse sorrindo. Meu Deus, ficou muito boa. Você não precisa marcar só essas partes. Marque tudo.

JACK GILINSKY

Eu sorri. Realmente, um elogio vindo dela seria muito para mim. O que ela não entendeu é as partes que eu grifei, eram para ela. Eu escrevi pensando nela.

Ela bocejou e deu um beijo delicado na minha bochecha.

- Irei dormir Gilinsky. Sua irmã deve estar achando que eu fui embora porque eu disse que fui pegar água. Boa noite.

Ela saiu do meu quarto e fechou a porta delicadamente e eu cai na cama.

Suspirei.

Anne Silverman mexia comigo como nenhuma garota conseguiu mexer. ela simplesmente apareceu na minha vida e fez eu confessar coisas para ela que nem meus amigos sabiam. E isso me intrigava afinal ela era uma pessoa tão... normal comparada a alguém como eu. Sem contar no seu jeito de falar dos meus problemas. Ela fazia eu me sentir como um completo idiota, como se meus problemas fossem fáceis de resolver e eu não viaque a solução estava ali na minha frente.

Talvez a solução esteja.

Talvez a solução seja Anne Silverman.

Eu estava perdido. E, provavelmente, não queria achar saída tão cedo.

Talvez eu gostasse desse labirinto que ela me deixou.

NOTAS FINAIS:

Então gente, esse foi mais um capítulo. E só tenho a dizer a vocês que vem muuuuito pela frente ainda! Por favor deixem algum comentário para me incentivar. Podem fazer critícas. Contando que sejam construtivas. Vai me ajudar bastante. E se você estiver gostando da história, votem POR FAVOOOR vai ajudar bastante também <3

Então é isso Monamus <3 Nos vemos no próximo capitulo, beijo fui.



As Desvantagens De Ser InvisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora