Milhares de anos se passaram desde a grande guerra. Os antigos seguidores das trevas fugiram para o continente distante. Foi determinado que cada continente teria o nome de um Deus. O continente negro. Como e chamado o local onde os seguidores de Khigor vivem e um local muito perigoso. Alguns antigos dizem que os dragões vivem lá. Sendo criados pelos Khigorianos para um dia atacarem toda a Eclisys. Se vingando do passado e trazendo o reino das trevas sobre nós.
Por esse medo antigo existir foi criado uma aliança poderosa com todos os continentes da luz para se defender. Somente os melhores guerreiros e magos vão para a Legião. A legião e uma grande fortaleza que treina todos para uma possível batalha. Ela é dividida em três grandes armas. Arma real, policia armada e a mais temida e poderosa. A Égide. O escudo de Eclisys. O treinamento deles e o mais pesado e terrível. Porém eles tornam os mais poderosos guerreiros e guerreiras.
O sonho de muitas pessoas e entrar para a guarda real para proteger a corte. Mas por medo de falhar no treinamento muitos desistem. Eu sou uma das que não irá falhar. Meu nome é Viktoria. Tenho me preparado a vida toda para ir ser uma sentinela da Égide. E agora chegou meu momento. Sou uma garota normal. Com cabelos negros como a noite sem lua. Olhos castanhos mel. Lábios vermelhos e pele branca. Com algumas sardas pelo rosto. Eu sou de uma família de camponeses que vivem ao redor da grande cidade de beghloud. Uma grande metrópole onde vive a corte. Muito promissora para quem sabe como se virar. Tem seus defeitos mas não importa. Nada vai me impedir de seguir meu sonho.
Após 4 horas de viagem de carona numa carroça de melancias eu estou finalmente contemplando o arco de entrada da citadela. Todo emoudurado com ouro e cheio de desenhos tribais circulares. Em cada lado existe uma estátua gigante de aço do grande Deus das lutas Septerium. Andei até o meio do arco onde se encontrava uma pequena guarida com três guardas. Pedi informação sobre o Pretorian. Local de alistamento e treinamento dos guerreiros. O mais velho dos guardas me indicou o caminho. Agradeci e segui viagem. Eu carregava somente uma bolsa com mantimentos básicos e meu velho arco com uma aljava. Meu arco e bem comprido e tem duas curvas espiraladas nas extremidades onde se prende as duas cordas. Uma para tiro de pouca distância e outro para o de longa.
Andei até o pretorian como indicado e logo vi uma área de tiro para sentinelas. Lá havia um garoto de capuz preto e casaco de couro também preto. Ele mirava no mais distante alvo. Dava para ver sua concentração. Sua respiração se acalmando. Os dedos suavizando lentamente e por fim.
Zaaaap. Bummp.
A flecha acertou bem no centro do alvo. Não era algo tão impressionante. Com muito treino e dedicação era possível acertar o alvo naquela distância. Olhei para o alvo. Tinha algo estranho. Forcei a visão para ver melhor e vi que eram um amontoado de flechas no centro. Uma dentro da outra.
--- Isso sim e algo impressionante. Comentei baixinho. Olhei na direção do garoto mas ele não estava mais lá. Olhei ao redor. Ele havia sumido. Dei de ombros e segui em frente até o balcão de inscrições. Sem fila alguma. Ótimo. Odeio esperar. Olhei para uma senhora de óculos quadrados que escrevias em pedaços de papeis. Quando ia começar a falar ela me pergunta sem tirar os olhos dos papéis.
--- Qual são as suas habilidades?
Pisquei os olhos duas vezes processando a pergunta antes de mostrar minha inteligência superior com uma outra pergunta.
---O que?
--- Surdez não e uma habilidade que precisemos. Volte para onde veio.
--- Eu não sou surda.
--- Parece que não. Então. Quais são as suas habilidades? Se tiver alguma é claro.
Que mulher irritante era ela. Porém deveria estar fazendo seu trabalho e eu estava atrapalhando.
---Sou muito boa no arco e flecha. Tenho uma ótima visão, sou muito silênciosa e cautelosa. Falei tudo com grande gosto. Eu era a melhor arqueira fora da legião. A mulher me olhou no fundo dos olhos e levantou de sua cadeira. Virou para a esquerda e saiu por uma porta de sua pequena cabine. Me olhou de baixo para cima. Me analisando. Me estudando e ao olhar para baixo riu com desdém.
---Tem uma visão boa. E silênciosa e que eu saiba deve ser cautelosa também.
--- sim!
ela ainda ria me olhando. Estava se divertindo.
---Então como pode pisar em tanto cocô de cavalo?
--- O quê?! Olhei para baixo. Realmente havia melado minhas botas de fezes. Me apressei para limpar. Odiando estar naquela situação. A mulher riu dessa vez bem alto. Me levantei com o olhar no chão e pelo calor nas bochechas eu estava muito vermelha.
--- Acalme-se garota. Não se preucupe com isso. Afinal de contas. Não se pode controlar tudo.
Balancei a cabeça devagar confirmando. Ela voltou até sua pequena sala de trabalho e pegou alguns papéis. Me entregou pela pequena grade entre nós duas.
--- Assine esses formulários. E me entregue no fim. Daí poderei lhe mandar para um quarto. Assim irá descansar. Sei que a viagem foi longa.
---Como sabe...
---Sou uma camponesa também minha pobre criança. Conheço alguém do campo so de olhar. Precisa se misturar logo. Nem todos nessa cidade são tão gentis. E quando seu treinamento começar você irá entender.
---Não tenho medo. Enfrentarrei tudo e todos. Meu sonho e ser da legião.
---Seu olhar demonstra isso minha querida. Porém. Força de vontade não e tudo. Agora assine os papéis. Sei que está louca por um banho.
Eu realmente estava. Agradeci e assinei os papéis. Ela me indicou o caminho da esquerda para o dormitório feminino. Agradeci com um sorriso e segui meu caminho olhando cada parte do lugar. Um corredor enorme levava ao dormitório. Todo decorado com imagens de guerreiras e cenas de batalhas. No final. O arco das portas tinha como colunas as duas deusas segurando suas armas do lado do corpo e com o braço direito erguido para cima formando um arco completo. A porta era dividida no meio e a divisão ficava bem no encontro dos dedos das deusas Lifterium e Mephys. Eu sempre gostei mais da Mephys por me identificar mais com ela. A grande deusa da magia usava um arco como arma assim como eu. Algumas escrituras antigas dizem que os deuses no início tiveram relações com os mortais e seus filhos os semideuses foram agraciados com dons e isso fora passado por gerações a fim. Porém não haviam relatos de alguém com poderes assim. Nem mesmo os magos mais poderosos. Ao menos os do lado da luz. Não haviam notícias dos seguidores de Khigor havia muitos anos. E nenhuma pessoa tinha coragem ou burrice o suficiente para ir até as terras escuras.
Andei até a porta e empurrei a maçaneta. Ela se abriu revelando um prédio de três andares com uma grande escadaria que dava para todos os andares. Com corrimãos de ouro. O salão era decorado com sofás bem confortáveveis. Era possível saber so de olhar para algumas garotas bem relaxadas, conversando e rindo. Minha bolsa ja me causava dor no ombro. E a promessa do banho me fazia sorrir. O hall ainda tinha várias estátuas de grandes guerreiras e como sempre havia pintura das deusas. Olhei para a escadaria novamente e vi uma linda mulher de cabelos negros trancados com um círculo no início da cabeça. Com fios caindo sobre o ombro. E um sorriso deslumbrante.
---Bem-vinda ao dormitório feminino. Espero que se sinta confortável aqui.
---Ta brincando? Não tem como não me sentir confortável num palácio desses.
---Que bom que gostou. Qual seu nome?
O olhar e o sorriso daquela garota me fazia acreditar que minha vida seria maravilhosa a partir daquele momento.
---Viktoria.
---Prazer Viktoria. Meu nome e haylei.
---Prazer Haylei. Sorri para aquela garota que mais parecia um anjo. Senti que seriamo grandes amigas.
---Venha comigo Viktoria. Vou lhe mostrar o seu quarto.
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A Ordem do Dragão Negro
FantasyApós o surgimento de Khigor. A personificação das trevas no mundo. Os deuses que desejavam um mundo perfeito foram obrigados a ir para a guerra. A humanidade se vê no meio de uma batalha de titãs. Sendo obrigada a escolher um lado. Com a derro...